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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS
Quando o imperador poeta foi ao morro

Gravado diretamente na rocha, o texto "D.P.II-1846" parecia um código secreto para quem visse, até que em anos recentes foi acrescentada, logo abaixo, uma placa explicativa: "Esta inscrição comemora a visita de D. Pedro II - Imperador do Brasil - à cidade de Santos em 18-2-1846 - Lions Clube Santos Sul -1997":


A rocha, com a inscrição e, logo abaixo, a placa explicativa acrescentada em 1997
Foto: Carlos Pimentel Mendes, 23/6/2000

No dia 18 de maio de 1980, o antigo jornal Cidade de Santos publicou este artigo de J. Muniz Jr.:


Local onde existiu o chafariz, em fins da década de 1950,
observando-se inúmeras inscrições eleitorais na histórica rocha
Foto: Justo Peres, publicada com a matéria

Pedra do Imperador, uma relíquia esquecida

Pesquisa e texto: J. Muniz Jr. Fotos de arquivo.
Programação visual: José Coriolano Carrião Garcia

Na maioria dos países civilizados de todo o mundo, as relíquias históricas são conservadas com muito carinho, merecendo a atenção das autoridades e do próprio povo, pois representam a história do passado. Por esse motivo é que são tombadas, para que sejam preservadas e cultuadas, como parte da cultura dessas nações.

Esses monumentos são tombados dentro de um critério de notável valor e atingem uma variedade imensa de bens móveis e imóveis, tais como: os fortes, fortalezas, mausoléus, museus, conjuntos arquitetônicos, parques, paços, igrejas, capelas, oratórios, ruas, pontes, lápides tumulares, retábulos, imagens, postadas, arcos, marcos comemorativos, portões, estações, outeiros, bicas e chafarizes.

Tudo que for tombado pelo Patrimônio Nacional fica sob a proteção do Poder Público, pois foi através do decreto-lei nº 025, de 30 de novembro de 1937, que foram lançadas as bases do Patrimônio, constituindo-se das jazidas arqueológicas, monumentos, paisagens notáveis, bem como as obras e locais de valor artístico ou histórico. E o conjunto de bens móveis e imóveis existentes no País, e cuja conservação seja do interesse público, quer por vinculação aos fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico, também estão enquadrados na aludida lei.

Entre os valores históricos que merecem ser conservados e cultuados, pelo passado cheio de recordações pitorescas, estão os monumentos naturais. As bicas, fontes e chafarizes, bem como os sítios e paisagens, merecem ser preservados pela feição notável com que tenham sido dotados pela natureza ou pela habilidade humana.

Em Santos, cidade quatro vezes centenária e cheia de recordações históricas, existiram várias fontes naturais, como a de São Jerônimo (antiga denominação do Monte Serrate); a de São Tomé, que ficava num pequeno outeiro junto da praia (entre as atuais Avenida Bernardino de Campos e Rua Floriano Peixoto), nos primeiros tempos santistas; das Duas Pedras (localizada junto da Pedra da Feiticeira, onde hoje se encontra a Rua (beco) Tiro Naval; a do Pacheco (no morro do mesmo nome) e do Itororó, a mais famosa de todas, hoje (N.E.: 1980...) desligada e abandonada na subida do Monte Serrate, e que se constitui num verdadeiro ponto histórico da cidade.

Também na Vila Matias, bem nas imediações da antiga estação de bonde da City, local do antigo Quilombo do Pai Felipe, havia uma bica e, voltando a um passado mais distante, poderemos mencionar a Fonte de Nossa Senhora do Desterro, cujas águas corriam pela gruta abaixo, formando o ribeiro do Macaia, que ia desaguar no Valongo. Essa fonte era muito procurada pelos moradores das redondezas e pelos tripulantes das embarcações que atracavam junto ao trapiche e que para ali se dirigiam a fim de se abastecer do precioso líquido e carregá-lo depois em barris para bordo.

Uma relíquia histórica - Na subida do Morro de São Bento, junto ao elevado, bem no pé das escadarias que dá acesso ao secular Mosteiro, existe uma formação rochosa que, embora despercebida pela maioria dos transeuntes, é uma das poucas relíquias naturais da cidade, e que, por esse motivo, faz parte do patrimônio histórico do Município. Trata-se de uma rocha, na qual está gravada uma homenagem ao imperador d. Pedro II, que por aqui esteve pela primeira vez em 1846, acompanhado pela imperatriz dona Tereza Cristina, quando inaugurou um chafariz ali existente na época.

O bloco rochoso que está localizado ao lado das escadarias do morro remonta aos tempos da fundação do povoado, e foi naquele sítio que outrora se instalou o sesmário Bartolomeu Fernandes, conhecido historicamente como Mestre Ferreiro, e que aqui chegou em 1532 como um dos artífices da Armada Colonizadora de Martim Afonso de Souza.

Contam os antigos historiadores que foi o mestre Bartolomeu quem construiu a primitiva capela de Nossa Senhora do Desterro naquele local. Também corre a lenda de que foi o ferreiro da Armada quem cavou (durante vinte anos), com suas próprias ferramentas, o refúgio que se estendia pela gruta de Nossa Senhora do Desterro e que ia dar no Tachinho de Martim Afonso (atual Nova Cintra).

Dez anos após a morte do Mestre Bartolomeu, a gruta veio a servir de refúgio para a população santista durante o ataque do corsário Cook à vila em 1590, servindo igualmente de abrigo e de passagem secreta em outras investidas que ocorreram posteriormente, quando os habitantes foram perseguidos por piratas e pelos índios.

Tempos depois, naquele mesmo local, surgiu o Mosteiro de São Bento, fundado em 1650, e que passou a ser construído nos terrenos doados pelo Mestre Ferreiro, cujas terras - segundo observa o historiador Francisco Martins dos Santos na sua História de Santos (1937) "correspondem hoje à região que vai da Rua de São Bento ou adjacências, até próximo ao Quartel da Rua de São Leopoldo e do Morro de São Bento até junto aos antigos mangues do estuário".

Antigas documentações revelam que, naquele mesmo ano de 1650, a viúva de Bartolomeu Fernandes Mourão, dona Izabel Barbosa, e seu filho Antonio Fernandes Mourão e sua mulher, dona Maria Rebello (ou Rosella), doaram aos religiosos de São Bento a Ermida de Nossa Senhora do Desterro, onde se estabeleceram a partir de fevereiro daquele ano, e a partir de então começaram a primeira edificação.

No entanto, existe afirmativa de que o segundo edifício do mosteiro somente foi erguido a partir de dezembro de 1725, pelo frei Pedro de São Caetano Pontes, que lançou a sua pedra fundamental sobre uma aprazível eminência de forma granítica, junto de uma fonte cujas águas brotavam das rochas, e de onde corria o ribeiro do Desterro ou de São Bento. Naquelas imediações ficava a Fonte de Nossa Senhora do Desterro, junto da pedra grande, que na época era um local coberto por uma vasta vegetação.


Rua São Bento, com o mosteiro e a fonte ao fundo., em foto de Militão Augusto de Azevedo. Note-se a reforma da torre sineira do mosteiro, quando o telhado piramidal foi substituído por uma cúpula de tijolos em forma de meia taça, mantida até os dias atuais
(albúmen com 10,5 x 17,2 cm. Acervo Instituto Moreira Salles )
Imagem reproduzida no livro Santos e seus Arrabaldes - Álbum de Militão Augusto de Azevedo, de Gino Caldatto Barbosa (org.), Magma Editora Cultural, São Paulo/SP, 2004

A visita do imperador - "Desde sua ascensão ao trono - assinala Rodolfo Garcia na sua obra Viagens de d. Pedro II - manifestou desejos de visitar as províncias do Império, para melhor conhecer de suas necessidades e de seus recursos naturais, que uma inspeção individual havia de tornar mais palpitantes nas futuras deliberações governamentais. Entretanto, razões de ordem pessoal umas, de ordem política outras, fizeram protrair a visita imperial cerca de um lustro, de modo que somente em outubro de 1845 pôde o imperador empreender sua primeira viagem, que teve como objetivo as províncias do Sul..."

Dotado de um imenso patriotismo, desde cedo o imperador demonstrou o desejo de conhecer pessoalmente as cidades das províncias brasileiras. E, assim, em companhia da imperatriz, que desposara em 1843, saiu dois anos depois em excursão às províncias do Sul, partindo do Rio de Janeiro, junto com a Esquadra Imperial, sob o comando do chefe Greenfell, no dia 6 de outubro de 1845. Os imperantes viajaram a bordo da fragata Constituição comandada pelo capitão-de-fragata Joaquim Ignácio, e que chegou a Santa Catarina no dia 12 do mesmo mês.

Após demorada excursão pelas províncias do Sul (entre Santa Catarina e São Pedro do Rio Grande do Sul) - o vapor Imperatriz partiu no dia 17 de fevereiro de Santa Catarina, trazendo os ilustres visitantes de regresso para a corte. Mas, antes de aportar no Rio de Janeiro, o monarca deveria visitar ainda alguns pontos da província de São Paulo, constando do seu roteiro as cidades de Santos, São Paulo (Capital), Sorocaba, Itu, Campinas; as vilas de São Roque, Porto Feliz e Jundiaí, além dos povoados de Cotia e São Bernardo.

De fato, na tarde do dia 18 de fevereiro, s.m. o imperador d. Pedro II e sua esposa a imperatriz dona Tereza Cristina desembarcaram em Santos debaixo da ovação popular, pois o capitão Antônio Martins dos Santos, presidente da Câmara, havia recebido ordem do então governador da província, marechal Manuel da Fonseca Lima e Silva (futuro barão de Saruí) para promover uma pomposa recepção aos augustos soberanos.

Cumprindo a ordem do marechal-governador, o presidente da Câmara local programou várias solenidades e festejos populares em honra dos visitantes oficiais, que também foram saudados por salvas de canhões, disparadas pelos fortes de Vera Cruz do Itapema e de Nossa Senhora do Monte Serrate (junto do porto). E junto da ponte de desembarque, no cais da Alfândega, foram postadas alas das forças militares, inclusive da Guarda Nacional, cujos garbosos soldados prestaram-lhes as honras de estilo dignas dos soberanos. Seguiram-se o toque de bandas, acompanhado pelo repicar dos sinos, enquanto os visitantes se dirigiam para a igreja Matriz, onde foi celebrada missa de ação de graças.

No dia seguinte, as festividades prosseguiram com grandes recepções nas mansões, solares e chácaras de propriedade dos eminentes comendadores locais, tais como Ferreira Martins, Ferreira Neto e Ferreira da Silva, sendo que no dia 23 houve uma grandiosa parada, Te-Deum e sermão na Matriz, seguindo-se de salva de fogos, inauguração do Chafariz da Coroação, muita cantoria e dança ao ar livre, com a presença de toda a população da cidade e adjacências.

O majestoso Chafariz da Coroação, que recebia água canalizada da Fonte do Itororó, foi erguido junto do Largo da Misericórdia, que passou a chamar-se posteriormente Largo da Coroação (hoje Praça Mauá). E sua inauguração ocorreu na noite do dia 23, quando aconteceu um pitoresco episódio, pois no momento em que o imperador colocou sua caneca de ouro (que lhe foi ofertada pela Câmara) debaixo da torneira do chafariz, em vez de água, jorrou vinho puro e saboroso. O autor da surpresa e da homenagem foi um monarquista lusitano que mandara ligar tonéis de vinho junto da fonte.

Naquela mesma oportunidade, o nobre casa visitou a Fonte de Nossa Senhora do Desterro, inaugurando também o chafariz da subida do morro de São Bento. E para comprovar o festivo acontecimento, bem como a histórica passagem do segundo imperador do Brasil pela cidade, na rocha existente naquele local ficou gravada a seguinte inscrição: "DP II - 1846".

E assim como ocorreu com a Bica do Itororó e com a Fonte das Duas Pedras, o chafariz de São Bento também foi destruído e abandonado já em fins do século passado (N.E.: século XIX). Dele só restou o monolito rochoso, que teve a primazia de registrar a visita do imperador d. Pedro II, cuja inscrição ostenta até os dias atuais, embora esteja completamente esquecido.


Detalhe da inscrição. Note-se outra acima dela, mais antiga e parcialmente apagada: "1845"
Foto publicada com a matéria

No Rio de Janeiro, entretanto, que se moderniza de ano para ano - os famosos Arcos (por donde corre o bondinho que vai para Santa Tereza), o Chafariz do Paço (construído em 1789) e tantos outros monumentos históricos que remontam aos tempos coloniais e imperiais, ainda continuam preservados, servindo, inclusive, como atração turística da cidade.

Não podemos esquecer igualmente que nas cidades históricas de Minas Gerais, em Salvador na Bahia, em São Luís do Maranhão e tantos outros municípios brasileiros, os monumentos e paisagens históricas são motivo de orgulho para o povo. Enquanto isso, aqui em Santos, muitas das coisas que registram o passado foram postas de lado, como se fossem velharias.

Bem que aquele reduto, na subida do morro de São Bento, poderia ser restaurado, com uma alegoria alusiva ao fato histórico, e transformado num logradouro público para que pudesse figurar no roteiro turístico da cidade e ser visitado diariamente pelos forasteiros e pelo próprio povo santista. Afinal, apesar da rocha ainda encontrar-se coberta de dizeres, que lhe dão um aspecto horrível, pode-se ler claramente a antiga inscrição que assinala a passagem do imperador por ocasião da inauguração da velha bica que desapareceu na poeira do tempo.

Faz-se oportuno registrar que, numa extremidade à direita da rocha, também está cravada uma placa comemorativa que relembra a primeira viagem de automóvel entre São Paulo e Santos, levada a efeito no dia 17 de abril de 1908, assinalando assim um outro fato histórico e valorizando ainda mais aquele local onde se encontra uma verdadeira relíquia natural da história santista.

Segue transcrito um texto do pesquisador Durwal Ferreira incluído no Anuário de A Tribuna de 1980, coordenado pelo também pesquisador Olao Rodrigues:


A rocha, com a inscrição D. P. II - 1846, em 1972
Foto publicada no suplemento A Escolinha, do Diário Oficial de Santos, em 28/8/1972

É bem possível que, presentemente, raras pessoas tenham reparado numa das rochas do Morro de São Bento, onde há um sulco de forma oval, de tamanho médio, com as inscrições que servem de título a esta crônica (N.E.: o texto tinha o título "D.P.II - 1846").

Diante dessa rocha fôra feito um pequeno jardim, com banco de pedra polida, ornado de um lampião cuja lanterna ficava no ato do poste especialmente instalado. Nessa rocha, uma vertente canalizada fornecia água límpida, pura e saborosa, onde no estio a população ia dessedentar-se. Cobrindo o sulco propositadamente talhado na rocha, uma placa de metal com a seguinte quadrinha:

"Dom Pedro Segundo
Esta fonte visitou;
Para mais honra lhe dar
Dois copos d'água tomou".

Esse atrativo foi mantido e freqüentado até o ano de 1923, mais ou menos, segundo informações orais de velhos moradores do bairro.

Tal melhoramento foi conseqüência da primeira visita que o Imperador e a Imperatriz fizeram à cidade de Santos.

Dom Pedro, "desejoso de conhecer as províncias do Império", acompanhado da Imperatriz e respectiva comitiva, começou a visitação pela Província do Rio Grande do Sul. Descendo até a de São Paulo, chegou "à cidade de Santos às 5 horas da tarde do dia 18 de fevereiro de 1846", visitando, também, São Vicente.

No dia 20, o Imperador visitou "os templos, conventos e a Casa de Misericórdia". Depois de sua visita ao Convento de São Bento, tomou de um copo e por duas vezes bebeu água daquela fonte e tão satisfeito ficou que escreveu a quadrinha acima reproduzida.

Cheguei ao ponto fundamental desta lembrança e, para não fugir à verdade do auspicioso acontecimento, transcrevo fielmente a informação insuspeita do historiógrafo Eugênio Egas:

"Isto quer dizer que Homem de Melo sempre achou lugar entre as culminâncias políticas e intelectuais do nosso país. A lucidez do seu espírito foi perfeita até aos extremos da vida. Fomos juntos à Biblioteca Eduardo Prado e a conversação encaminhou-se para as viagens imperiais a São Paulo. Perguntou-me o barão: "Lembra-se da quadrinha imperial, que em 1846 D. Pedro improvisou em Itu, para ser glosada?". Sim, respondi.

"O sincero acolhimento
Do fiel povo ituano
Gravado fica no peito
Do seu grato soberano".

"E as glosas?". Não conheço. "Pois lh'as vou reproduzir". Diga-me, prezado barão, a do senador Vergueiro. Essa nunca ouvi. A do conselheiro Martim Francisco, "O Moço", eu já li uma vez, mas não tenho lembrança alguma a propósito. Da glosa de Vergueiro, o barão Homem de Melo só se lembrou da primeira quadra:

"Do dever o cumprimento
Que se estende a muito mais
Vós, senhor, por bom chamais
O sincero acolhimento".

Mas a glosa de Martim Francisco, que em 1846 era juiz municipal de Itu e contava 21 anos, ele repetiu toda em voz firme e sem a menor hesitação:

Mote dado pelo Imperador:

"O sincero acolhimento
Do fiel povo ituano
Gravado fica no peito
Do seu grato soberano".

Glosa de Martim Francisco:

"É apenas cumprimento
Do dever o mais sagrado
Deste povo devotado
O sincero acolhimento.

Não pode ser fingimento
Possível em peito humano
Festejar um soberano,
Que as nossas almas contenta,
Que as idéias representa
Do fiel povo ituano.

Senhor, que imenso conceito
Gozas da idade na flor!
O que nos votaste - amor -,
Gravado fica no peito.

Praza aos céus que satisfeito
Fiques do povo ituano;
E creias que um ente humano
Não tenta mais que tentou
Quando a vinda festejou
Do seu grato soberano".

E logo a seguir o barão reproduziu outra quadra, que o Imperador, nesse mesmo ano de 1846, improvisou em Santos, ao visitar a fonte do Morro de São Bento:

"Dom Pedro Segundo
Esta fonte visitou;
Para mais honra lhe dar
Dois copos d'água tomou".

Esta não foi glosada; mas, fundida em metal e colocada no local onde o Imperador encontrou tão boa água. Não sei se ainda existe a placa. Tanto, porém, a quadra de Santos como a de Itu são bem características: ambas têm o cunho imperial.

Foi a primeira vez que o benemérito e honrado brasileiro nos visitou. Seja-me permitido dizer, apenas com intuito elucidativo, que Martim Francisco, citado, é o conselheiro dr. Martim Francisco Ribeiro de Andrada (o segundo) e não Martim Francisco Sobrinho como é referido na opulenta obra em cinco tomos História de D. Pedro II, de Pedro Calmon.


A rocha está situada na Praça Manoel de Almeida, no sopé do morro de São Bento, 
na base da elevação onde se situa o Mosteiro de São Bento. Nela há também uma placa comemorativa da primeira viagem de automóvel entre São Paulo e Santos, em 17/4/1908
Foto: Carlos Pimentel Mendes, 23/6/2000


Cada vez mais apagada, a marca 1845 ainda subsiste na rocha
Foto: Carlos Pimentel Mendes, 25/8/2007

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