http://www.novomilenio.inf.br/baixada/vias/1r053.htm Vias públicas de Santos/SP | QR Code. Saiba + | |||||||
Largo do Rosário |
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Começa em Rua General Câmara/Rua Frei Gaspar, no bairro Centro Termina em Rua João Pessoa/Avenida Fisconde de São Leopoldo, no bairro Centro Nomes antigos: Pátio dos Milagres, Largo General Francisco Glicério, Largo Moreira César, Praça 54 | ||||||||
História: Atual Praça Ruy Barbosa. Localiza-se no logradouro o monumento a Bartolomeu de Gusmão – o Padre Voador -, precursor da navegação aérea, inaugurado solenemente a 7 de setembro de 1922 e mandado erigir pela Municipalidade, com o concurso do Aero Clube de Portugal, da Academia Bartolomeu de Gusmão, de Paris, e do Aero Clube do Brasil, executado pelo artista italiano Lorenzo Massa. O Largo do Rosário, que depois foi designado Largo Moreira César e voltou a ostentar a antiga denominação, era chamado por nossos antepassados por Pátio dos Milagres. Contornavam-no casinhas bem velhas, dos tempos coloniais, que apresentavam em suas janelas as tradicionais 'rótulas' usadas nos conventos do tempo de d. João VI. O centro era dominado por um chafariz, encimado por um lampião. Entre os negociantes lá estabelecidos, segundo A Tribuna de 7 de setembro de 1922, havia 'seu' Barbosa com afamado morrão; a bilheteria do 'seu' Lamouche; a venda do Bernardino; a quitanda da tia Joana, especializada em queijadinhas e pés-de-moleque. Mais tarde, vieram o botequim do 'seu' José do Buraco, o Café Carioca, a Confeitaria do Paulino, além de outros estabelecimentos. Ainda posteriormente, lá se instalou o Empório Sul-Riograndense, de J. Fernandes & Cia. - em prédio acanhado, na esquina da Rua de Santo Antônio, atual Rua do Comércio -, casa especializada em produtos do Sul, como charque, costeletas, chispes, línguas etc. Aliás, o Empório Sul-Riograndense prosperou, ganhou novo prédio e alcançou a fase da Praça Rui Barbosa, em cuja fachada, por sinal, foi colocada a primeira placa com o busto do grande brasileiro. Na sessão ordinária da Câmara Municipal de Santos realizada a 21 de novembro de 1889, seis dias após a proclamação da República, foi acolhido abaixo-assinado de munícipes que pleitearam a alteração de logradouros públicos, como o Largo do Rosário, que passaria a se denominar General Francisco Glicério. Oito anos depois, na sessão de 10 de março de 1897, a Edilidade aprovou representação subscrita por cidadãos de influência no Município, como Ulisses Costa, Carlos de Afonseca Júnior, Isidoro Campos, Deocleciano Fernandes, Heitor Peixoto, João Moreira dos Santos Júnior e Otávio Silveira, na qual propunham a substituição de Largo do Rosário para Largo Moreira César, em homenagem ao comandante das forças que lutaram contra as hordas de Antonio Conselheiro, na Guerra dos Canudos. Já na sessão da Câmara Municipal efetuada a 18 de junho de 1919, o vereador Guilherme Aralhe se bateu em favor da conservação de logradouros tradicionais e consagrados pelo acatamento público, como o Largo do Rosário, 'que resistira à mudança que lhe quiseram impor para Moreira César'. Inspetor de Obras Municipais, o vereador Antonio Ferreira da Silva – visconde de Embaré – comunicou à Câmara Municipal, na sessão realizada a 17 de janeiro de 1868, presidida pelo dr. Inácio Wallace da Gama Cócrane, 'que no Largo do Rosário foi aterrada a parte que faltava e impedia o esgoto de águas para a calçada ali existente, despendendo-se nessa obra a quantia de 158$500'. Quando presidente da Câmara Municipal, Francisco Correia de Almeida Morais apresentou indicação em que declarava de utilidade pública os prédios situados entre a Praça Moreira César e Rua Frei Gaspar para o alargamento daquele logradouro. Examinando a proposição, as comissões de Obras e Viação, Justiça e Poderes e Fazenda e Contas consideraram que, em face da situação financeira da Municipalidade, as desapropriações apontadas não poderiam ser procedidas de pronto, senão gradativamente, sem perturbação econômica aos cofres municipais. O plenário aprovou esse parecer na sessão realizada a 24 de dezembro de 1902, sob a presidência do próprio Francisco Correia de Almeida Morais. Pela lei 647, de 16 de fevereiro de 1921, sancionada pelo prefeito municipal, coronel Joaquim Montenegro, a tradicional praça, que tinha o número 54 na Planta, então chamada Moreira César, teve a denominação de Rosário restabelecida, mas finalmente substituída por Praça Rui Barbosa pela lei 685, de 3 de março de 1923, daquele mesmo chefe do Executivo. Fonte: RODRIGUES, Olao. Veja Santos!, 2ª edição, 1978. Ed. do autor - pág. 559/563 | ||||||||
Veja mais em [Largo do Rosário, 1902-1913] | ||||||||
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