Monumentos históricos e artísticos que atualmente se erguem nas praças santistas
Cinco são os monumentos que se erguem nas praças públicas
da cidade:
1º) O de maior vulto, Monumento dos Andradas - erigido na Praça
da Independência e mandado construir pela Municipalidade, com o auxílio do governo federal, para comemoração do primeiro centenário da nossa
emancipação política. Foi obra do escultor José Sartorio e do arquiteto Gaston Castel, executada pela Companhia Construtora de
Santos. É de bronze e granito, revivendo em diversos quadros e dizeres que dele constam, nas faces laterais, os principais feitos da
trindade gloriosa dos Andradas (José Bonifácio, o Patriarca; Antonio Carlos e Martim Francisco). Esse monumento foi
solenemente inaugurado no dia 7 de setembro de 1922.
2º) Na Praça da República, em frente ao edifício da
Alfândega, existe, desde 26 de janeiro de 1908, quando foi inaugurada, a estátua em mármore de
Braz Cubas, fundador da cidade de Santos. Foi mandada construir pela Municipalidade, sendo o trabalho executado pelo
professor Lorenzo Massa, em Gênova.
3º) Outro monumento que a Municipalidade fez erigir foi o de
Bartholomeu Lourenço de Gusmão, em bronze e granito. Resgatou, assim, o poder público municipal, uma dívida de gratidão para com o sábio
santista, precursor da navegação aérea, cujos despojos se acham sepultados na igreja de San Roman Martyr, na cidade espanhola de Toledo.
Nesse monumento ao "Padre Voador" existe uma placa em bronze - homenagem a outro
brasileiro ilustre e grande gênio da aviação - Alberto Santos Dumont. Essa placa sintetiza o memorável feito do saudoso patrício, dando a volta em
derredor da Torre Eiffel, em Paris, na sua "Nacelle".
Esse monumento executado, também, pelo escultor genovês Lorenzo Massa, foi inaugurado
em 7 de setembro de 1922.
4º) Existe, ainda, a herma a José Joaquim Xavier da Silveira,
em bronze e granito, mandada erigir por seus amigos e admiradores por meio de subscrição popular, sendo seu autor o escultor Lorenzo Massa. Foi
inaugurada no antigo Largo do Rosário, hoje Praça Ruy Barbosa, em 12 de janeiro de 1914 e
transferida para a Praça Visconde de Mauá, em setembro de 1922. Recentemente, com a remodelação completa desta praça, em
virtude da construção do novo Paço Municipal, a Prefeitura fez transladar a herma do saudoso poeta santista para a nova e
formosa Praça Fernandes Pacheco, próximo à praia.
5º) Obra de arte é, também, o monumento da Gaffrée e Guinle,
os dois grandes propulsionadores do progresso da Companhia Docas de Santos. Foi mandada construir, também em
Gênova, pelo mesmo escultor L. Massa, por essa importante empresa. É de bronze e granito e ergue-se à Praça Barão do Rio Branco, onde foi inaugurada
em 19 de novembro de 1934.
Há, ainda, na Praça dos Andradas, a herma em bronze mandada
erigir por meio de subscrição pública, em homenagem ao poeta santista Fábio Montenegro. Essa obra foi executada
pelo escultor Leão Velloso e inaugurada em 1921.
Outros monumentos que serão em breve inaugurados - A cidade acolheu com
simpatia a iniciativa de se erguer, na praça pública, um monumento à memória dos voluntários santistas que tombaram no
campo da luta, durante a Revolução Constitucionalista de 1932.
Angariados os fundos necessários e constituída uma comissão de figuras representativas
da nossa sociedade, esse monumento foi encomendado na Capital e acha-se em vias de conclusão, devendo ser inaugurado no dia 9 de julho de 1939, na
Praça José Bonifácio.
Cogita-se, ainda, na próxima inauguração de um monumento, nos jardins da Avenida
Presidente Wilson, do grande e inolvidável poeta santista Martins Fontes - o maior dos nossos vates - para o
quê a iniciativa do Rotary Clube de Santos frutificou, com as importâncias já angariadas em subscrição popular aberta pela A Tribuna e que
atinge quase a importância de vinte contos de réis.
Também deverá ser inaugurado em 1939, na Avenida Vicente de Carvalho, o monumento a
esse grande escritor, jurisconsulto e poeta, iniciativa que será levada a bom termo por uma grande comissão de
amigos e admiradores do ilustre santista.
Pantheon dos Andradas - Fazendo parte do mesmo corpo do prédio onde está
instalado o convento dos frades carmelitanos, à Praça Barão do Rio Branco, existe o Pantheon dos
Andradas. Em regra, essa obra não deixa de constituir um monumento histórico e ao mesmo tempo artístico. Nesse Pantheon se conservam, em urnas
de alabastro, os despojos de José Bonifácio, o Patriarca; Antonio Carlos e Martim Francisco. Foi mandado construir pela Prefeitura, com o auxílio do
governo federal, e inaugurado em 7 de setembro de 1922.
Outras obras de arte e que perpetuam fatos históricos figuram, no Município, à margem
da estrada de rodagem Santos-S. Paulo, construídas pelo Estado, no governo Washington Luís. Vem a propósito mencionar o "Marco
do Cruzeiro", próximo à raiz da Serra do Mar, em Cubatão, e as edificações existentes na mesma Serra,
denominadas "Pouso Paranapiacaba" e "Pouso da Maioridade". Essas obras assinalam os pontos de parada, para descanso,
quando D. Pedro I realizava suas viagens entre Santos e a cidade de S. Paulo, na época da Independência.
Obra artística também é, se assim se pode classificar, a "Fonte
9 de Julho" - fonte luminosa que a Prefeitura fez inaugurar em 1936 no Gonzaga, realçando o aspecto noturno daquele
pitoresco e aprazível recanto da cidade. |