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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - CINEMA - LIVRO - CRONOLOGIA
O cinema em Santos - Cronologia 02 [1901/1910]

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Mais ampla cronologia já publicada dos cinemas e da atividade cinematográfica em Santos e região, é organizada pelas datas de início, mudança de nome e fim dos cinemas, comprovada principalmente por publicações contemporâneas aos eventos.

Esta cronologia é indicada no livro "Santos: Uma História de Cinema", dos jornalistas Madô Martins e Carlos Pimentel Mendes, lançado em 12/2024 com apoio cultural da Prefeitura Municipal de Santos.

De 1901 a 1910:


Parque Recreio (ex-Miramonte) apresentava "vistas" todas as noites
Jornal Diário de Santos de 3/12/1902, página 3

c.1902/c.1908 – Funcionava na Rua do Rosário, 44 (atual R. João Pessoa) o Parque Recreio (antigo Miramonte), de José Amarante, apresentando todas as noites "exhibição de novas vistas nas Machinas Esterioscodicas. O Jacaré Monstro, O macaco de Madagascar, A Gallinha Mysteriosa. E muitas outras novidades que o publico pode apreciar com um nickel de 200 réis. Espectaculos inteiramente familiares. Entrada Gratis. Nota – foram exibidas [842] vistas", como publicado no Diário de Santos de 25/12/1902, e quase igual ao anúncio de 3/10/1902 nesse mesmo jornal, com a diferença de terem sido exibidas 873 vistas.


Em 1904, o Salão Phantastico/Miramonte anunciava a inauguração do 'Biógrafo Americano'
Jornal Diário de Santos, 2/7/1904, página 3

Em 2/7/1904, foi anunciado e em 6/8/1904 enfim inaugurado o Salão Phantastico, na Rua do Rosário, 45, trazendo "todas as noites vistas novas". Em 8/10/1904, esse Salão Fantástico, "cinematógrafo ou biógrafo", pertencente a José Amarante, foi transferido para as dependências do Miramonte, Centro. Com o fechamento do Variedades, artistas e a juventude boêmia passaram a frequentar o novo estabelecimento. Em 26/1/1913 já aparecia em anúncio, em seu lugar, a loja denominada "A Casa Tem Tudo".


Redondéu de Touros surgiu em 1907 ao lado do Coliseu, perto da esquina das ruas Braz Cubas e Amador Bueno com a Praça José Bonifácio (canto direito da imagem)
Bico-de-pena de Lauro Ribeiro da Silva - Ribs - Calendário Prodesan 1987

12/5/1907 Francisco Serrador instalou cinema rústico na praça de touros (o Redondéu – então chamado de Redondel – de Touros, que foi inaugurado nesse dia na Rua Amador Bueno, ao lado do depois instalado cine-teatro Coliseu).



Anúncio e nota redacional do Bijou Salon, que obtinha sucesso com um programa misto de cine e palco
Jornal A Tribuna, 26/11/1910, página 2

1907 – 31/12/1910 - c. 1/1914 - Bijou Salon TheatreRua 15 de Novembro, 94, Centro. Em 31/12/1910 o jornal A Tribuna informava que o Bijou – pertencente ao negociante Gustavo Pinfildi – seria fechado pela Comissão Sanitária de Santos, devido às más condições higiênicas e de segurança. A cidade portuária vivia o flagelo das múltiplas pestes que dizimavam a população. Assim, o Bijou Cinema foi transferido para o então "arrabalde Vila Mathias", instalando-se em 20/4/1913 na Rua Lucas Fortunato, 29-A. Em janeiro seguinte, já em prédio próprio nessa rua, passa ao nome de Cine Teatro Carlos Gomes.


Salão-teatro do Real Centro Português, em foto de 1929
Jornal Álbum da Colônia Portuguesa no Brasil, 1929, página 400

12/4/1908 a 1979Real Centro Português inaugura na Rua Amador Bueno seu salão-teatro (batizado mais tarde com o nome do dramaturgo português Júlio Dantas), que em 19/3/1953 se transformava no Cine Centro Portuguez e iniciava a projeção de filmes com Coração Ingrato, dirigido por Guido Brignone e estrelado por Carla Del Poggio. Concluiu uma ampla reforma em 13 de outubro de 1956, ganhando poltronas confortáveis e luxuosa ornamentação.


Criado em 1908, o Excelsior durou até 1910, quando foi fechado pelas autoridades sanitárias municipais, em tempos de pandemias
Jornal A Tribuna, 15/8/1908, página 2

15/8/1908 a 31/12/1910Salão Excelsior, no Centro, apresentava sessões contínuas de cinema com material da Empresa Cinematographica Wekt Geskaft. Em 31/12/1910 o jornal A Tribuna informava que o cinema seria fechado, devido às más condições sanitárias.


Nota sobre o novo salão Variedades e seu projetor de grande nitidez
Jornal A Tribuna, 19/11/1908, página 1

11/1908 a ...Salão Variedades, sucessor de estabelecimento homônimo fechado em 1904. Consta em A Tribuna de 19/11/1908 o registro sobre o "bem montado salão de Variedades, há dias inaugurado pela empresa M. D. Franco & Comp., e no qual funciona um dos melhores aparelhos cinematográficos que têm vindo a esta cidade". Ainda: "As sessões ali realizadas, todas as noites, são concorridíssimas. E como não ser assim, se as films passadas no magnífico aparelho são de uma nitidez impecável e completamente novas?"




Hotel Parque Balneário organizou programação festiva para o público em homenagem à data da Proclamação da República. Com cinema.
Anúncio em todo o rodapé da página 1 do Jornal A Tribuna de 15/11/1908 e nota na página 3

15/11/1908 a 1937 - 1/4/1937 a 21/2/1943 – O cinema do hotel Parque Balneário, também conhecido como Casino Theatro Parque Balneário, ou Casino do Parque e ainda depois chamado Cine Casino, na Av. Ana Costa, 554, Gonzaga, anunciava no dia 15/11/1908 em A Tribuna que em comemoração ao 15 de Novembro e homenagem ao presidente da República, tocaria "uma excelente banda de música", sendo exibidas vistas dos principais palácios da Exposição (Nacional de 1908 no Rio de Janeiro), magníficas vistas cinematográficas, ao ar livre e com entrada franca.


O Parque Balneário Hotel, quando pertencia a Alberto Fomm e Elisa Poli, em 1908, e anunciava as primeiras projeções cinematográficas (tela de Charles F. Flower)
Cartão postal de Laire José Giraud

Em 16 de abril de 1909, também em A Tribuna: "Sempre que o tempo permitir – cinematógrafo ao ar livre – concertos de pianola – tiro ao alvo – balançadores – outras diversões. Às quartas-feiras Soirée d’Elite – Concerto pela Banda Municipal. Entrada Franca. Ao Parque". Em 29/5/1910 era citado no mesmo jornal: "PARQUE BALNEARIO. – Funcção cinematographica em que serão exhibidos os belíssimos films: Um drama indiano, Com um rapaz não se brinca e outros muitos".

Tendo interrompido as atividades por alguns dias em 1937, foi reaberto em 1/4/1937, sendo logo seguido pelos cinemas Carlos Gomes e São José, todos com modernos equipamentos Phillips, como registrado em anúncio publicado em A Tribuna no dia 7/9/1937.

O Casino mantinha programação variada, alternando por exemplo filmes relacionados à Segunda Guerra Mundial e comédias. Em 15/7/1942, exibia dois cinejornais e os filmes Desatinos da Juventude e Pau de Cabeleira (nota: pau de cabeleira é o apelido dado na época à pessoa que acompanha um par de namorados. O nome original desse filme de 1941 é Hurry, Charlie, Hurry).


Nome alterado: Pau de Cabeleira é na verdade Corra, Charlie, Corra (Hurry, Charlie, Hurry)
Jornal A Tribuna, 15/7/1942, página 7

Em 21/2/1943, na página 15 do jornal A Tribuna era informado: "Aviso - HOJE, dia 21, último espetáculo neste cinema, em virtude de terminar o prazo contratual e a firma proprietária desejar o prédio para outro gênero de negócio"; nesse dia, foram exibidos os filmes Além da Lei (Sealed Lips, de 1942, com William Gargan e June Clyde) e Minha Loura Favorita, além de dois cinejornais.


Com este comunicado, o Cine Casino informava o encerramento de suas atividades
Jornal A Tribuna, 21/2/1943, página 15

Em 31/5/1943, saía nesse jornal um pequeno anúncio de venda de mobiliário e materiais resultantes da demolição do Cine Casino. Em 30/4/1946, o decreto-lei 9.215 proibiu o funcionamento dos cassinos no Brasil, mas alguns continuaram, de forma clandestina.


Manchete irônica do jornal Correio da Tarde sobre o fechamento do cassino Atlântico
Jornal Correio da Tarde, 27/2/1950, página 1

Em 27/2/1950 o Correio da Tarde destacava em manchete o fechamento do cassino que funcionava no Hotel Atlântico, mas maliciosamente completava o título: "- E o Balneário...". E complementava a matéria citando a continuidade dos bingos (como o dos altos do Coliseu), acobertados pela capa da benemerência. [[Mais...]].


Cinema Avenida, primeiro no nome, funcionava num redondéu na Avenida Conselheiro Nébias, ao ar livre
Jornal A Tribuna, 2/3/1909, página 1

27/2/1909 a c.7/12/1923Cinema Avenida (primeiro desse nome), empresa de Alfredo Franco & Sobrinho, começou a funcionar naquele sábado, 27/2/1909, na Avenida Conselheiro Nébias, "um pouco adiante" do Ponto da Encruzilhada, apresentando "espetáculos variados em que serão exibidas fitas novas para esta cidade no mais aperfeiçoado aparelho cinematográfico que tem vindo para o Estado de São Paulo - Excelente ponto de recreio para exmas. famílias ao ar livre". Em 6/5/1909, promoveu sessão cinematográfica em benefício das vítimas dos terremotos de Portugal.


Primeiro Cine Avenida contava com o "mais aperfeiçoado aparelho cinematographico que tem vindo para o Estado de S. Paulo"
Jornal A Tribuna, 7/3/1909, página 3

O cine Avenida teve ainda uma rara citação em 6/12/1923, por exibir a comédia Uma Filha do Luxo, descrita como um "estudo da influência que as toilettes vistosas exercem sobre o espírito das mulheres formosas".


"Uma Filha do Luxo" era uma comédia de costumes da época, em cartaz no Avenida
Jornal A Tribuna, em 6/12/1923, página 3

Em 21/7/1925 o jornal A Tribuna informava (página 2) que o cinema Guarany reabriria as portas no dia 7 para exibir o filme O Flagelo da Humanidade (sobre a doença venérea sífilis, como era então apelidada). Estreando no Teatro Guarany - depois de apresentação nesse dia à Imprensa no Polytheama santista -, este filme (promovido pela fundação Gaffrèe-Guinle, construtora do cais de Santos) estava há 40 dias em cartaz no Cine Avenida, em duas sessões diárias. O texto não esclarece que tal cine Avenida era o homônimo paulistano e não o santista, que já estava desaparecido dos noticiários e não voltou a ser citado nos anos seguintes. Só em 30/4/1940 surgiria em Santos um segundo Cine Avenida, agora na Avenida Bernardino de Campos.


O cinematógrafo livre que se tornaria o Iris Theatre
Jornal A Tribuna, 2/3/1909, página 1

4/3/1909 – Conforme noticiava A Tribuna no dia 2: "Cinematógrafo Livre – Na Rua de Santo Antonio o sr. Eugênio d’Angio, representante da empresa Lupo de Buenos Aires, inaugurará, quinta-feira, um cinematógrafo de gênero livre, com vistas de surpreendente efeito". Seria o Iris Theatre, surgido dois dias depois.


Iris Theatre abriu as portas no dia 6/3 com programação diariamente renovada, único no gênero"... Durou só até 12/4/1909
Jornal A Tribuna, 2/3/1909, página 3

6/3/1909 a 12/4/1909Iris Theatre, da Empreza Juan Luppo, instalado num armazém da então Rua de Santo Antônio (Rua do Comércio), 78, esquina com o Largo do Rosário (hoje Praça Rui Barbosa), no Grande Salão Internacional, com filmes como A Viúva Alegre ("espetáculo completo ao qual não podem assistir senhoritas nem meninos"). A empresa pedia que os frequentadores não fumassem e informava que ao final haveria bondes para todas as linhas (o que não foi cumprido pela empresa de bondes, aliás). Em 1º de abril estreavam as sessões "Cinema galante", exclusivamente familiares. O estabelecimento durou onze dias mais.


Iris estreava no dia 1º de abril as sessões de "Cinema Galante-Familiar". Dias depois, fecharia as portas
Jornal A Tribuna, 12/4/1909, página 3

6/3/1909 a c.1919Clube XV iniciou uma série de soirées cinematográficas para associados e familiares, na sede da Rua Amador Bueno, 193 (esquina da Rua Constituição), Centro.


Eden Salon iniciou as atividades no dia 23/6/1909, com um coquetel ("copo d´água") para os convidados
Jornal A Tribuna, 23/6/1909, página 2

23/6/1909Eden Salão – por algumas semanas, na Praça dos Andradas, 11 e 13, com capacidade para 300 pessoas, controlado pela Empresa Serrador & Mendes. O som era garantido pelo quinteto do maestro Bellarmino.


Prevista "incontestavelmente uma enchente colossal" no Eden. De público...
Jornal A Tribuna, 8/8/1909, página 2

Como neste caso, uma expressão hiperbólica atualmente incomum era muito usada na imprensa do início do século XX para se referir a algum afluxo muito grande de público a determinado lugar: "enchente colossal". O cinema logo fechou, apesar da criatividade que demonstrou nas primeiras parcerias, como a firmada com um açougue... [[Mais...]].


Em 1908, Francisco Serrador inaugurou o primeiro Coliseu, visto nesta rara foto, da saída de um baile infantil ali realizado
Reprodução parcial de foto publicada pela revista  A Fita, número 6, de 1/9/1911



Theatro Coliseu Santista ofertou à Santa Casa a renda total da bilheteria do dia de inauguração
Jornal A Tribuna, 23/7/1909, página 3

23/7/1909 a 21/6/1934Theatro Coliseu Santista, depois cine-teatro, na R. Amador Bueno, 237, confluência com Rua Braz Cubas, Centro. As primeiras instalações desse Coliseu, para espetáculos esportivos (pelota e ciclismo), foram inauguradas em 14/7/1897.


Theatro Coliseu Santista começou a funcionar em 23/7/1909
Jornal A Tribuna, 23/7/1909, página 1

7/8/1909 a 9/1910Salão Smart Cinema – por algumas semanas, na Rua 15 de Novembro, 46 (Café Commercio). Foi substituído em outubro de 1910 pelo Ideal Cinema.


Salão Smart, outro de efêmera existência, daria lugar um ano depois ao Ideal Cinema
Jornal A Tribuna, 8/8/1909, página 2

19/8/1909 – 11/2/1915 – Inaugurado em 1909 o Cinema Reclame, no Largo do Rosário (atual Praça Rui Barbosa), com projeção (ao ar livre) de anúncios, "fitas ultracômicas" e vistas de Santos. Volta a ser citado em A Tribuna em 11/2/1915, em pequeno anúncio: "Carnaval – Carro Cinema Reclame– Para os anúncios neste carro, dirijam-se ao Largo do Rosário n. 30, sala n.9, das 8 horas às 18".


Cinema Reclame, inaugurado no dia 19/8, prosseguiu até 1915
Jornal A Tribuna, 18/8/1909, página 2


Em 1915, o Carro Cinema Reclame aceitava anúncios para o Carnaval
Jornal A Tribuna, 11/2/1915, página 10

8/4/1910 a 18/2/1953Cinema Popular, primeiro desse nome, na Senador Feijó, 152, Vila Mathias, pertencente à empresa Charray. Deveria estrear no dia anterior (dia 7/4), mas houve falha no motor do projetor. Em 14/2/1953, anunciava-se que o cinema estava reservado para bailes carnavalescos da Sorocabana e no dia 18/2 iniciou um período interminável como "fechado para reforma".


Primeiro Cine Popular santista estreou em abril de 1910, na Vila Mathias
Jornal A Tribuna, 7/4/1910, página 2



Começou mal... um problema no projetor "perfeito" adiou a estreia do Cinema Popular para o dia seguinte
Jornal A Tribuna, 8/4/1910, página 2




Polytheama Rio Branco, no Largo do Rosário, atual Praça Ruy Barbosa. No detalhe da foto, o cartaz do filme Amor, Ódio - Mulher, permitindo datar da foto de cerca de 1921/1922
Acervo FAMS, Foto-00903.jpg

15/6/1910 a 11/6/1932 – Inaugurado o Polytheama Rio Branco, no Largo do Rosário (atual Praça Rui Barbosa), nº 4, no Centro, com renda em benefício da entidade assistencial Gota de Leite. Conhecido como "O cinema do set santista", tinha poltronas em estilo americano, duas linhas laterais de varandas, além de frisas em posição destacada. Era um cinema líder (lançador de filmes) em Santos. [[Mais...]].



Polytheama Rio Branco era em sua época o cinema lançador de filmes em Santos
Revista A Fita, nº 4, de 12/6/1911, página 7



Polytheama, como outros cinemas, exibia em 1911 programação mista, no palco e na tela
Jornal A Tribuna, 21/4/1911, página 3

Ao lado do salão de espera foi montado um bar pelos donos do Bar Chic, mantido naquele Largo pela firma Arthur Castro & Comp. Antigo armazém de café adaptado como cinema, foi "fechado temporariamente" a partir de 11/6/1932 e em 3/12/1932 foi ali inaugurado o centro de lazer Penalty Skating-Ball. [[Mais...]].


Nota da redação do jornal sobre a instalação do cinema Vasco da Gama em 27/8/1910, no Valongo
Jornal A Tribuna, 26/8/1910, página 2



Vasco da Gama foi instalado em lugar que mais tarde receberia o Cine São Bento
Jornal A Tribuna, 28/8/1910, página 2

27/8/1910 – Surge o Cinema Vasco da Gama, na Rua São Bento, 46, no Valongo, de propriedade de Gustavo da Costa Silveira, com um confortável salão e grande estoque de filmes novos. Teve efêmera duração, até o final do ano.


Ideal Cinema foi inaugurado em 15 de setembro de 1910
Jornal A Tribuna, 16/9/1910, página 2

15/9/1910 a 21/1/1911 – Inaugurado o Ideal Cinema, na Rua XV de Novembro, 46, no Centro, pertencente a E. Silveira e Comp. No dia seguinte (16), ocorreu espetáculo em benefício do Asylo de Mendicidade, com diversos filmes novos.


O Ideal Cinema fazia questão de promover o ambiente familiar em suas sessões corridas noturnas
Jornal A Tribuna, 26/11/1910, página 2

Em 23/1/1911, A Tribuna citava o destino que havia sido dado às instalações do Ideal, reaberto dois dias antes: "Casino Santista – Um gênero de casa de diversões que na nossa adiantada cidade será sempre bem aceito, acaba de ser inaugurado na rua Quinze. Se o cinematógrafo, em abundância, já satisfaz a uma parte da população, outra parte requer distração mais variada, mais atraente, mais vibrante. Indo ao encontro desse desejo do público santista, os empresários do antigo Ideal Cinema transformaram-no completamente em um verdadeiro casino, para o qual contrataram escolhidos artistas, entre os quais cançonetistas nacionais, francesas, espanholas e italianas. Assim, o público que o frequente passará ali algumas alegres horas, ouvindo agradável música e chuchurriando um copo de cerveja ou um cálice de licor (...)".


Novos ventos sopravam, e o Ideal Cinema expandiu as atividades para funcionar como Casino Santista
Jornal A Tribuna, 23/1/1911, página 2

26/11/1910 a 18/1/1911Cinema Chantecler – Rua XV de Novembro, 96, propriedade da empresa H. Eckmann. Em 12/1/1911 o Diário de Santos registrava na coluna Palcos e Salões, sobre este empreendimento: "Bastante animado o espetáculo de hontem. Foram exhibidas lindíssimas fitas que foram muito aplaudidas pelos frequentadores deste cinema. Hoje novos films". Em 14/1, novo registro: "Bastante concorrido apezar do mau tempo. O programma de hoje é o seguinte: Cavallaria Rusticana, Revelação em Portugal, Amigos do collegio, Suicidio de Boreau e Quarto Sellado”.


Em 26 de novembro de 1910 era inaugurado o Cinema Chantecler, do fotógrafo H. Eckmann
Jornal A Tribuna, 26/11/1910, página 2

Em 18/1/1911 A Tribuna noticiou o seu fechamento para melhorias, como a construção de "um palco, em que deve exhibir-se uma troupe de cantoras de renome, que a empresa contratou". Onze dias depois, foi inaugurado em seu lugar o Cinema Brasil.


Chantecler fechou as portas em 18/1/1911, para melhoramentos. Voltou com outro nome: Cine Brasil
Jornal A Tribuna, 18/1/1911, página 2


Música: tema de Dr. Jivago (1965)

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