Novo Milênio: Histórias e Lendas de Santos: URBANISMO - Santos debate seu meio-ambiente por inteiro (L-1)

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Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 07/11/04 11:45:27

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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - URBANISMO (L)
Santos debate seu meio-ambiente por inteiro-1

Metropolização, conurbação, verticalização. Os santistas passaram a segunda metade do século XX se acostumando com essas três palavras, que sintetizam um período de grandes transformações no modo de vida dos habitantes da Ilha de São Vicente e regiões próximas.

De 10 a 12 de junho de 1994, ocorreu em Santos a 1ª Conferência Municipal do Meio-Ambiente, com a realização também de pré-conferências em várias regiões do Município e de pré-conferências temáticas: "Água, esgoto, drenagem e lixo" específicas para a Vila dos Criadores, a Vila Alemoa, o Dique e a Vila Pantanal; "Porto e retroporto"; "Recursos hídricos"; "Direito ambiental"; "Poluição e degradação ambiental"; "Meio-ambiente e saúde pública"; "Integração da pessoa deficiente ao meio-ambiente urbano"; "Políticas para as áreas de conservação"; "Política de desenvolvimento e saúde do trabalhador"; "Cultura, educação e patrimônio ambiental"; "Educação ambiental"; "Turismo e meio-ambiente"; "Comunicação e meio-ambiente". Todo esse temário estava inserido na chamada Agenda 21 Local, parte de um programa mundial de debates que culminou com uma reunião em Istambul, na Turquia.

O D.O. Urgente, jornal oficial do Município de Santos, produziu um suplemento especial sobre o tema, datado de maio e junho de 1994, com a programação das palestras e análises oficiais sobre os temas tratados, divididos em três blocos principais, além da introdução:

A - Saneamento ambiental
Saneamento ambiental (2)
Saneamento ambiental (3)
B - Desenvolvimento, qualidade de vida e meio-ambiente
C - Participação da sociedade

Meio-ambiente, desenvolvimento e participação

Subsídios para a I Conferência Municipal de Meio-ambiente

A meta da I Conferência Municipal de Meio-ambiente é conhecer e discutir os problemas ambientais de Santos, para se definir as diretrizes da política ambiental com a participação da sociedade. É fundamental que paremos um pouco para pensar qual a cidade que desejamos para nós, nossos filhos e netos. Este texto trata do Município de Santos e seus problemas de saneamento ambiental, meio-ambiente, qualidade de vida, desenvolvimento e participação da sociedade. É produto de muitas mãos: técnicos, colaboradores e comissão organizadora.

Caracterização geral do município

Poucos lugares da Terra podem mostrar um ambiente tão rico como este onde se localiza a cidade de Santos. De um lado, a Mata Atlântica, restingas e manguezais e o Oceano Atlântico. De outro a brutalidade como se ocupou esta área.

Precisamos lembrar também que Santos é mais do que uma ilha. Na verdade, um pouco mais de quarenta quilômetros quadrados é a parte que conhecemos bem na ilha de São Vicente.

A outra parte de Santos representa mais de quatrocentos quilômetros quadrados, o tamanho de dez cidades de Santos, se localiza na área continental.

A história da Baixada e seu desenvolvimento tem três momentos importantes:

a construção do porto, seu crescimento e ampliação
a construção da Via Anchieta e o crescimento do turismo
a construção do pólo petroquímico e industrial de Cubatão.

Isto produziu e produz muitas riquezas para a região e o País, o que não impediu enormes desigualdades na distribuição destas riquezas e inúmeros problemas ambientais.

Toda a população está sujeita a problemas ambientais e um quarto da população de Santos vive no seu dia-a-dia estas desigualdades, que podem ser sentidas nas más condições de moradia, falta de saneamento, baixos salários e doenças, má qualidade da água e tantas outras poluições.

Neste documento apresentamos estas questões, procurando formas de encaminhar soluções para problemas tão graves, partindo de assuntos cotidianos, até outros mais complexos, como a ampliação do Porto e suas conseqüências.