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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - Raul Soares - BIBLIOTECA NM
O navio-prisão (4)

Uma das páginas negras da história santista

 

Este é o texto integral do livro de Nelson Gatto, que a censura do regime militar mandou apreender e destruir. Um raro exemplar remanescente foi cedido a Novo Milênio para esta edição digital, pelo jornalista Carlos Mauri Alexandrino, em 2012.

São raros os exemplares restantes, como relatou em 10/11/2010 à revista Veja São Paulo o filho do editor, Uri Behar: tinha acabado de receber os livros e os empilhava numa livraria na Avenida São João, 526, em São Paulo. Devido à altura da pilha que se formava, colocou os últimos pacotes debaixo de uma prateleira próxima. Instantes depois, os militares chegaram para apreender o livro, mas não viram esses pacotes, salvos assim da destruição.

Impresso pela paulistana Edimax, com 154 páginas e capa de Wilson Cocchi, não registra a data da publicação (foi escrito e apreendido em 1965):

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RAUL SOARES

Navio presídio

A outra face da "Revolução"

Nelson Gatto

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Veja:
Contracapas
O navio presídio (introdução)
Repressão ao contrabando
Começo do fim
Retirada estratégica
Apresentação e prisão
Encarcerado
Torturado
Soltos e presos
Operação resfriamento
O padre e os presos
Correição
 

Capa do livro

 

Frontispício do livro

 

Capa final do livro

N.E.: Nelson Gibello Gatto começou sua carreira jornalística aos 15 anos de idade no jornal diário A Hora e na década de 1960 se tornou correspondente de guerra dos Diários Associados, atuando em Angola, Argélia, Coréia, Goa e Palestina. Em 1964, acabara de assumir a chefia do Serviço Federal de Repressão ao Contrabando, a convite do presidente João Goulart, quando começou o regime militar que perduraria pelos 21 anos seguintes. Preso e torturado no navio-prisão Raul Soares, contou essa história neste livro, apreendido pelos militares antes de começar a ser vendido nas livrarias. Em 1971, foi indiciado por pertencer à Vanguarda Popular Revolucionária, uma organização político-militar esquerdista, mas foi absolvido no mesmo ano. Prosseguiu na carreira jornalística nos Diários Associados até fins de 1977, quando foi proibido de exercer a profissão. Faleceu em 4 de janeiro de 1986 na capital paulista, aos 58 anos de idade, deixando a viúva Mariys Silva Lopes Gato, os filhos Ulisses e Mariana Marta.

Depoimento de Uri Behar à revista Veja São Paulo, em 10/11/2010 (acesso em 4/10/2012)

Pronunciamento do deputado Joaquim Jácome Formiga na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (na 48ª sessão ordinária da 3ª Sessão Legislativa da 5ª Legislatura), em 30 de abril de 1965, defendendo a liberação do livro de Nelson Gatto, conforme publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo de 5 de maio de 1965, página 62 (acesso em 4/10/2012)

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