COMÉRCIO
ELETRÔNICO
"É uma nova revolução
nos negócios"
"Historicamente,
algumas das maiores transformações no comércio ocorreram
quando novos veículos para distribuição de produtos
e varejo foram inventados (...). Os catálogos da Sears, Roebuck
são um significativo exemplo dessas inovações. Outro
é a cadeia de lojas varejistas Wal-Mart, cujo uso de tecnologia
estado-da-arte ajudou a integrar fornecedores, vendedores e sistemas de
controle de estoque e de distribuição. (...) É virtualmente
certo que aplicações similares de tecnologia eletrônica
devem proliferar (...) Estima-se que os custos de distribuição
fiquem entre 50% e 80% do custo do produto para os consumidores. Considerando
que a indústria do varejo tem aproximadamente US$ 9 trilhões
em negócios, substanciais reduções podem ser obtidas
pelo encurtamento das atuais cadeias de distribuição (...)"
que a Internet permite oferecer, na medida em que a indústria pode
efetuar vendas diretas aos consumidores, sem os custos de intermediação".
As citações são
do relatório "O Futuro do Comércio Eletrônico", assinado
em 1995 pelo jornalista David Boullier e publicado pelo The Aspen Institute,
relatando os resultados da mesa-redonda realizada naquele ano em Aspen,
estado norte-americano do Colorado. Um arquivo tipo Adobe PDF com o texto
integral do relatório pode ser obtido a partir da página
introdutória.
Em outro trecho do relatório,
também sumarizado,
é citado que a Internet Shopping Network, uma loja virtual de computação,
tem mais de 20 mil títulos de software disponíveis, mas não
existe um estoque físico, nem operadoras de tele-atendimento. Suas
transações são realizadas on-line através de
interfaces gráficas e formulários de encomenda, por exemplo.
Sem estoque nem custos trabalhistas, a empresa tem um custo de US$ 0,20
a US$ 0,50 por transação. Em contraste, uma encomenda feita
por um serviço telefônico tipo 0800 (de chamada gratuita)
pode custar à empresa vendedora US$ 5,00, ou US$ 15,00 se a compra
for feita numa loja de varejo.
Crescimento
- "Em 1996, as vendas pela Internet foram de cerca de US$ 800 milhões,
segundo um estudo Direct Marketing Association conduzido pelo The Wefa
Group. Especialistas acreditam que as vendas on-line vão explodir.
A Wefa projeta que no ano 2000 as vendas pela Internet atingirão
US$ 13,8 bilhões", assinala a Direct Marketing Association Inc.
(DMA) no relatório "Best
Practices in Interactive Marketing".
Números, aliás, já
superados: a irlandesa Nua Internet
Surveys compara informações do mundo inteiro para prever
que já neste ano as vendas para consumidores finais atingirão
US$ 18 bilhões e os negócios eletrônicos entre empresas
(business-to-business) alcançarão a casa dos US$ 108 bilhões.
Dados apoiados pelo Forrester Research e apresentados em
gráfico, mostram que, dobrando a cada ano, as vendas aos consumidores
chegarão a US$ 108 bilhões em 2003, ano em que os negócios
entre empresas on-line atingirão US$ 1 trilhão 331 bilhões.
A DMA cita que a Internet vem sendo
uma poderosa ferramenta de negócios, pois ao mesmo tempo, fornece
ampla informação sobre demografia do consumo e preferências
de compra, permitindo construir bancos de dados mais atualizados e relevantes;
facilita o oferecimento de novos bens e serviços aos consumidores,
pesquisar novos mercados, agilizar o processo de compra/entrega/serviço
ao cliente/retorno do consumidor (feedback); permite ainda aperfeiçoar
e personalizar o apreçamento dos produtos e gerenciar mais eficientemente
as funções internas (back-office) da empresa, provendo amplo
acesso à companhia em tempo real e facilitando a transmissão
de dados. Assim, além das vendas ao consumidor, crescem também
exponencialmente as vendas entre empresas (business-to-business), as redes
internas tipo intranet e as extranets (ligando as empresas diretamente
com as redes dos fornecedores e dos principais clientes).
"A Internet é uma manifestação
do fenômeno de convergência. É evolucionária,
pois é o resultado da combinação da Lei de Moore,
do empacotamento das telecomunicações e da digitalização
do conteúdo. E é revolucionária, pois velhos meios
são combinados com o poder de processamento do computador para criar
um paradigma de interação completamente novo", observou em
1997 o grupo de pesquisas estratégicas norte-americano Gemini Strategic
Research Group no estudo "A
Nova Realidade Digital". Recorde-se que a Lei de Moore foi formulada
por Gordon Moore, da Intel, prevendo acertadamente que a capacidade de
processamento dos chips dobraria a cada 18 meses, e que o termo empacotamento
se refere à forma como a Internet transmite os dados, quebrando
o arquivo a ser transmitido (de texto, dados, vídeo, voz) em pequenos
pacotes de informação, reconstituídos no destino.
"Se você acredita que as tendências
destacadas da última década devem continuar em futuro próximo
- completa o estudo -, então você está começando
a entender o dramático impacto que a Internet deverá ter
em negócios, economias e sociedades".
Veja nesta série:
I -
Abertura
Crescimento começou com a Web
"É uma nova revolução nos negócios"
II -
Abertura
Duas siglas que já beneficiam os usuários
Web tem respostas até mais rápidas
III
- Abertura
Se minha geladeira falasse...
Mulheres lideram no número de net-compradores
(40% em nove meses)
Shopping virtual é inaugurado em Ribeirão
Preto.
IV -
Abertura
Opus é exemplo santista de loja virtual
Promoções e preço menor atraem
clientes
Tomorrow é exemplo de shopping digital
Uma loja de ferramentas faz sucesso na Internet
Automóveis usados ganham maior loja virtual
da Internet brasileira
V -
Abertura
Internet muda relação entre comerciante
e cliente.
Canais de distribuição reformulam
suas práticas.
VI -
Abertura
Custo da publicidade na Web não é
o problema
Presença na Internet é tão
importante quanto dispor de telefone e fax.
Nova economia é alicerçada na informação.
VII
-
Mais de vinte motivos para a empresa se instalar
na Internet
Quem tem medo de entrar na Web?
Banners apresentam resultados acima das expectativas |