Imagem: reprodução da folha de rosto da obra
Martins Fontes
Cavaleiro do Amor
Cavaleiro da Arte
Cavaleiro do Ideal
Jaime Franco
Capa de Guilherme Salgado
Santos - 1942
À
Ilustre Dama Paulista
Dona Isabel Martins Fontes,
Aquela que para Martins Fontes foi mãe e santa
Homenagem do autor.
O ex-libris é um trabalho artístico executado pelo jovem santista Lauro Ribeiro da Silva, perfeita interpretação do que Martins Fontes ideou em seu livro
Arlequinada
Imagem publicada na página 9 da obra
Índice |
I – CAVALEIRO DO AMOR |
01 |
O primeiro encontro com Martins Fontes.
– A Sociedade dos Antigos Alunos do Ginásio Santista. – A reedição do livro de poesias Verão e a revisão das provas tipográficas. – Os primeiros editores de Martins Fontes |
21 a 28 |
02 |
A influência de Teófilo Gautier pelo romance
Mademoiselle de Maupin. Resumo deste livro e síntese das suas ideias que dominaram na obra lírica e amorosa de Martins Fontes, nos versos da mocidade |
28 a 35 |
03 |
Culto à mulher, como Cavaleiro e Paladino do
Amor. – Sentido da palavra Amor. – A mulher divinizada pela beleza integral. – A mulher amante. – O amor como sacrifício e sofrimento |
35 a 44 |
04 |
O ideal da graça e da beleza. – O domínio da
volubilidade. – O beijo, a delícia das delícias. – A escala dos arrebatamentos de amor. – O amor nos paroxismos do sensualismo. – Símbolos do amor. – O amor infinito |
44 a 57 |
05 |
Espetáculos dramáticos do amor. – A fantasia
funambulesca de Colombina, Pierrot e Arlequim. – O satanismo do Poeta. – Os inventos do Diabo. – O auge da neurose imaginativa |
57 a 66 |
06 |
Delírios auditivos, olfativos, táteis,
visuais e gustativos. – As transparências das coisas. – As fulgências do sol e a irradiação da luz e do som. – A paixão da música e os compositores prediletos. – Evocações sugeridas pela música. – As cores anuançadas e a apoteose das rosas. –
Os perfumes e os sons requintados e imperceptíveis |
66 a 76 |
07 |
Confidências de amor. – O sentido lírico das
poesias de Martins Fontes. – O céu e o sistema planetário. – Os mundos das constelações com todas as suas maravilhas e grandezas incomensuráveis. – Cântico de louvor às estrelas. – A Estrela D'Alva. – Culto à Terra |
76 a 84 |
08 |
Peregrinação pelos continentes da Terra. –
Na Índia, na Pérsia, terra de Shaharazade. – A influência das histórias de Mil e uma noites na poesia orientalesca de Martins Fontes. – Babilônia e Galileia, Alexandria, Bizâncio e Constantinopla, Grécia e Roma, Florença, Granada,
Sevilha, França, Paris e Bruges |
84 a 91 |
09 |
Lisboa e o lirismo lusitano. – Homenagem à
poetisa inglesa Elizabeth Barrett, intérprete do sentimento lírico do povo de Portugal. - O lirismo de Martins Fontes e o de Paulo Gonçalves. – Continuação das viagens: Estados Unidos, México e o símbolo de Guatimozin |
91 a 95 |
10 |
A terra brasileira. – A lenda de Marabá,
símbolo da grandeza florestal do Brasil. – Culto à verde Pátria. – A floresta da água negra. – O céu verde e as montanhas da terra verde. – Árvores do Brasil, os lagos e os rios |
95 a 102 |
11 |
A Guanabara e o Rio de Janeiro,
cidade-serpente. – O luar carioca. – Os encantos da cidade-jardim. – O carnaval carioca. – Os arredores maravilhosos do Rio e a ideia de uma homenagem a Castro Alves |
102 a 107 |
12 |
O Estado de São Paulo. – Os cafezais e as
maravilhas da natureza paulista. – Os rios de São Paulo. – Dias épicos da história paulista. – A Serra do Mar. – Hino a Santos |
107 a 111 |
13 |
As praias paulistas. – Desde Itanhaém, Praia
Grande, Guarujá, Jurubatuba, Perequê, Monduba, Bertioga, Indaiá. – A vida dos pescadores em nossas praias |
111 a 115 |
14 |
A casa onde nasceu Martins Fontes. –
Lembranças da infância e dos companheiros. – Recordação do Club XV. - Expressão de gratidão à sua mãe, símbolo da mulher paulista. – A última residência, ninho de amor e de trabalho. – A Capela, oficina do artista e do filósofo |
115 a 120 |
II – CAVALEIRO DA ARTE |
01 |
A literatura até o aparecimento de Olavo
Bilac. – As primeiras manifestações literárias. – A Escola Pernambucana. – A Escola Baiana. – A Escola Mineira. – Os primeiros românticos. – Gonçalves Dias e Castro Alves |
125 a 132 |
02 |
O Romantismo e o Realismo em luta com o
simbolismo que revolucionou a poesia quanto à técnica. – Os primeiros escritores naturalistas sob a influência de Zola. – Considerações sobre a diretriz real da literatura |
132 a 139 |
03 |
A consagração do parnasianismo. – A
disciplina estética do parnasianismo e o culto da forma. – A geração parnasiana do Brasil e as tertúlias na Confeitaria Colombo. – Os três maiores poetas brasileiros |
139 a 143 |
04 |
O primeiro encontro de Olavo Bilac e Martins
Fontes. – O prestígio de Olavo Bilac nas rodas literárias do Brasil. – O mestre da arte de dizer versos e a sua voz incomparável. – O educador e o comerciante. – Bilac e Fontes em Paris. – A despedida de Bilac a Fontes |
143 a 150 |
05 |
Anibal Teófilo, o Don Frisol. – O assassínio
de Anibal Teófilo. – Uma cena dolorosa ante o caixão mortuário. – O cumprimento duma promessa. – Ligeiro perfil do poeta e uma homenagem anônima e anual |
150 a 153 |
06 |
Coelho Neto, a maior abelha do cortiço. – O
Palácio do Rádio. – As festas miríficas naquele Palácio. – As famosas conferências e palestras no Templo da Inteligência e o culto da língua portuguesa |
153 a 156 |
07 |
Goulart de Andrade, o mestre da gaia-ciência
e do raro rimar. – A visita de Goulart de Andrade a Santos e uma conversa sobre baladas. – A morte de Goulart. – As outras abelhas |
156 a 162 |
08 |
Luis Edmundo e a sua visita a Santos. – O
lusofobismo de Luis Edmundo e a sua volta a Santos. – Carinhosa homenagem a Martins Fontes a bordo do transatlântico francês L'Atlantique e a entrega duma mensagem. – Poetas e escritores estrangeiros do culto de Martins Fontes |
162 a 167 |
09 |
Julio Dantas, o primeiro e maior crítico da
obra de Martins Fontes. – Rápida biografia do notável escritor luso. – A vinda ao Brasil e as suas conferências. – A apoteose do povo de Santos a Julio Dantas |
167 a 175 |
10 |
Filinto de Almeida. – Uma visita a Santos
onde veio ler os últimos versos a Martins Fontes. – Passeio ao redor de Santos, praias e lugares históricos. – A esposa do poeta, a romancista Julia Lopes de Almeida. – O filho de Filinto de Almeida, o poeta Afonso |
176 a 183 |
11 |
João Luso, primeiro mestre e primeiro irmão
de Martins Fontes em arte. – Biografia do grande escritor que iniciou a carreira das letras em Santos. – A vida intelectual de Santos. – A última visita de João Luso |
183 a 190 |
12 |
Poetas e artistas nacionais do culto de
Martins Fontes. – A modéstia do Poeta e os seus princípios sobre estética, derivado de estudos em obras de ensaístas e psicólogos. – A origem da linguagem |
190 a 199 |
13 |
O sentimento estético. – O gênio poético e
as artes. – A superioridade da Poesia sobre todas as artes. – A missão do poeta moderno. – O instinto poético |
199 a 207 |
14 |
A linguagem poética. – A técnica da poesia.
– A versificação e o culto de Martins Fontes à beleza eterna do verso. – As obras poéticas de Martins Fontes. – O método e os processos técnicos do artista. – Os metros e os gêneros utilizados pelo Poeta |
207 a 217 |
15 |
O prosador e o conferencista. – As obras em
prosa. – A arte de conversar. – O louvor da língua portuguesa e dos mestres Valdomiro e Agenor Silveira |
217 a 225 |
16 |
A estética da língua portuguesa. – Um antigo
plano de Martins Fontes baseado no estudo dos grandes estetas da língua. – A audição colorida. – A fonologia estética. – A criação das palavras onomatopaicas. – A morfologia estética. – O estilo artístico |
225 a 230 |
17 |
A fonte principal da estética da língua. – A
obra de Eça de Queiroz. – Rápido esboço da vida e da obra de Eça. – Olavo Bilac e Eça de Queiroz. – O culto de Martins Fontes a Eça, seu mestre incomparável de estética do vocábulo |
231 a 237 |
III – CAVALEIRO DO IDEAL |
01 |
A terra prometida. – Silvério Fontes,
professor de Filosofia. – Traços biográficos. – As lutas políticas em prol da Abolição e da República. – A desilusão da república. – Adesão às doutrinas materialistas. – Resumo da filosofia científica. – A sociologia e a moral. – A evolução da
indústria e a ideia dum novo regime |
243 a 254 |
02 |
As ideias socialistas do dr. Silverio
Fontes. – O ambiente social do Brasil. – A disciplina filosófica de Silverio Fontes. – O socialismo e o manifesto político. – Fundação do primeiro Centro Socialista da América. – A bandeira do jornal A Questão Social |
254 a 260 |
03 |
As diretrizes do partido socialista. – A
situação do operário no Brasil. – A sua arregimentação para a defesa dos seus direitos. – Apelos a republicanos e a monarquistas. – A cooperação da burguesia. – o programa máximo e mínimo dos trabalhadores |
260 a 268 |
04 |
Uma sessão solene do Centro Socialista. – Os
pródromos da educação filosófica de Martins Fontes. – A transição para o anarquismo. – O ídolo do anarquismo. – As últimas previsões do dr. Silverio Fontes. – A significação de anarquismo |
268 a 275 |
05 |
A miséria da vida humana. – A idealização do
mundo futuro através da poesia de Martins Fontes. – Profissão de fé do Cavaleiro do Ideal. – Esboço dum poema de consagração aos heróis do anarquismo. – Apelo a Ferreira de Castro |
275 a 283 |
06 |
Ferreira de Castro e a sua obra. – O sentido
humano e libertário dos romances de Ferreira de Castro. – Sua identificação com a obra de Martins Fontes. – Pompeyo Gener e o seu ideal ateísta. – Prometeu, símbolo libertário |
283 a 290 |
07 |
Francisco de Assis, símbolo da fraternidade.
– Momentos dolorosos de Martins Fontes. – A doçura da bonança espiritual e enlevo pela bondade fraternal de Francisco de Assis. – Desmentido sobre a religiosidade de Martins Fontes. – O ateísmo e a tortura da dúvida |
290 a 297 |
08 |
A Casa da Descrença. – Augusto Comte,
criador da Moral. – Culto à raça negra. – Recordações da infância. – Os positivistas brasileiros. – As supremas conquistas da humanidade. – A moral positiva e o materialismo. – A solução do problema moral |
297 a 304 |
09 |
O sistema da moral. – A providência real. –
A significação de Humanidade. – O sentido de moral, crença, dogma e culto positivista |
304 a 311 |
10 |
O calendário positivista. – Os estudos
positivistas de Martins Fontes. – A livraria positivista do dr. Silverio Fontes na biblioteca da Humanitária. – A reorganização desta biblioteca. – Martins Fontes e a Humanitária |
311 a 321 |
11 |
Filosofia da vida e da morte. – Apoteose à
Terra. – Descrença da realidade física. – O destino do homem. – A ambição pelo Nirvana. – Sentido lúdico da vida. – A velhice e o mistério da morte |
322 a 329 |
12 |
A filosofia do Nada. – A sua interpretação
através dum soneto de Agenor Silveira. – A tristeza dos poetas. – Amarguras do coração. – Os gostos requintados do Poeta. – O seu sofrimento recatado. – Últimos desejos |
330 a 336 |
Numeração das páginas no volume original |
|
"O retrato a crayon de Martins Fontes, feito por uma fotografia tirada pelo autor deste livro, é um admirável trabalho do jovem artista, natural de Santos, Humberto Buongermino."
Com a assinatura, a data: 22/5/1940
Imagem publicada com a obra
Soneto-Prefácio
Longe, bem longe do terreno assento,
Numa daquelas ilhas misteriosas
Que, de noite, a fulgir, parecem rosas
Abertas na amplidão do firmamento,
A alma deve pairar, neste momento,
Do condor de asas largas e gloriosas.
Ela ouve as ressonâncias carinhosas
Da irradiação da voz do sentimento.
Ela dirá, louvando, comovida,
A obra que se divulga e lhe projeta
Luz tamanha nos versos e na vida:
- "Primor! Eis a homenagem mais completa
Que se pode prestar à alma florida
E apaixonada de um cantor, de um poeta!"
Agenor Silveira
Dedicatória manuscrita do autor ao amigo comum, dele e de Martins Fontes: "Ao meu querido amigo e Poeta Mariano Gomes - afetuosa lembrança do Jaime Franco - Santos
8/9/1942"
Nota – O autor pede a todos os amigos e admiradores de Martins Fontes que lhe enviem as suas críticas, observações, notas inéditas e emendas, com que possa
melhorar as futuras edições.
– para Santos, Rua Joaquim Távora, nº 280.
BIBLIOGRAFIA
OBRAS DE MARTINS FONTES
Volume I - Verão – B. Barros & Cia. – Santos – 1927
Volume II – As Cidades Eternas – B. Barros & Cia. – Santos – 1923
Volume III – Boémia Galante – B. Barros & Cia. – Santos – 1924
Volume IV - Arlequinada – B. Barros & Cia. – Santos – 1922
Volume V – Vulcão – Santos – 1928
- Volúpia
- A Fada Bombom
- Rosicler
- Escarlate
- O Céu Verde
Volume VI – Schaharazade – Soc. Humanitária – Santos – 1936
- A Flauta Encantada
- Sombra, Silêncio e Sonho
- Paulistânia
- Nos Rosais das Estrelas
- Guanabara
Volume VII – Canções do Meu Vergel – Santos – 1937
Volume VIII – I Fioretti – Elvino Pocai – S. Paulo – 1936
Volume IX – Sol das Almas – A Noite Editora – Rio – 1936
Volume X – Indaiá – Elvino Pocai – S. Paulo – 1937
Volume XI – A Canção de Ariel – Comissão Glorificadora – S. Paulo – 1938
Volume XII – Nos Jardins de Augusto Comte – Comissão Glorificadora – S. Paulo – 1938
Volume XIII – Calendário Positivista – Comissão Glorificadora – S. Paulo – 1938
Decameron – (contos) – Santos – 1925
Partida para Citera – (teatro) – B. Barros & Cia. – Santos – 1925
O Colar Partido – (conferências) – B. Barros & Cia. – Santos – 1927
No Templo e na Oficina - (conferências) – Santos – 1927
O Mar, a Terra e o Céu – (conferências) – Santos – 1929
Terras da Fantasia – (conferências) – Santos – 1933
Nós, as Abelhas – (Reminiscências) – Editora J. Fagundes – S. Paulo – 1936
Fantástica – (conferências) – Editora J. Fagundes – S. Paulo - 1936
Este livro foi composto e impresso nas oficinas da Empresa Gráfica da Revista dos Tribunais Ltda., à Rua Conde de Sarzedas, 38, S. Paulo,
em agosto de 1942. |