Esta imagem foi publicada na edição de 26 de março de 1964 do jornal santista A Tribuna:

Este cartão-postal mostra o imponente Santos Hotel, em imagem de 1926, quando o local ainda era considerado parte da Praça da República. No verso do cartão, que era distribuído aos hóspedes, pode-se ler: "Santos Hotel - o mais moderno e o mais central. 150 appartamentos com banhos particulares. Praça da República, 32 - Santos". O hotel, por ficar próximo ao porto, era muito freqüentado por imigrantes que chegavam de todo o mundo a bordo dos navios:

O hotel foi construído aproveitando a estrutura básica do Palacete Martins, de José Domingues Martins, como citado na obra Memórias da Hotelaria Santista (de Viviane Pereira, Helena Maria Gomes e Laire José Giraud, Páginas & Letras Editora e Gráfica, S.Paulo/SP, 1997):

"O grande sonho de José Domingues Martins era transformar seu palacete em hotel. Chegou até a ir à Europa adquirir material para o futuro estabelecimento, mas o empreendedor morreu em 1924, antes do término das obras, concluídas pelo filho Octacílio. Em 1925, arrendado à firma Solazzini & Bruno, o Santos Hotel foi inaugurado. Instalado na Praça Barão do Rio Branco, funcionou durante 25 anos no local onde hoje está o edifício do antigo Instituto Brasileiro do Café (IBC). Várias personalidades estiveram no local, como a miss do Brasil de 1930, Iolanda Pereira".

Os cartões postais acima (enviado de Santos para Vila do Conde/Portugal em 11/6/1908) e abaixo (editado por volta de 1910 por Ferruccio Manzieri, da capital paulista), mostram em momentos diferentes o palacete Martins, antes da transformação em estabelecimento hoteleiro (no antigo Beco do Rato, depois conhecido como Largo do Carmo e, em abril de 1909, já denominado como Largo Rio Branco):

0 prédio do Hotel Santos, em foto obtida em fins da década de 1950:

Defronte ao hotel, no centro da praça, a estátua de Gafrée e Guinle, que desenvolveram o porto santista, como dirigentes da Companhia Docas de Santos (CDS):

O monumento aos construtores do porto de Santos, Cândido Gaffrée e Eduardo Palassin Guinle, em foto do início do século XXI: