Antes da instalação do porto organizado em 1892, Santos contava com precários trapiches de madeira para o acesso aos navios
de passageiros e cargas. Esses trapiches começaram a ser demolidos nos últimos anos do século XIX. Como os da Rua Xavier da Silveira, vistos na foto a seguir:
Foto: revista Estrela Azul, editada em Santos pelos funcionários do porto, cerca de 1930
Esta foto é do período 1870-1875 e foi feita pelo fotógrafo Fritz Büsch, mostrando também o trapiche da Rua Xavier da Silveira:
Porto de Santos próximo à Alfândega, em foto de Fritz Büsch
(albúmen com 15,3 x 20,5 cm, Coleção Gilberto Ferrez/Acervo Instituto Moreira Salles)
Imagem reproduzida no livro Santos e seus Arrabaldes - Álbum de Militão Augusto de Azevedo, de Gino Caldatto Barbosa (org.), Magma Editora Cultural, São Paulo/SP, 2004
Na foto abaixo, de Militão Augusto de Azevedo, a Ponte da Alfândega, em 1865, defronte à atual Praça da República, vendo-se ao fundo o
prédio da Câmara e Prefeitura situado no Valongo:
Porto de Santos próximo à Alfândega, em foto de Militão Augusto de Azevedo
(albúmen com 10,8 x 17,0 cm, Acervo Instituto Moreira Salles)
Imagem reproduzida no livro Santos e seus Arrabaldes - Álbum de Militão Augusto de Azevedo, de Gino Caldatto Barbosa (org.), Magma Editora Cultural, São Paulo/SP, 2004
Sobre essa foto, escreveu o arquiteto Gino Caldatto Barbosa, no livro Santos e seus Arrabaldes - Álbum de Militão Augusto de Azevedo, em 2004: "Pela fotografia é possível ter uma idéia do aspecto rudimentar e das dificuldades técnicas do sistema de acesso oferecido aos navios. (...) A cena documentada parece ter sido tirada junto da Alfândega, cuja ponte, em 1865, passava
por inspeção municipal, em função dos consertos que se efetuavam" - consertos estes citados na primeira página do jornal santista Revista Comercial, em 28 de novembro de 1865.
Abaixo, o Trapiche Belmarco e sua ponte de madeira, onde encostavam navios a vapor e a vela, em foto do final do século XIX. Já existia então o primeiro trecho de cais,
inaugurado em 1892, e sua ampliação até o Paquetá, autorizada pelo decreto 966 de 7 de novembro de 1890, atingiria muitos trapiches existentes no trecho, como este. A foto mostra ainda um único combustor a gás da iluminação pública e um quiosque
que servia café, bebidas e cigarros aos trabalhadores, além de carga na rua, aguardando embarque ou transporte em carroças:
Foto: revista Ferrovia, editada em São Paulo em janeiro de 1954
Na imagem a seguir, o Trapiche Paquetá, ainda nos últimos anos do século XIX:
Imagem cedida ao editor de Novo Milênio pelo
Museu do Porto de Santos - Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp)
As imagens seguintes são da demolição do trapiche Brasil, em 18/2/1899:
Imagens cedidas ao editor de Novo Milênio pelo Museu do Porto de Santos - Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). A
primeira delas foi também publicada no livro Docas de Santos - Suas origens, lutas e realizações, de Hélio Lobo,
Typ. do Jornal do Commercio - Rodrigues & C. - Rio de Janeiro/RJ, 1936, na página 122-a
Alguns instantes depois da foto acima, foi feita esta outra:
Foto: reprodução do livro: Docas de Santos - Suas origens, lutas e realizações, de Hélio Lobo,
Typ. do Jornal do Commercio - Rodrigues & C. - Rio de Janeiro/RJ, 1936, página
146-a
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