Clique aqui para voltar à página inicialhttp://www.novomilenio.inf.br/cultura/cult008m.htm
Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 04/27/14 11:16:28
Clique na imagem para voltar à página principal
CULTURA/ESPORTE NA BAIXADA SANTISTA - O "Vulcão" - BIBLIOTECA NM
Martins Fontes (13)

Leva para a página anterior
O livro Martins Fontes, do escritor e historiador Jaime Franco, foi publicado em agosto de 1942, tendo sido composto e impresso nas oficinas da Empresa Gráfica da Revista dos Tribunais Ltda., da capital paulista, com capa produzida por Guilherme Salgado.

A obra faz parte do acervo de Rafael Moraes transferido à Secretaria Municipal de Cultura de Santos e cedida a Novo Milênio em fevereiro de 2014, pelo secretário Raul Christiano, para digitação/digitalização (ortografia atualizada nesta transcrição): 

 

Martins Fontes

Cavaleiro do Amor

Cavaleiro da Arte

Cavaleiro do Ideal

Jaime Franco - SANTOS - 1942

Leva para a página seguinte da série


Imagem: reprodução da folha de rosto da obra

Martins Fontes

Cavaleiro do Amor

Cavaleiro da Arte

Cavaleiro do Ideal

Jaime Franco

Capa de Guilherme Salgado

Santos - 1942


À
Ilustre Dama Paulista
Dona Isabel Martins Fontes,
Aquela que para Martins Fontes foi mãe e santa
Homenagem do autor.


O ex-libris é um trabalho artístico executado pelo jovem santista Lauro Ribeiro da Silva, perfeita interpretação do que Martins Fontes ideou em seu livro Arlequinada

Imagem publicada na página 9 da obra

Índice

I – CAVALEIRO DO AMOR
01 O primeiro encontro com Martins Fontes.  – A Sociedade dos Antigos Alunos do Ginásio Santista. – A reedição do livro de poesias Verão e a revisão das provas tipográficas. – Os primeiros editores de Martins Fontes 21 a 28
02 A influência de Teófilo Gautier pelo romance Mademoiselle de Maupin. Resumo deste livro e síntese das suas ideias que dominaram na obra lírica e amorosa de Martins Fontes, nos versos da mocidade 28 a 35
03 Culto à mulher, como Cavaleiro e Paladino do Amor. – Sentido da palavra Amor. – A mulher divinizada pela beleza integral. – A mulher amante. – O amor como sacrifício e sofrimento 35 a 44
04 O ideal da graça e da beleza. – O domínio da volubilidade. – O beijo, a delícia das delícias. – A escala dos arrebatamentos de amor. – O amor nos paroxismos do sensualismo. – Símbolos do amor. – O amor infinito 44 a 57
05 Espetáculos dramáticos do amor. – A fantasia funambulesca de Colombina, Pierrot e Arlequim. – O satanismo do Poeta. – Os inventos do Diabo. – O auge da neurose imaginativa 57 a 66
06 Delírios auditivos, olfativos, táteis, visuais e gustativos. – As transparências das coisas. – As fulgências do sol e a irradiação da luz e do som. – A paixão da música e os compositores prediletos. – Evocações sugeridas pela música. – As cores anuançadas e a apoteose das rosas. – Os perfumes e os sons requintados e imperceptíveis 66 a 76
07 Confidências de amor. – O sentido lírico das poesias de Martins Fontes. – O céu e o sistema planetário. – Os mundos das constelações com todas as suas maravilhas e grandezas incomensuráveis. – Cântico de louvor às estrelas. – A Estrela D'Alva. – Culto à Terra 76 a 84
08 Peregrinação pelos continentes da Terra. – Na Índia, na Pérsia, terra de Shaharazade. – A influência das histórias de Mil e uma noites na poesia orientalesca de Martins Fontes. – Babilônia e Galileia, Alexandria, Bizâncio e Constantinopla, Grécia e Roma, Florença, Granada, Sevilha, França, Paris e Bruges 84 a 91
09 Lisboa e o lirismo lusitano. – Homenagem à poetisa inglesa Elizabeth Barrett, intérprete do sentimento lírico do povo de Portugal. - O lirismo de Martins Fontes e o de Paulo Gonçalves. – Continuação das viagens: Estados Unidos, México e o símbolo de Guatimozin 91 a 95
10 A terra brasileira. – A lenda de Marabá, símbolo da grandeza florestal do Brasil. – Culto à verde Pátria. – A floresta da água negra. – O céu verde e as montanhas da terra verde. – Árvores do Brasil, os lagos e os rios 95 a 102
11 A Guanabara e o Rio de Janeiro, cidade-serpente. – O luar carioca. – Os encantos da cidade-jardim. – O carnaval carioca. – Os arredores maravilhosos do Rio e a ideia de uma homenagem a Castro Alves 102 a 107
12 O Estado de São Paulo. – Os cafezais e as maravilhas da natureza paulista. – Os rios de São Paulo. – Dias épicos da história paulista. – A Serra do Mar. – Hino a Santos 107 a 111
13 As praias paulistas. – Desde Itanhaém, Praia Grande, Guarujá, Jurubatuba, Perequê, Monduba, Bertioga, Indaiá. – A vida dos pescadores em nossas praias 111 a 115
14 A casa onde nasceu Martins Fontes. – Lembranças da infância e dos companheiros. – Recordação do Club XV. - Expressão de gratidão à sua mãe, símbolo da mulher paulista. – A última residência, ninho de amor e de trabalho. – A Capela, oficina do artista e do filósofo 115 a 120
II – CAVALEIRO DA ARTE
01 A literatura até o aparecimento de Olavo Bilac. – As primeiras manifestações literárias. – A Escola Pernambucana. – A Escola Baiana. – A Escola Mineira. – Os primeiros românticos. – Gonçalves Dias e Castro Alves 125 a 132
02 O Romantismo e o Realismo em luta com o simbolismo que revolucionou a poesia quanto à técnica. – Os primeiros escritores naturalistas sob a influência de Zola. – Considerações sobre a diretriz real da literatura 132 a 139
03 A consagração do parnasianismo. – A disciplina estética do parnasianismo e o culto da forma. – A geração parnasiana do Brasil e as tertúlias na Confeitaria Colombo. – Os três maiores poetas brasileiros 139 a 143
04 O primeiro encontro de Olavo Bilac e Martins Fontes. – O prestígio de Olavo Bilac nas rodas literárias do Brasil. – O mestre da arte de dizer versos e a sua voz incomparável. – O educador e o comerciante. – Bilac e Fontes em Paris. – A despedida de Bilac a Fontes 143 a 150
05 Anibal Teófilo, o Don Frisol. – O assassínio de Anibal Teófilo. – Uma cena dolorosa ante o caixão mortuário. – O cumprimento duma promessa. – Ligeiro perfil do poeta e uma homenagem anônima e anual 150 a 153
06 Coelho Neto, a maior abelha do cortiço. – O Palácio do Rádio. – As festas miríficas naquele Palácio. – As famosas conferências e palestras no Templo da Inteligência e o culto da língua portuguesa 153 a 156
07 Goulart de Andrade, o mestre da gaia-ciência e do raro rimar. – A visita de Goulart de Andrade a Santos e uma conversa sobre baladas. – A morte de Goulart. – As outras abelhas 156 a 162
08 Luis Edmundo e a sua visita a Santos. – O lusofobismo de Luis Edmundo e a sua volta a Santos. – Carinhosa homenagem a Martins Fontes a bordo do transatlântico francês L'Atlantique e a entrega duma mensagem. – Poetas e escritores estrangeiros do culto de Martins Fontes 162 a 167
09 Julio Dantas, o primeiro e maior crítico da obra de Martins Fontes. – Rápida biografia do notável escritor luso. – A vinda ao Brasil e as suas conferências. – A apoteose do povo de Santos a Julio Dantas 167 a 175
10 Filinto de Almeida. – Uma visita a Santos onde veio ler os últimos versos a Martins Fontes. – Passeio ao redor de Santos, praias e lugares históricos. – A esposa do poeta, a romancista Julia Lopes de Almeida. – O filho de Filinto de Almeida, o poeta Afonso 176 a 183
11 João Luso, primeiro mestre e primeiro irmão de Martins Fontes em arte. – Biografia do grande escritor que iniciou a carreira das letras em Santos. – A vida intelectual de Santos. – A última visita de João Luso 183 a 190
12 Poetas e artistas nacionais do culto de Martins Fontes. – A modéstia do Poeta e os seus princípios sobre estética, derivado de estudos em obras de ensaístas e psicólogos. – A origem da linguagem 190 a 199
13 O sentimento estético. – O gênio poético e as artes. – A superioridade da Poesia sobre todas as artes. – A missão do poeta moderno. – O instinto poético 199 a 207
14 A linguagem poética. – A técnica da poesia. – A versificação e o culto de Martins Fontes à beleza eterna do verso. – As obras poéticas de Martins Fontes. – O método e os processos técnicos do artista. – Os metros e os gêneros utilizados pelo Poeta 207 a 217
15 O prosador e o conferencista. – As obras em prosa. – A arte de conversar. – O louvor da língua portuguesa e dos mestres Valdomiro e Agenor Silveira 217 a 225
16 A estética da língua portuguesa. – Um antigo plano de Martins Fontes baseado no estudo dos grandes estetas da língua. – A audição colorida. – A fonologia estética. – A criação das palavras onomatopaicas. – A morfologia estética. – O estilo artístico 225 a 230
17 A fonte principal da estética da língua. – A obra de Eça de Queiroz. – Rápido esboço da vida e da obra de Eça. – Olavo Bilac e Eça de Queiroz. – O culto de Martins Fontes a Eça, seu mestre incomparável de estética do vocábulo 231 a 237
III – CAVALEIRO DO IDEAL
01 A terra prometida. – Silvério Fontes, professor de Filosofia. – Traços biográficos. – As lutas políticas em prol da Abolição e da República. – A desilusão da república. – Adesão às doutrinas materialistas. – Resumo da filosofia científica. – A sociologia e a moral. – A evolução da indústria e a ideia dum novo regime 243 a 254
02 As ideias socialistas do dr. Silverio Fontes. – O ambiente social do Brasil. – A disciplina filosófica de Silverio Fontes. – O socialismo e o manifesto político. – Fundação do primeiro Centro Socialista da América. – A bandeira do jornal A Questão Social 254 a 260
03 As diretrizes do partido socialista. – A situação do operário no Brasil. – A sua arregimentação para a defesa dos seus direitos. – Apelos a republicanos e a monarquistas. – A cooperação da burguesia. – o programa máximo e mínimo dos trabalhadores 260 a 268
04 Uma sessão solene do Centro Socialista. – Os pródromos da educação filosófica de Martins Fontes. – A transição para o anarquismo. – O ídolo do anarquismo. – As últimas previsões do dr. Silverio Fontes. – A significação de anarquismo 268 a 275
05 A miséria da vida humana. – A idealização do mundo futuro através da poesia de Martins Fontes. – Profissão de fé do Cavaleiro do Ideal. – Esboço dum poema de consagração aos heróis do anarquismo. – Apelo a Ferreira de Castro 275 a 283
06 Ferreira de Castro e a sua obra. – O sentido humano e libertário dos romances de Ferreira de Castro. – Sua identificação com a obra de Martins Fontes. – Pompeyo Gener e o seu ideal ateísta. – Prometeu, símbolo libertário 283 a 290
07 Francisco de Assis, símbolo da fraternidade. – Momentos dolorosos de Martins Fontes. – A doçura da bonança espiritual e enlevo pela bondade fraternal de Francisco de Assis. – Desmentido sobre a religiosidade de Martins Fontes. – O ateísmo e a tortura da dúvida 290 a 297
08 A Casa da Descrença. – Augusto Comte, criador da Moral. – Culto à raça negra. – Recordações da infância. – Os positivistas brasileiros. – As supremas conquistas da humanidade. – A moral positiva e o materialismo. – A solução do problema moral 297 a 304
09 O sistema da moral. – A providência real. – A significação de Humanidade. – O sentido de moral, crença, dogma e culto positivista 304 a 311
10 O calendário positivista. – Os estudos positivistas de Martins Fontes. – A livraria positivista do dr. Silverio Fontes na biblioteca da Humanitária. – A reorganização desta biblioteca. – Martins Fontes e a Humanitária 311 a 321
11 Filosofia da vida e da morte. – Apoteose à Terra. – Descrença da realidade física. – O destino do homem. – A ambição pelo Nirvana. – Sentido lúdico da vida. – A velhice e o mistério da morte 322 a 329
12 A filosofia do Nada. – A sua interpretação através dum soneto de Agenor Silveira. – A tristeza dos poetas. – Amarguras do coração. – Os gostos requintados do Poeta. – O seu sofrimento recatado. – Últimos desejos 330 a 336

Numeração das páginas no volume original

 


"O retrato a crayon de Martins Fontes, feito por uma fotografia tirada pelo autor deste livro, é um admirável trabalho do jovem artista, natural de Santos, Humberto Buongermino."

Com a assinatura, a data: 22/5/1940

Imagem publicada com a obra

Soneto-Prefácio

 

Longe, bem longe do terreno assento,
Numa daquelas ilhas misteriosas
Que, de noite, a fulgir, parecem rosas
Abertas na amplidão do firmamento,

A alma deve pairar, neste momento,
Do condor de asas largas e gloriosas.
Ela ouve as ressonâncias carinhosas
Da irradiação da voz do sentimento.

Ela dirá, louvando, comovida,
A obra que se divulga e lhe projeta
Luz tamanha nos versos e na vida:

- "Primor! Eis a homenagem mais completa
Que se pode prestar à alma florida
E apaixonada de um cantor, de um poeta!"


Agenor Silveira



Dedicatória manuscrita do autor ao amigo comum, dele e de Martins Fontes: "Ao meu querido amigo e Poeta Mariano Gomes - afetuosa lembrança do Jaime Franco - Santos 8/9/1942"

 

Nota – O autor pede a todos os amigos e admiradores de Martins Fontes que lhe enviem as suas críticas, observações, notas inéditas e emendas, com que possa melhorar as futuras edições.

– para Santos, Rua Joaquim Távora, nº 280.


BIBLIOGRAFIA

 

OBRAS DE MARTINS FONTES

Volume I - Verão – B. Barros & Cia. – Santos – 1927
Volume II – As Cidades Eternas – B. Barros & Cia. – Santos – 1923
Volume III – Boémia Galante – B. Barros & Cia. – Santos – 1924
Volume IV - Arlequinada – B. Barros & Cia. – Santos – 1922
Volume V – Vulcão – Santos – 1928
- Volúpia
- A Fada Bombom
- Rosicler
- Escarlate
- O Céu Verde
Volume VI – Schaharazade – Soc. Humanitária – Santos – 1936
- A Flauta Encantada
- Sombra, Silêncio e Sonho
- Paulistânia
- Nos Rosais das Estrelas
- Guanabara
Volume VII – Canções do Meu Vergel – Santos – 1937
Volume VIII – I Fioretti – Elvino Pocai – S. Paulo – 1936
Volume IX – Sol das Almas – A Noite Editora – Rio – 1936
Volume X – Indaiá – Elvino Pocai – S. Paulo – 1937
Volume XI – A Canção de Ariel – Comissão Glorificadora – S. Paulo – 1938
Volume XII – Nos Jardins de Augusto Comte – Comissão Glorificadora – S. Paulo – 1938
Volume XIII – Calendário Positivista – Comissão Glorificadora – S. Paulo – 1938
Decameron – (contos) – Santos – 1925
Partida para Citera – (teatro) – B. Barros & Cia. – Santos – 1925
O Colar Partido – (conferências) – B. Barros & Cia. – Santos – 1927
No Templo e na Oficina - (conferências) – Santos – 1927
O Mar, a Terra e o Céu – (conferências) – Santos – 1929
Terras da Fantasia – (conferências) – Santos – 1933
Nós, as Abelhas – (Reminiscências) – Editora J. Fagundes – S. Paulo – 1936
Fantástica – (conferências) – Editora J. Fagundes – S. Paulo - 1936


Este livro foi composto e impresso nas oficinas da Empresa Gráfica da Revista dos Tribunais Ltda., à Rua Conde de Sarzedas, 38, S. Paulo, em agosto de 1942.