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Vias públicas de Santos/SP

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Rua Amador Bueno

Coordenadas da via: Latitude: -23.935089 e Longitude: -46.331836      [GoogleMaps]

Começa em Praça dos Andradas, 100, no bairro Centro

CEP: 11013-150 - até 236 - lado par

11013-151 - até 237 - lado ímpar

11013-152 - de 238 ao fim - lado par

11013-153 - de 239 ao fim - lado ímpar

Termina em Rua João Otávio, 90, no bairro Paquetá

Nomes antigos: Rua das Flores, Rua Aprovada 30

Logradouro criado em 1921

História: Aprovada número 30, foi oficializada pela lei 647, de 16 de fevereiro de 1921, sancionada pelo prefeito municipal, coronel Joaquim Montenegro, que entrou em vigor a 1º de janeiro de 1922. Foi excelente trabalho desenvolvido pela Comissão de Justiça e Poderes da Câmara Municipal, pois a oficialização abrangeu todas as ruas, avenidas, largos, praças e travessas do Município até a época e pôs termo à particularização de muitas vias públicas, denominadas por donos de terrenos que da iniciativa não davam conhecimento à Câmara ou à Prefeitura.

Quando da primeira discussão do respectivo projeto de lei, o dr. J. de Sousa Dantas salientou que a Comissão de Justiça e Poderes, 'ao reavivar a nomenclatura das vias públicas, teve em vista a supressão de nomes em duplicata e de muitos outros cujas pessoas nenhum serviço haviam prestado na via pública para merecer a homenagem. Procurando substituir vários nomes - sublinhou -, a Comissão de Justiça e Poderes consubstanciou a nova nomenclatura na história do Brasil, lembrando nomes de pessoas ilustres, que se elevaram e impuseram ao respeito de seus concidadãos pelos relevantes serviços conferidos ao País'. A segunda e última discussão do projeto de lei se verificou na sessão de 16 de fevereiro de 1921, presidida pelo dr. B. de Moura Ribeiro.

Chamava-se Rua das Flores e a atual denominação foi de iniciativa do vereador Xavier Pinheiro.

Em 1880, a rua Amador Bueno era pequenina, fazendo-se necessário aumentar-lhe a extensão. Foi o que fez a Câmara Municipal que, na sessão realizada a 27 de abril daquele remoto ano, decidiu prolongar a via pública, que passava pela chácara da finada dona Angélica Martins Rodrigues, que foi casada com Domingos José Rodrigues, cujos herdeiros ofereceram gratuitamente o terreno para tal fim, desde que a Câmara se obrigasse a remover uma porteira que existia no terreno.

Proposta formulada pelo vereador José Antônio Pereira dos Santos na sessão da Câmara Municipal realizada a 11 de fevereiro de 1865, presidida por Antônio Ferreira da Silva Júnior (visconde de Embaré): 'Indico que se trate da abertura da Rua das Flores, desde a Rua do Cano até o Largo da Cadeia Nova, ficando a Comissão de Obras Públicas encarregada de se entender com os respectivos proprietários de terrenos que têm de ser atravessados por aquela via pública'.

Na sessão que Câmara Municipal realizou a 1 de julho de 1868, o vereador Santos Cruz, inspetor de Obras Públicas, comunicou haver ordenado aterrar, a cascalho, a Rua das Flores, bem como as ruas Josefina (Constituição), Áurea (General Câmara), Santa Catarina (Visconde do Rio Branco), São Francisco de Paulo (São Francisco), Consulado (Frei Gaspar), 11 de Junho (Riachuelo) e 2 de Dezembro (D. Pedro II), sendo dispendida a quantia de 849$455 com essas obras.

Via pública tradicional, das mais antigas de Santos, foi por certo favorecida com o serviço de iluminação pública cleebrado em 1887 entre a Câmara Municipal e a Companhia de Melhoramentos, cujo contrato foi divulgado pelo jornal Diario de Santos, em seu número de 9 de julho daquele ano. Faz-se curioso transcrever a cláusula númer 7 desse contrato: 'Os combustores de iluminação das ruas fornecerão uma luz equivalente à que é produzida por 9 velas de esparmacete das que queimam cento e vinte grãos por hora; os candelabros das praças fornecerão a quantidade de luz que a Câmara Municipal determinar'.

Pobre Rua Amador Bueno! Como ela era deficiente e feia em 1881, pois na sessão que a Câmara Municipal no dia 8 de agosto desse ano, presidida pelo dr. Pedro Augusto Pereira da Cunha, o vereador Francisco Emílio de Sá indicou 'a necessidade imprescindível de ser aterrada a Rua Amador Bueno, desde a Praça Andrada à Rua Frei Gaspar'. Foi a propositura aprovada e encaminhada à Inspetoria de Obras para as devidas providências.

Amador Bueno da Ribeira nasceu em São Paulo em 1610 e nessa cidade também morreu em 1683, sendo provedor da Capitania, capitão-mor, ouvidor, contador da Fazenda Real e juiz de órfãos. Em 1641, com a separação dos reinos de Portugal e Espanha, deu-se a restauração da monarquia portuguesa, subindo ao trono o duque de Bragança, depois d. João IV. Não se conformando com a transformação operada, os espanhóis residentes em São Paulo decidiram tornar-se independentes e aclamar Amador Bueno seu rei, aos brados de 'Viva o Rei Paulista'. Amador Bueno teve que se refugiar no Mosteiro de São Bento para fugir ao assédio dos espanhóis, que queriam à viva força elegê-lo seu rei por aclamação.

Fonte: RODRIGUES, Olao. Veja Santos!, 2ª edição, 1978. Ed. do autor - pág. 52/54

Veja mais em [Wikipédia: Amador Bueno de Ribeira]
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