MAPAS DE SANTOS
Vila e Praça de Santos - século XVIII
Esta planta em fragmento - que parece ter a mesma autoria de
outra que mostra a vila num estágio posterior de desenvolvimento - faz parte do acervo da Biblioteca Nacional, do Rio de Janeiro/RJ
(referência: cart1033401.tif - Villa e praça de Santos - Data: [17--] Coleção Morgado de Mateus). Clique na imagem para ampliá-la:
Imagem: Biblioteca Nacional, RJ/RJ
Ao publicar a versão digital em 2009, a Biblioteca Digital Mundial da Unesco
registrou: "Villa e praça de Santos - Este desenho mostra a cidade de Santos, no
estado brasileiro de São Paulo. A cidade foi fundada em 1546 e tornou-se rapidamente um local de exportação para o café. O desenho é feito com tinta
nanquim, um tipo de tinta desenvolvido na China e utilizado para desenhos coloidais e aquarelas. Envolve a suspensão de partículas de carbono em água e
sua estabilização com algum tipo de cola". Manuscrito em português, colorido e medindo 71 x 44 cm, o exemplar divulgado pela Unesco é o mesmo
mantido na Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro.
No detalhe, a legenda dessa planta, com as representações da capela e outeiro de Santa
Catarina e da Casa do Trem, além da observação "Rio que vai para a Barra Grande", ou seja, a saída para o mar:
Outro detalhe, vendo-se o Forte do Itapema e, abaixo dele, a inscrição
"Rio que vai para a Bertioga":
O forte de Nossa Senhora do Monte Serrate, à beira d'água, tem atrás de si apenas
o Colégio dos Jesuítas (marcado com a letra P). Mais algumas casas e chega-se à direita ao complexo do
Carmo (marcado com a letra A):
É de se notar como na planta de 1775 há muito mais construções neste trecho, de
forma que esta planta foi feita alguns anos antes ou copiada pela mesma pessoa (como se observa em detalhes como tipo de letra, ocorrência e disposição
dos textos, formatos de desenho etc.).
Detalhe
interessante é que tanto nesta planta não datada, como na datada de 1775, é possível notar - na posição em que realmente foi construído - o prédio dos
quartéis, cuja construção consta ter sido iniciada em 1776, sendo em tese, portanto, posterior a estas plantas. Com a
palavra, os historiadores e pesquisadores... |