Forte da Vila, também chamado de Forte
da Praça ou de Nossa Senhora do Mont Serrat (abreviado para Forte de Monserrat). Foi construído no tempo de Braz Cubas,
entre os locais onde depois seriam construídos o Colégio dos Jesuítas e os Quartéis, na atual
Praça da República (ocupando aproximadamente as áreas dos prédios da Alfândega e
Recebedoria de Rendas). Atrás do portão (do lado do mar), nota-se o mastro de um navio. À direita, a rampa que levava ao
Corpo da Guarda e à Prisão.
Forte de Nossa Senhora do Monte Serrate, em foto de Militão
Augusto de Azevedo
(albúmen com 11,0 x 16,6 cm. Acervo Museu Paulista)
Imagem reproduzida no livro Santos e seus Arrabaldes - Álbum de Militão Augusto de
Azevedo, de Gino Caldatto Barbosa (org.), Magma Editora Cultural, São Paulo/SP, 2004
Também publicado em Fortes e Fortificações do Litoral Santista, edição do autor J.
Muniz Jr., 1982.
Sobre essa foto, escreveu o arquiteto Gino Caldatto Barbosa, no livro Santos e
seus Arrabaldes - Álbum de Militão Augusto de Azevedo, em 2004: "Pequena construção militar também conhecida
por Forte da Vila, era parte de um amplo sistema de defesa da região, que foi sendo aprimorado durante os primeiros assentamentos na Baixada
Santista (segundo Victor Hugo Mori, em Arquitetura Militar – Um Panorama Histórico a Partir do Porto de Santos,
publicado em São Paulo pela Imprensa Oficial do Estado, em 2003 - páginas 85 a 215).
"Projetado pelo engenheiro Baccio de Filicaia no início do século XVII, ficava
posicionado atrás do Colégio dos Jesuítas, na borda do estuário, constituindo a primeira fortificação da cidade. Com poder de fogo precário, sua
verdadeira atribuição talvez fosse transmitir ilusória sensação de segurança à população, amedrontada por invasões piratas na região.
"A imagem do forte é parte da série de vistas de edifícios isolados que o fotógrafo
demonstrou especial interesse em documentar durante incursão pela cidade, sobretudo na área situada nos arredores da Alfândega, contendo seis
registros específicos. Do Caminho da Barra, Militão serviu-se do ângulo favorável para documentar o forte e o quartel,
situado à direita da cena. O posicionamento da lente foi determinado de modo a permitir a racionalização do trabalho, obtendo as duas fotos - do
forte e quartel - com um pequeno recuo e movimento da câmera em 90 graus".
Por volta de 1870, as dependências do forte passaram a servir de quartel do
Destacamento policial da cidade. Com a reforma do prédio da Alfândega, em 1876, o que restava da antiga fortaleza foi aproveitado para a localização
da Guardamoria, construção de um galpão da Alfândega e outras instalações, sendo os últimos vestígios demolidos quando da
construção do porto pela Cia. Docas de Santos.
Quando o forte desapareceu, nesse mesmo lugar foi
construída uma casa (que na imagem abaixo aparece com duas janelas para o Oriente e três para o Norte), que até 1887 serviu de Guardamoria, tendo
sido utilizada anteriormente como delegacia de polícia:
Publicado no suplemento A Escolinha, do Diário Oficial de Santos, em
14/8/1971
"Planta do Forte da Villa de Santos", sem data, elaborada pelo tenente-coronel José
Antônio Teixeira Cabral, com rosa dos ventos, legenda e escala em palmos, em folha de papel canson de 35,5 x 47 cm, usando nanquim, tinta colorida e
aquarela:
Imagem: Leituras Cartográficas Históricas e Contemporâneas, ed. conjunta
BrasilConnects Cultura & Ecologia, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC USP) e Exército Brasileiro, São Paulo/SP,
março/2003 (acervo do historiador Waldir Rueda)
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