Foto: acervo do cartofilista Laire José Giraud,
postada na rede social Facebook em 8/12/2013
Em 1954, o porto santista recebia o navio francês de passageiros Louis Lumière, visto aqui em primeiro plano, tendo atracado em sua
popa, ao fundo, o antigo navio de passageiros estadunidense Argentina:
Foto: acervo do cartofilista Laire José Giraud, publicada na rede
social Facebook em 19/10/2014
Santos é escala constante de belonaves. Em 1955, atracados pela popa do cruzador Barroso (C11), quatro contratorpedeiros de escolta da classe Bertioga, ou classe B
da Marinha de Guerra do Brasil, que compreendia as belonaves Bertioga, Babitonga, Baependi, Bauru, Beberibe, Benevente, Bocaina e Bracuí. O único "sobrevivente" é o Bauru, que se
tornou navio-museu no Rio de Janeiro. Foram construídos nos Estados Unidos para a US Navy (classe Canon) e depois da II Guerra Mundial vieram para o Brasil. Foi possível identificar os dois primeiros nesta foto pela identificação no casco -
Babitonga (D16) e Beberibe (D19):
Foto: acervo do cartofilista Laire José Giraud, publicada na rede
social Facebook em 10/6/2014
Nesta foto de 1956, os cruzadores Barroso (ex-USS Philadelphia) e Tamandaré (ex-USS Saint Louis), da Marinha do Brasil, atracados a contrabordo no porto
santista, em foto de José Dias Herrera:
Foto: acervo do cartofilista Laire José Giraud,
postada na rede social Facebook em 24/2/2014
O cruzador Barroso (ex-USS Philadelphia - sigla CL-41) foi construído pelo estaleiro Philadelphia Naval Shipyard, de Philadelphia/EUA e pertencia à Brooklyn Class - a
mesma classe do ARA General Belgrano, afundado em 1982 pelo submarino nuclear HMS Conqueror, durante a Guerra das Malvinas. O navio foi adquirido pelo Brasil em 1951, junto com o Tamandaré (C-12, uma versão modernizada do
Barroso, ambos com 185 metros de comprimento). Tinha cinco torres triplas de canhões de 155 mm. Participou no episódio denominado Guerra da Lagosta, envolvendo as marinhas brasileira e francesa, ocorrido no litoral do Nordeste Brasileiro
em 1963. O C-11, sigla pela qual era também conhecido, sofreu vários acidentes durante os 22 anos em que serviu à Marinha do Brasil, inclusive explosões e incêndios a bordo. Em 14 de agosto de 1967, navegando em viagem de adestramento entre
Salvador e o Rio de Janeiro, e tendo a bordo o ministro da Marinha, almirante-de-esquadra Augusto Rademaker, sofreu a explosão de uma de suas oito caldeiras, ocasionando 11 mortes e precisando ser rebocado para salvador pela corveta Caboclo
(V-19). Representou o país durante a coroação da rainha Elizabeth II, em 1953, na parada naval de Southampton, na Inglaterra, quando desfilaram 221 belonaves das diversas marinhas mundiais. Durante as Comemorações Henriquinas (V centenário da morte
do infante português D. Henrique), em 1960, participou do desfile naval no Rio Tejo, em Lisboa. Na foto de José Dias Herrera, o Barroso atracado em Santos, com seus tripulantes:
Foto: acervo do cartofilista Laire José Giraud, publicada na rede
social Facebook em 15/11/2014
A história desse cruzador, aliás, terminou em Santos. O Barroso, abaixo visto em foto de José Dias Herrera, foi desativado em 15 de maio de 1973, pelo Aviso 0423 do Ministério
da Marinha. Conta o despachante aduaneiro Laire José Giraud que em 1975 fazia os despachos da empresa que comprou o navio para desmanche, a Igrafer Comércio de Ferros e Metais Ltda., de Diadema/SP. O casco ficou em
Vicente de Carvalho para o desmanche. Como curiosidade, relatada na rede social Facebook por Luiz Armando de Alcântara, ocorreu que, após o desmanche, uma de suas portas acabou sendo utilizada numa sauna, na cobertura de apartamento pertencente
a Cid Carlos Leite, na Rua da Paz, 3:
Foto: acervo do cartofilista Laire José Giraud, publicada na rede
social Facebook em 30/9/2014
Em 1961, o porto de Santos com vários navios fundeados (ancorados) no Estuário. Essa zona de fundeio foi extinta na década de 1970, com a inauguração do cais da
Companhia Siderúrgica Paulista (Cosipa - atual Usiminas), no canal de Piaçaguera. A partir de então, para evitar perigos ao tráfego marítimo, fundear no Estuário só se tornou
permitido em casos de emergência. Na foto, a curva do Paquetá ao fundo (com o vértice do ângulo no local onde foi construído o prédio do controle do tráfego do porto), vista do centro santista,
tendo à esquerda a Praça Barão do Rio Branco com o prédio do Santos Hotel. A imagem faz parte da coleção do comandante Wanderley Duck:
Foto: acervo do cartofilista Laire José Giraud, publicada na rede social
Facebook em 16/7/2014
Assim se apresentava em 1965 o "porto do café", então o maior porto da América Latina. Muitas práticas de então foram depois modificadas: as cargas eram embarcadas em lingadas,
soltas ou paletizadas, mas a partir do ano seguinte e especialmente a partir de 1981 os contêineres passaram a fazer parte do cotidiano do cais. Entre os navios atracados na área de Outeirinhos, um do Lloyd Brasileiro,
extinto em 1997, além de uma embarcação da também extinta armadora estadunidense Delta Line, e na extrema esquerda, após a curva, o casco claro de um navio frigorífico
argentino, possivelmente o Rio Lujan. Note-se ainda a chamada atracação em "gavetas", isto é, com mínimo espaço livre entre os navios:
Foto: acervo do cartofilista Laire José Giraud, publicada na rede social
Facebook em 27/6/2014
Na mesma foto de 1965, ao fundo, é possível notar os anúncios gigantes que marcavam a encosta dos morros na Ilha de Santo Amaro, em Guarujá, próprios para serem vistos desde as
praias de Santos:
Detalhe de foto do cartofilista Laire José Giraud, publicada na rede social
Facebook em 27/6/2014
Três anos depois, em 1968, a foto aérea mostra dois navios atracados, sendo um da armadora alemã Hamburg-Sud e outro da argentina Flota Mercante del
Estado (mais tarde Empresa Lineas Maritimas Argentinas - ELMA), na ocasião representada pela agência marítima Gracioso & Filho:
Foto: acervo do cartofilista Laire José Giraud, publicada na rede social
Facebook em 28/12/2014
Em 1970, vista parcial do porto e do centro de Santos, tendo ao fundo o Monte Serrat. Neste cartão postal é visto em primeiro plano, à esquerda, o navio
Corina, da armadora Paulista, e ao centro o navio frigorífico Rafael Lotito, da armadora carioca Aliança:
Foto: acervo do cartofilista Laire José Giraud, publicada na rede social
Facebook em 23/7/2014
No início da década de 1970, uma vista aérea do porto, no trecho entre o Paquetá e o Valongo, tendo em primeiro plano os depósitos de inflamáveis da Ilha
Barnabé e na mancha urbana o destaque para o Monte Serrat:
Foto: acervo do cartofilista Laire José Giraud, publicada na rede social
Facebook em 26/12/2014
Na mesma época (cerca de 1974, a julgar pelo fato de estarem concluídas as obras do trecho de cais 29 a 35), a vista aérea do porto mostra desde a área do centro santista, à direita,
até a curva do Paquetá, prosseguindo em direção à Ponta da Praia, enquanto na margem oposta do estuário, à direita, destaca-se a área de Vicente de Carvalho, distrito de Guarujá:
Foto: acervo do cartofilista Laire José Giraud, publicada na rede social
Facebook em 10/8/2014
Uma das embarcações encarregadas de ajudar na manobra dos navios, na década de 1950, era o rebocador Saboó, aqui visto tendo ao fundo uma das torres de transmissão de energia
elétrica através do estuário santista, em foto reproduzida do Álbum da Companhia Docas de Santos, editado em 1957:
Foto: acervo de Pedro Pinto, por ele publicada na rede social Facebook em
26/5/2014
Em 1973, a barcaça Bagre, da companhia Estrela, fazia o abastecimento de combustíveis aos navios. Atracado, à esquerda, um navio holandês:
Foto: acervo do cartofilista Laire José Giraud, publicada na rede social
Facebook em 30/12/2014
No então (1973) recém construído cais novo do Macuco (correspondendo aos armazéns 29 a 31), a vista aérea mostra a então Avenida Portuária, antes de ser ampliada e receber a
denominação de Avenida Governador Mário Covas Jr. Os armazéns eram marcados com as siglas MT-DNPVN, correspondentes ao Departamento Nacional de Portos e Vias Navegáveis, do Ministério dos Transportes. Entre os navios atracados, um da série Cap
da armadora alemã Hamburg-Sud:
Foto: acervo do cartofilista Laire José Giraud, publicada na rede social
Facebook em 29/12/2014
Ainda na década de 1970, os guindastes apelidados de Palmeiras, devido à grande altura de suas lanças. Eram os equipamentos Stothert & Pitt, construídos na Inglaterra e importados em
1947 pela Companhia Docas de Santos (CDS). Tinham capacidade para içar cerca de 1,5 tonelada:
Foto: acervo do cartofilista Laire José Giraud, publicada na rede social
Facebook em 28/12/2014
Na foto feita por Laire Giraud desde a janela de seu escritório, em 1999, esses guindastes são vistos, já desativados e prontos para sucateamento. À esquerda, parte do prédio
atualmente ocupado pela Justiça Federal e situado na Praça Barão do Rio Branco:
Foto: acervo do cartofilista Laire José Giraud, publicada na rede social
Facebook em 3/12/2014
O guindaste flutuante (cábrea) Sansão, segundo no nome no porto santista (no início do século XX existiu a cábrea Samsão), foi construído na
Holanda e começou a operar em 1951 neste porto, onde operou até 1994. Tinha capacidade para 150 toneladas e media 33 metros de comprimento. Em 1949 a Metro Goldwin Mayer (MGM) produziu o filme Sansão e Dalila, do cineasta Cecil B. de Mille,
com os astros Vitor Mature e Eddy Lamar. Esse filme de Hollywood fez muito sucesso e serviu de inspiração para os diretores da Companhia Docas de Santos (CDS) batizarem a nova cábrea com o mesmo nome daquele gigante mitológico. A imagem foi
registrada pelo repórter fotográfico José Dias Herrera, o Zezinho:
Foto: acervo do cartofilista Laire José Giraud, publicada na rede social
Facebook em 5/12/2014
No detalhamento da imagem acima, é possível observar melhor a estrutura. Ao fundo, o Fortim do Itapema, em Vicente e Carvalho (Guarujá):
Imagem: detalhe da foto de Laire José Giraud,
publicada na rede social Facebook em 5/12/2014
Em imagem de 1973, a cábrea Sansão içava uma base de guindaste e era conduzida através do estuário pelo rebocador São Paulo, a contrabordo. Ambos pertenceram à antiga
administradora do porto, a Companhia Docas de Santos (CDS):
Foto: acervo do cartofilista Laire José Giraud, publicada na rede social
Facebook em 27/12/2014
Neste cartão postal santista de fins da década de 1980, mostrando a Ponta da Praia com o Aquário Municipal em primeiro plano,
vê-se ao centro a Fortaleza da Barra Grande e um navio transportador de veículos da Volkswagen saindo pelo canal do porto. A foto comprova ainda as mudanças provocadas pela Natureza na praia, pois três décadas
depois toda esta faixa de areia foi tomada pelo mar e conta com mureta de proteção:
Foto: acervo do cartofilista Laire José Giraud, publicada na rede social
Facebook em 8/12/2014
As incertezas climáticas e tempestades também provocam reveses como este encalhe do rebocador Titã na praia do Embaré, em 2012, em foto de Roberto Smera:
Foto: acervo do cartofilista Laire José Giraud, publicada na rede social
Facebook em 25/12/2014