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CULTURA/ESPORTE NA BAIXADA SANTISTA - O "Vulcão" - BIBLIOTECA NM
Martins Fontes (13-II-17)

Clique na imagem para voltar ao índice da obraO livro Martins Fontes, do escritor e historiador Jaime Franco, foi publicado em agosto de 1942, tendo sido composto e impresso nas oficinas da Empresa Gráfica da Revista dos Tribunais Ltda., da capital paulista, com capa produzida por Guilherme Salgado.

 

A obra faz parte do acervo de Rafael Moraes transferido à Secretaria Municipal de Cultura de Santos e cedida a Novo Milênio em fevereiro de 2014, pelo secretário Raul Christiano, para digitação/digitalização (ortografia atualizada nesta transcrição - páginas 231 a 237):

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Martins Fontes

Cavaleiro do Amor

Cavaleiro da Arte

Cavaleiro do Ideal

Jaime Franco - SANTOS - 1942

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II – CAVALEIRO DA ARTE

17

A fonte principal, entretanto, dos estudos de estética da língua foi Eça de Queiroz com o seu incomparável, inimitável e imortal estilo. Dizia o dr. Silvério Fontes, pai de Martins Fontes, que Eça de Queiroz será julgado somente quando se escrever a estética da língua portuguesa.

Eça de Queiroz exerceu grande influência na literatura brasileira durante meio século. Nos maiores centros literários da Europa consagraram Eça de Queiroz como um dos mais notáveis romancistas do Universo, em cuja obra ainda não se descobriu todo o tesouro incomensurável dum novo idealismo literário com base na ciência.

Na época da existência de Eça, todos o consideravam precursor da Ideia Nova que resplandeceria no século XX, não se sabe em que forma de regime político, pelo qual a humanidade restabelecesse a harmonia das eras pré-históricas!!!

O romantismo sangrou-se com as estocadas ferinas dos revolucionários das letras. As inteligências mais lúcidas, daqueles tempos agitados, não hesitaram em se bandear para o lado onde se lutava por um ideal nobre, magnífico, cuja realização, na vida humana, seria a mais bela recompensa daqueles que tombaram em meio da formidanda batalha, sem se conseguir ainda a vitória definitiva…

Eça, com tais propósitos revolucionários, vazados ou escondidos na forma literária do romance, transformando ideias em atos, insinuou-se na magnífica geração de literatos do Brasil que viveu nos princípios do século XX. Os melhores escritores brasileiros surgiram dessa geração insigne que cultuou e aureolou a Eça de Queiroz. O escritor português Boavida Portugal tinha razão quando disse que se Eça não tivesse nascido estaríamos atrasados um século.

De Eça de Queiroz, ao nascer na linda vila minhota, Póvoa de Varzim, erguida à beira-mar, ninguém suporia que surgisse, sob o manto nebuloso do romantismo, o verdadeiro revolucionário do realismo na literatura portuguesa e brasileira. Eça estudou nos colégios e nas escolas superiores de Portugal. Obedeceu, cegamente e humildemente, aos programas de ensino, difusos e confusos, tais como perduram em nossos tempos, com livros didáticos de tradução e redação detestáveis; ou sorvia a ciência dos alfarrábios franceses que eram importados com as drogas farmacêuticas, os perfumes e as modas, Eça se criou e se educou nesta pestilenta atmosfera de teorias mórbidas, com que o indivíduo vinha para o mundo sem finalidades, salvo se possuía bens de raiz de herança que lhe garantissem vida pacata e independente.

Eça, desde os bancos escolares, era um constante revoltado, recalque de misteriosa infância, provinda de amores ilegais perante a sociedade burguesa da província. Dominou-se, orientado por aguda inteligência, desde que pensou no melhor processo de destruir esse ambiente horroroso da burguesia preconceituosa para os reais talentos, naquele final de século.

Os companheiros de escola, a mais famosa geração acadêmica de Coimbra, foram menos prudentes e talvez menos sinceros; expandiam a revolta da consciência, ameaçavam a estabilidade do trono, vociferavam como loucos varridos contra a organização social cuja máquina causava torpes injustiças, debulhava benefícios e concedia privilégios.

Se, por circunstâncias da vida, encontravam mais além caminho seguro em algum negócio ilícito, nalguma herança polpuda ou repartição pública, os revolucionários cabotinos de ontem volviam ao comodismo, sossegados, respeitosos e intolerantes. Os que, como Eça de Queiroz, não fossem prudentes, mas permanecessem rigidamente sinceros, ficariam sozinhos no campo da revolta, sob os olhares jocosos e maldizentes dos espectadores que aplaudem quando se vence e vaiam quando se perde, sem consideração a ideias e gestos nobres e elevados.

Eça observou essa anomalia nos seus companheiros que propugnavam, nas ruas, nos cafés e na academia, ideias avançadas, sem ordem nem harmonia, cujos resultados eram, na maioria dos casos, funestíssimos… Eça, no entanto, ainda ocultava o segredo do seu idealismo. Valeu-lhe, essa prudência, a segurança da sua liberdade, e ganhou com o preparo longo, nos estudos das ideias novas, das formas originais e da gaiata perspicácia de encobrir, na arte literária, através de trabalhado e sutil estilo, a revolução social que idealizava para a humanidade.

A vida de literato se iniciou na imprensa, no duro noviciado das letras, encarregando-se de readjetivar o idioma e moldá-lo ao gosto popular, para que toda a gente o compreendesse e o lesse, como único meio e fim de infiltrar, no rochoso cérebro do burguês, ideias reformadas e reformadoras, principiando por demolir as instituições carunchosas e enferrujadas daquela época.

Os romances de Eça surgiram a público, rumorosos, estourando escândalos no seio das famílias, afugentando dos círculos sociais certas figuras ridículas, e atravessaram as fronteiras de Portugal. E a demolição continuou anos e anos, ao mesmo tempo que se abriam covas para se enterrarem os escombros e os cadáveres duma sociedade caduca. Logo após, cavoucava-se a terra para os alicerces do novo edifício social, justo, verdadeiro, humano, eterno, tal como o sonharam os visionários desde Platão, Bacon, Bakounine, Kropotkine e outros.

O gênio de Eça se universalizou. Os livros de Eça leem-se dum só fôlego; decoram-se páginas inteiras, contos, episódios; interpretam-se as ideias à luz frouxa de vários critérios filosóficos, ora com fundo metafísico, ora com a condenação de pernicioso e imoral, ora com o aplauso dos que saciam baixos instintos nas torpezas da concupiscência.

A presença de Eça, nos clubes, nas festas artísticas, nas reuniões dos cafés e nas redações dos jornais, inquietava, apavorava, punha calafrios e tremores na espinha dos burgueses. A própria figura do escritor era excêntrica, diabólica. Ramalho Ortidão, no instinto fraternal de amenizar o terror causado na sociedade por Eça, explicou-o ao público, como quem ensina a aplicação do desinfetante nos lugares imundos.

Sob a elegância impecável, parnasiana, de Eça, vibrava um ser de olhar eletrizante, fulminando ao leve contato com a escória, o sabujo, o egoísta, o interesseiro, o imbecil, o cabotino, personagens, aliás, muito comuns nos seus romances, onde as autópsias, revolvendo-lhes as entranhas miseráveis, expunham mazelas.

A obra de Eça de Queiroz reformou, com maior rapidez que as leis, a sociedade coeva; preparou-a para entrar, sem estranheza, no século XX. As previsões de Eça de Queiroz superavam as de Júlio Verne, no mundo social. Tornaram-se atualíssimas a ação e as personagens dos romances, os ensaios e as críticas às ideias, aos usos e costumes, à política e à mentalidade dos homens tão iguais aos do nosso tempo. Ante prestígio tamanho, surgiram, natural e espontaneamente, levas de admiradores e cultores da obra de Eça de Queiroz.

O intercâmbio literário luso-brasileiro, decantado em prosa e verso por ilustres personalidades de dois povos irmãos, sempre se expressou em realidades, todas as vezes que, entre ambos, se trocavam gentilezas, com seguro penhor de eterna amizade. Onde, porém, se revelou, em todo o seu colorido de verdade, foi no encontro dos literatos. Eles nunca se esquivaram a manifestar a sincera admiração que possuíam pelos grandes nomes da literatura portuguesa; não escondiam o orgulho de que receberam deles a influência característica, na assimilação do gênio da língua, ainda mesmo quando surgiam as epidemias de lusofobismo, como a que se alastrou no país com a pretensa instituição dos erros de gramática em língua nacional.

Luís de Camões, Gil Vicente, João de Barros, Bocage, Herculano, Castilho, Garret, Camilo, Eça, António Nobre, Eugénio de Castro e Ferreira de Castro formaram e formarão a base de cultura de muitos intelectuais brasileiros, sem contar outars influências estrangeiras. Tais influências, nem por isso, lhes degeneraram a personalidade. Os nossos melhores escritores são, em essência, estruturalmente brasileiros. Se algum escritor se afasta de motivos brasileiros, sabe-se que influi em seu espírito a irresistível sedução de outra literatura ou nova escola.

Gonçalves Dias, Castro Alves, Olavo Bilac, Raimundo Correia, Vicente de Carvalho, Alberto de Oliveira, Filinto de Almeida, Goulart de Andrade, Humberto de Campos, Bastos Tigre, Martins Fontes, para somente citarmos alguns dos maiores poetas do Brasil, são autênticos e incomparáveis mestres de brasilidade. Mas o escritor português de maior e de mais nítida influência na mentalidade dos brasileiros foi, incontestavelmente, Eça de Queiroz. Devemos-lhe os melhores literatos, poetas e críticos. Houve uma geração, à qual pertenceu Martins Fontes, que o adorou até o paroxismo dum culto divino, e da qual ainda restam alguns, sobressaindo-se o príncipe dos poetas brasileiros: Olavo Bilac.

Eça de Queiroz e Olavo Bilac se admiravam mutuamente. Daí, surgiu a entrada triunfal de Eça nas tertúlias espirituais da mais notável geração intelectual do Brasil, aquela que deu início nacional à literatura, apesar das regras duras da escola parnasiana, mas pelas quais se disciplinou o estilo e se conteve a caudal imaginação do serôdio romantismo.

Cultuava-se a Eça como um dos maiores romancistas do século XIX, profeta incomparável de todos os acontecimentos internacionais no século XX. Além de Olavo Bilac, coparticipavam do grupo: Goulart de Andrade, Bastos Tigre, Emílio de Menezes, Guimarães Passos, Aluizio de Azevedo, muitos outros até Martins Fontes.

Os livros de Eça, as suas famosas crônicas na Gazeta de Notícias, do Rio, eram a leitura sôfrega deste grupo de talentos de primeira grandeza. Comentavam-nos com paixão, com delírio. As personagens dos livros de Eça eram festejadas e conversadas como se existissem e vivessem nas cidades portuguesas. Quem quer que as evocasse, seriam logo reconhecidas. Quando Eça de Queiroz morava em Paris, Olavo Bilac, de passagem pela França, visitava-o com assiduidade.

Martins Fontes, idólatra de Eça, contou-nos episódios impagáveis da vida em comum destes dois gênios que viveram na mais íntima e literária camaradagem. Certa vez, Olavo Bilac passou um dos serões em casa de Eça, a ler e a recordar, com outros convivas, entre eles muitos brasileiros ilustres nas letras e nas ciências, as maravilhas da inteligência humana. Então, recitou Olavo Bilac o conto Perfeição, de Eça, inesperadamente. Os gestos, a voz, a máscara fisionômica traduziam belamente as passagens grandiosas, reafirmando Bilac a sua fama de admirável recitador. Eça, encantado e entusiasmado com a maravilhosa e perfeita dicção de Bilac, aplaudiu com bravos repetidos aquela obra-prima que ele próprio, deslembrado, escrevera, e disse, encaixando o monóculo no olho direito:

- Ó Bilac, tu falas um português com açúcar!

Dizem que Tolstoi, como no-lo refere Martins Fontes numa das suas conferências, se maravilhava ao ouvir ler os seus próprios contos e romances porque, considerava o nosso Poeta, a beleza é sagrada. Tolstoi se esquecia de que produzira semelhantes obras de arte. Não nos admiremos dos aplausos de Eça aos seus trabalhos quando lidos e recitados por artistas da palavra escrita e falada, como o foi durante toda a vida o grande poeta Olavo Bilac.

Quanto Eça de Queiroz Morreu, em Paris, os intelectuais lamentaram o lutuoso acontecimento como verdadeira catástrofe para a literatura luso-brasileira. Contou-me Martins Fontes que, a 15 de abril de 1904, os companheiros da Roda foram a bordo do vapor Blucher, no Rio, despedir-se de Olavo Bilac que partia para a Europa.

Ao abraçá-lo, ao beijá-lo- eles sempre se beijaram porque introduziram no Brasil o beijo entre amigos, o uso do cravo duplo à lapela e da polaina branca – um a um, em verso, foi mandando saudades e recados às personagens de Eça de Queiroz, cuja estátua beijaria em nome de todos, ornando-a de flores. Assim o fez, conforme narrou em carta posterior, quando chegou a Lisboa. Durante os dias que permaneceu na capital portuguesa, ia todas as tardes ao Largo do Barão de Quintela, onde se encontra o monumento a Eça de Queiroz.

Em reverência tirava o chapéu, subia ao canteiro, colocava aos pés da estátua um lindo ramo de flores, beijava enternecido a face ebúrnea e fria de Eça e se quedava a contemplá-lo muito tempo, até que o sol desaparecesse nas águas do Oceano Atlântico. Gesto comovente, de gratidão e saudade, ao gênio do século XIX que profetizou, para o século XX, a desagregação moral da burguesia, o mal do militarismo, a pavorosa Grande Guerra de 1914, a necessidade da campanha civilista, o perigo dos pronunciamentos caudilhescos, a germinação da ideia separatista no Brasil e a transformação social da Rússia.

Martins Fontes nunca se cansava de ler os romances de Eça de Queiroz, todas as noites. Tinha-os à cabeceira da cama. Anotava os adjetivos imprevistos, originais. Relia as páginas mais notáveis para se encantar com aquela simplicidade impressionante das descrições e dos perfis. Custava-lhe a crer que a singeleza da prosa de Eça, toda harmonia, fosse produzida com facilidade porque lhe conhecia a tortura do trabalho de estilo, eternamente a emendar palavras, a modificar o texto nas provas tipográficas, sempre insatisfeito.

Para Martins Fontes, Eça de Queiroz possuía o raro dom de qualificar os nomes, coisas ou sentimentos psíquicos com o adjetivo exato, realçando a beleza do caráter ou da paisagem. Por exemplo, os adjetivos – escarlate e fino – sugeriam ao Poeta a figura de Satanás, modelado do próprio tipo de Eça, a esplender, a rutilar vermelho vivaz, escarlate, granate, de rubor explosivo, relembrando o rubi a fulvescer como encarnação do seu fulgor inventivo, para, depois, sábio beneditino, nos falar em linguagem doce e fina com fineza e finura, mais própria dum ser divino do que dum diabo.

A seda, a ondear, quente e forte, amarela, viva e nova, em tons de ouro, a resplender com tanta magia, em toda a sua opulência, tecida com raios do meio-dia, sem revelar o labor do fiandeiro, dando a sensação de requinte e riqueza, a maciez maravilhosa do relevo sem par e do bordado sem par e do bordado a retrós, de impecável textura e unidade, nobre e límpida, pura e perfeita – fazia Martins Fontes pensar em Eça de Queiroz.

O gosto artístico ou a volúpia rara de ler qualquer dos livros de Eça era somente comparável ao encanto dos deuses de deitar em alvíssima taça de cristal um vinho de ouro que dá, aos nossos olhos, o prazer de provar pedrarias liquefeitas, num espumejar excitante, e desfeitas em semitons de pérola e coral, sentindo-se, nessa delícia das delícias, o perfume das tâmaras e o sabor de uva de Cós.

Encantava a Martins Fontes saber que Eça de Queiroz já aos vinte anos de idade escrevera um livro – O Egito -, revelação inédita e póstuma que aguardou quase trinta anos a publicidade, dentro dum baú, cheio de bolor e teias de aranha, da prosa elegante e harmoniosa de Eça, criador genial de Os Maias, tal como Olavo Bilac que na mesma idade escreveu com intuição profética o livro de estreia, obra-prima de amor e impecabilidade nos moldes da cultura francesa parnasiana, sem a trivial melopeia dos românticos.

No entanto, Eça de Queiroz, cavaleiro da Graça, inventor da Beleza, depois de ser o maior dos artistas, tornou-se paladino da Liberdade e, como filósofo, bateu-se com fervor e afoiteza pelos ideais socialistas, cujas previsões fenomenais se comprovaram e cujo conto inacabado, São Cristóvão, reluz como o vitral de um futuro Evangelho.

Boavida Portugal, num estudo notabilíssimo, revelou a Martins Fontes este aspecto transcendente e fundamental da obra de Eça, conquanto o apreciasse há muitos anos como defensor dos princípios anarquistas. Causou-lhe estranheza ou admiração a liberdade de pensamento de que gozava Eça, na qualidade de funcionário do Estado, sob regime monarquista. Naquela época, vivia-se ainda das recordações saudosas da Revolução Francesa e da Comuna de Paris, as explosões máximas da revolta popular que abriram à Humanidade novos caminhos sociais.

Eça, ao lado da notável geração intelectual coeva, única de que se orgulhará eternamente Portugal, saciou-se na fonte cristalina e fresca das ideias revolucionárias, mas, como quase todos os seus propagandistas românticos, as defendia sob o manto diáfano da fantasia, para encobrir a nudez forte da verdade. Ninguém o levava a sério. Ainda hoje pretendem desfigurá-lo como um desencantado que se penitenciou de velhas culpas da mocidade altiva e ardorosa.

O mesmo aconteceu a Martins Fontes, que se sentia identificado com o ideal nobre e humanitário de Eça de Queiroz e, com isso, vivia feliz na esperança de que lhe reconhecessem o sentimento e a ideia nas poesias perfeitas e sonoras. Quando Martins Fontes expandia, em audaciosas verberações contra os beócios políticos e autócratas, o seu idealismo libertário, os críticos e os admiradores desculpavam-lho, atribuindo-o a mais um motivo de beleza, digno de se vercejar!

Martins Fontes, entretanto, não recebeu de Eça o influxo revolucionário. A influência duradoura de Eça sobre Martins Fontes foi de ordem literária e estética, admirando-lhe a simplicidade do estilo e a técnica do vocábulo.

Assim trabalhou o Cavaleiro da Arte.