Devido às características do subsolo santista e à imprevidência de alguns construtores, muitos edifícios - principalmente na orla da praia, onde foram feitos em grande quantidade para atender à explosão do interesse imobiliário paulistano pelos apartamentos à beira-mar, na década de 1960 - sofreram fortes recalques, ao ponto de inclinarem mais que a famosa torre italiana da cidade de Pisa. Os procedimentos para a recuperação desses prédios inclinados, aliás, foram estudados pelos técnicos italianos encarregados de recuperar aquela torre medieval europeia.

Chegou a ser formulada uma teoria que por muito tempo apavorou os santistas: a do efeito dominó, em que o desabamento de um prédio atingiria o do lado, provocando também o seu desmoronamento, e por sua vez o do vizinho seguinte, caindo assim todos em sequência. Mais tarde se verificou que esse efeito cascata não ocorre, já que as quedas de tais prédios tendem a se assemelhar a implosões, mas a lenda ficou.

Outros prédios nem chegaram a se inclinar: desabaram durante a construção, por falhas nos cálculos estruturais e na densidade do concreto empregado, principalmente. Essas histórias são agora lembradas aqui: