HISTÓRIAS E LENDAS DE
SANTOS - TRILHOS
2008: os trens deixam o centro da cidade (5)
Reivindicação de décadas da população, enfim atendida...
Por mais de um século, a
população de Santos enfrentou o problema representado pela passagem de trens na área urbana, interrompendo o trânsito em todas
as principais avenidas, às vezes por longo período para manobras, ou de madrugada acordando com o apito das locomotivas - além dos acidentes
periodicamente ocorridos com motoristas imprudentes ou equipamentos falhos de sinalização. Primeiro foram encerradas as atividades da linha de
passageiros que servia o litoral Sul paulista; depois, fechadas estações como a da Avenida Ana Costa;
e, com os acertos para que os trens alcançassem o porto contornando a cidade, foi possível enfim desviá-los em fevereiro de 2008 para fora da área
urbana.
O principal acerto foi a negociação dos direitos de passagem dos trens (de
bitola métrica) da sucessora da Sorocabana/Fepasa/Brasil Ferrovias (a ALL
- América Latina Logística) com a sucessora da São Paulo Railway/Estrada de Ferro Santos-Jundiaí/RFFSA
(a MRS Logística), que usa bitola larga, compreendendo a colocação do terceiro trilho e integração dos controles.
Os problemas causados pelas manobras dos trens na área urbana foram destacados em inúmeras oportunidades, na imprensa
local. Estas imagens foram produzidas por fotógrafos do antigo jornal Cidade de Santos, em 16 de março de 1983, e a reprodução foi feita de
prova fotográfica (copião) preservada no acervo do jornal, (mantido pela Universidade Católica de Santos e
pesquisado pelo historiador Waldir Rueda), mostrando uma das manobras de trens junto à estação ferroviária da Avenida Ana Costa, confluência com a
Avenida Francisco Glicério:
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