Esta planta - contemporânea de outra com perspectiva semelhante e que parece ter a mesma autoria de outra que mostra a vila menos desenvolvida - faz parte do acervo da Biblioteca Nacional, do Rio de Janeiro/RJ (referência: cart1033420fo14.tif - Villa e praça de S.tos Data: [1775]). Clique na imagem para ampliá-la:

A legenda dessa planta, no detalhe:

Outro detalhe, vendo-se a "Igreja de S. Catharina no cume de hum monte" (marcada com a letra D) e, à direita, a Casa do Trem, marcada como "armazém de pelo":

Seguindo a linha d'água para a direita, observa-se o quartel (*) e uma fortificação marcada com a letra J (o Forte da Vila ou de Mont Serrat), e (marcada com a letra B) a igreja matriz "q'está emcuberta com o colegio" (o Colégio dos Jesuítas). Marcado com a letra C, o convento desse Colégio:

Outro pormenor da planta mostra o complexo do Carmo, com a ala da Ordem Terceira marcada com a letra E e o convento (parcialmente demolido no século XX) marcado com a letra A:

Prosseguindo em direção à direita, domina a paisagem a igreja de S. Francisco de Paula, no sopé de um Monte Serrate com as marcas de um grande deslizamento de terras (talvez o que a história registrou em 1614), tendo na linha d'água a Alfândega (na direção da atual Rua Frei Gaspar, que por isso mesmo já teve o nome de Rua da Alfândega) e o porto do Consulado. À direita na imagem, o Porto do Bispo:

O mosteiro de São Bento e, junto ao mar, a Igreja de Santo Antônio e seu convento. E a palavra "Valongo", que daria nome ao futuro bairro, aparece à direita, perceptivelmente relacionada com a origem do nome, o caminho que "vai ao longo" da margem, e a série de casas ali construídas:

Detalhe interessante é que tanto nesta planta de 1775 como na seguinte, não datada, é possível notar - na posição em que realmente foi construído - o prédio dos quartéis, cuja construção consta ter sido iniciada em 1776, sendo em tese, portanto, posterior a estas plantas. Com a palavra, os historiadores e pesquisadores...