COMÉRCIO
ELETRÔNICO
Tomorrow é exemplo de shopping
digital
Com mais
de 200 franquias virtuais, o Tomorrow
Digital Shopping, de São Paulo, vem expandindo rapidamente sua
atuação no comércio eletrônico, sendo um bom
exemplo nacional da nova tendência de virtualização
dos negócios. A franquia virtual é essencialmente um banner
(faixa) clicável que uma página Web pode ter, remetendo o
internauta à loja virtual. A cada venda efetuada, o responsável
pela página onde está o banner recebe um crédito.
O sistema começou a ser conhecido
no mundo com livrarias virtuais como a Amazon Books e Barnes and Noble.
Uma página de noticiário ou com um conteúdo específico
sobre uma especialização da Medicina, por exemplo, tem um
banner
que remete o leitor à livraria ou - numa forma mais sofisticada
- diretamente à seção da livraria onde existem livros
sobre o assunto tratado na página, de forma que o leitor/internauta
possa ter acesso imediato e simplificado à literatura disponível
sobre esse tema. Com isso, ganha o internauta, que não precisa ficar
pesquisando onde existem livros sobre o assunto; ganha o site onde foi
colocado o banner (geralmente, o suficiente para cobrir as despesas de
manutenção do site, mesmo com o mercado virtual ainda incipiente);
e ganha a livraria, pois os sites de conteúdo atraem clientes de
nichos especializados.
Da mesma forma, uma página
sobre rock ou chorinho pode remeter o internauta diretamente às
"prateleiras" virtuais de uma loja digital onde estão os vídeos,
CDs e DVDs sobre esses gêneros musicais. Uma página sobre
computação pode ter um banner de uma loja virtual de computadores
etc. Na essência, é o mesmo que um anunciante faz quando busca
um público segmentado: concentra sua publicidade na revista ou no
jornal, ou mesmo no programa de rádio ou televisão, que são
vistos por esse público-alvo. A vantagem da Internet é que
basta um clique no anúncio e o consumidor está "dentro" da
loja, sem a inércia provocada pela necessidade de o consumidor encontrar
um tempo livre dentro do horário comercial para se deslocar até
esse estabelecimento.
Linux -
Exemplo prático é a parceria que o Tomorrow fechou com a
Conectiva, distribuidora da versão nacional do sistema operacional
Linux, o Guarani. Na página da Conectiva
existe uma área para venda de produtos (aplicativos e programas)
relacionados ao Linux, que nada mais é do que um "departamento"
do shopping virtual Tomorrow.
Vale esclarecer que, embora o Linux
seja gratuito, quem quiser o conforto de obter o produto em mídia
CD, mais os manuais, sem ter de fazer uma morosa/tediosa cópia de
centenas de megabytes em arquivos pela Internet, terá de pagar o
custo das mídias (os CDs e o manual impresso), daí a loja
Linux. O Tomorrow obteve a exclusividade nacional das vendas do Linux Guarani
pela Internet.
O risco
- Qualidade e personalização no atendimento, imagem da empresa
perante o público, facilidade de acesso, são todos conceitos
importantes para o sucesso de uma loja, e que precisam ser repensados em
relação ao comércio eletrônico.
É preciso atentar para a tendência
de eliminação dos intermediários entre o produtor
e o consumidor: por exemplo, quando lançou seu cão-robô
Aibo, há um mês (veja em Informática de 1/6/1999),
a Sony japonesa decidiu que ele só seria vendido pela Internet,
diretamente em seu site, para o mundo inteiro. Sem a participação
de lojistas, distribuidores etc. A Dell também vende seus computadores
pela Internet, oferecendo preços menores por não haver o
custo de intermediação. A santista Opus Laser já consegue
oferecer um desconto no preço para compras via Internet, pela mesma
razão.
Então, qual o futuro das lojas,
se a tendência é eliminar intermediários? Se elas estão
presentes na Web, o custo de intermediação praticamente se
anula, pois não precisam trabalhar com estoques ou instalações
físicas de atendimento. Podem se concentrar no melhor atendimento
ao cliente e na reunião de produtos de diferentes fabricantes, formando
um centro de compras. Algo semelhante à tendência dos portais
na Internet, reunindo temas que tenham afinidade entre si.
Você sairia procurando de gravadora
em gravadora um disco de um cantor que não lembra o nome completo,
ou o selo pelo qual foi lançado, ou preferiria consultar o catálogo
eletrônico de uma loja de discos, que concentra as listagens de todas
as principais gravadoras? Esse pode ser um nicho de mercado para as lojas:
facilitar para que o público encontre imediatamente a agulha que
está procurando no enorme palheiro da Internet.
Veja nesta série:
I -
Abertura
Crescimento começou com a Web
"É uma nova revolução nos
negócios"
II -
Abertura
Duas siglas que já beneficiam os usuários
Web tem respostas até mais rápidas
III
- Abertura
Se minha geladeira falasse...
Mulheres lideram no número de net-compradores
(40% em nove meses)
Shopping virtual é inaugurado em Ribeirão
Preto.
IV -
Abertura
Opus é exemplo santista de loja virtual
Promoções e preço menor atraem
clientes
Tomorrow é exemplo de shopping digital
Uma loja de ferramentas faz sucesso na Internet
Automóveis usados ganham maior loja virtual
da Internet brasileira
V -
Abertura
Internet muda relação entre comerciante
e cliente.
Canais de distribuição reformulam
suas práticas.
VI -
Abertura
Custo da publicidade na Web não é
o problema
Presença na Internet é tão
importante quanto dispor de telefone e fax.
Nova economia é alicerçada na informação.
VII
-
Mais de vinte motivos para a empresa se instalar
na Internet
Quem tem medo de entrar na Web?
Banners apresentam resultados acima das expectativas |