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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - SANTOS EM... - BIBLIOTECA NM
Clique na imagem para ir à página principal do livro 'Os Andradas'1922 - por Alberto Sousa (8)

A história, desde a fundação, pelo autor de Os Andradas

Ao longo dos séculos, as povoações se transformam, vão se adaptando às novas condições e necessidades de vida, perdem e ganham características, crescem ou ficam estagnadas conforme as mudanças econômicas, políticas, culturais, sociais. Artistas, fotógrafos e pesquisadores captam instantes da vida, que ajudam a entender como ela era então.

É o caso da obra Os Andradas, publicada em 1922 por Alberto Sousa (Typographia Piratininga, São Paulo/SP) - acervo do historiador Waldir Rueda -, cuja transcrição do capítulo 1 (A Vila de Santos), com ortografia atualizada, continua (páginas 175 a 197):
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Forte de S. João da Bertioga - Plano de reconstrução, projetado em 1817, por 
Porfírio José Felizardo e Costa, no governo do conde Palma, que o mandou executar
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A Vila de Santos
Suas condições topológicas, demográficas, econômicas e sociais

Fortificações marítimas. Fortalezas, fortes ou fortins

Mas, é tempo de tratarmos das fortificações existentes na Praça, do seu número, do seu valor defensivo, do seu estado, desde a primeira metade do século dezoito, que é por onde principia este Capítulo, até ao começo do século dezenove, que é o seu termo. O estudo das fortificações, que ora vamos iniciar em separado, é o complemento do que acabamos de fazer em relação às forças de que se compunha, em diferentes períodos, a guarnição militar da Praça.

A defesa marítima da Vila e, portanto, a de toda a vasta Capitania, estava confiada, como daqui a pouco se verá, a fortificações completamente arruinadas umas; e outras desguarnecidas e desmanteladas.

A ponta mais setentrional da barra era defendida pelo velho Forte da Bertioga, cuja fundação remonta à época da chegada de Martim Afonso a S. Vicente, ao que afirmam diferentes historiadores. Segundo AZEVEDO MARQUES [185] e outros, "chamou-se primitivamente de Santiago" e hoje se chama de S. João, mas nós encontramo-lo numa Carta Régia do século dezoito com o nome de Santo António [186].


Vista lateral do flanco direito do forte, na mesma época
(desenhos originais no Arquivo do Estado de S. Paulo); reproduções a pena, de Paim
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Em 1733 não era mais do que um baluarte com cinco peças, das quais só duas tinham carretas. Os muros das casas que serviam de quartel aos soldados da respectiva guarnição, e a grande e espessa mata que se lhes seguia, tapavam-no de tal modo que ninguém poderia pressentir o inimigo, senão depois que ele estivesse bem perto [187].

Do lado fronteiro, na ponta da Armação, na Ilha de Santo Amaro, existiam os restos do pequeno Forte de S. Luís, levantado poucos anos depois do de Santiago, e que se chamara primitivamente de S. Felippe [188].

Mais para o Sul, e na face da mesma Ilha de Santo Amaro, voltada para a de S. Vicente, erguia-se outra fortaleza, construída entre os anos de 1584 e 1590, no tempo do domínio espanhol, logo após os corsários ingleses terem assaltado e saqueado Santos [189]. Chamava-se Fortaleza de Santo Amaro, do nome da ilha em que estava localizada; mais tarde chamou-se da Barra Grande e é hoje um Posto Fiscal subordinado à Alfândega.

A seu lado, e a dois tiros de espingarda, existia a pequena Praia do Góes, onde desembarcariam facilmente cento e cinqüenta homens a coberto da artilharia daquela Fortaleza - a única que guardava a primeira entrada da Barra Grande e que poderia, entretanto, ser tomada de surpresa pela retaguarda [190].

Em frente dela, para o lado do Sul, e da outra banda do rio, ainda se achava apenas em alicerces a muralha sobre a qual "se haveria de continuar a construção da verdadeira Fortaleza da Praça", traçada tecnicamente pelo engenheiro militar João Macé [191], e começada em 1721 por João de Castro, conforme se vê da Carta que ao rei escreveu o capitão-general Rodrigo César de Menezes, a 9 de setembro do referido ano [192], enganando-se, pois, AZEVEDO MARQUES [193], quando afirma que teve princípio em 1734.


Plano do Fortim de Vera Cruz do Itapema, no século dezoito
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A meia légua de distância da Vila, "em admirável sitio para a sua defensa", erguia-se ao Norte, sobre um morro ereto no outro lado do canal, na citada Ilha de Santo Amaro, o Fortim de Vera Cruz do Itapema, cuja fundação não se sabe ao certo de quando data, mas é de época bastante remota. Além de pequeno, estava demolido [194]; não podendo servir sem um grande reparo.

Mais para dentro, e da banda fronteira ao Itapema, levantava-se o Forte de Nossa Senhora do Monte Serrate, fundado à margem do canal por Braz Cubas, quando erigiu a Vila, segundo é tradição vinda até nós. Esse forte estava colocado entre o Colégio dos Jesuítas e o pátio dos quartéis militares [195]. Seu capitão, Miguel António de Sobral, nomeado por Carta Patente de 29 de maio de 1723, não percebia soldo, mas gozava compensadoramente de todas as honras, privilégios, liberdades, isenções e franquezas inerentes a tal posto [196]; e foi substituído por Leonardo de Macedo e Moura, capitão de Infantaria das Ordenanças da Bertioga, a 8 de fevereiro de 1728, em virtude de Carta Patente passada pelo capitão-general Caldeira Pimentel [197].

Essa era a linha de fortificações marítimas, estendidas ao longo do porto e costa Norte de Santos, para protegerem a Vila e defenderem o interior na emergência terrível de algum desembarque de tropas beligerantes ou investidas de corsários. O seu estado material, que descreveremos em rápido resumo, evidencia a impossibilidade em que se achavam de prestar serviços úteis em caso de guerra com qualquer potência, das que andavam mais a miúdo travadas de contas com o velho Reino - como, por exemplo, a França e a Espanha.

Em 1721, Rodrigo César de Menezes, ainda mal se empossara do Governo da Capitania e já tratava de inspecionar as fortificações de Santos, verificando que a principal delas, a de Santo Amaro, precisava de obras urgentes para acabamento da muralha, que estava apenas principiada, e mudança do depósito de pólvora para ponto mais seguro, que ele pessoalmente escolheu.


Plano do Forte da Estacada, ou da Trincheira. Mandado reconstruir em 1767, pelo capitão-general de S. Paulo, D. Luís António de Sousa, no reinado de D. José 1º
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Quanto ao Forte da Estacada ou da Trincheira, estava paralisado o seu andamento; caso Manuel de Castro, que se ofereceu para edificá-lo por sua conta, em troca de mercês reais, não o levasse por diante, o capitão-general mandaria concluí-lo por conta da consignação autorizada pelo rei para obras dessa natureza [198].

Mas, os seus bons propósitos tornaram-se frustrâneos, porque do Rio se lhe mandou dizer que não tinham donde tirar os quatro mil cruzados da consignação destinada àquelas obras e que fora instituída em 1721 por d. João V, como se vê de uma carta por ele escrita a Pedro Álvares Cabral, governador nomeado para a Capitania de S. Paulo, o qual não chegou a tomar posse, vindo em seu lugar o citado Rodrigo César de Menezes [199].

Essa verba devia correr pela Dízima da Alfândega do Rio, que tinha tido o considerável aumento de sessenta mil cruzados na sua nova arrematação [200]; e a escassa renda da Capitania de S. Paulo não comportava tamanha despesa permanente [201].

Entretanto, não descurava Menezes de indagar a respeito das condições das fortalezas, para dar-lhes oportunamente os remédios que necessitassem. É assim que a 4 de março de 1723, constando-lhe ser grande o estado de danificação em que se achava a da Bertioga, cuja reedificação o rei muito recomendara ao seu zelo, determinou ao governador de Santos que a ela fosse em companhia do sargento-mor António Francisco Lustosa e alguns oficiais inteligentes a fim de verem o de que necessitava [202].

Já então as consignações atrasadas tinham sido finalmente pagas; mas parece que não deram para acudir a uma obra definitiva de reparação geral, que devia realmente custar muito dinheiro, porque as fortificações se achavam quase inteiramente demolidas.

Em 1725, a Provedoria do Rio de Janeiro estava outra vez em atraso de dois anos com as consignações devidas, de modo que o governador apenas pôde aprontar carretas novas para montar a artilharia da Fortaleza de Santo Amaro, pois que as antigas, procedentes do Reino, abandonadas sem o menor cuidado ao rigor das intempéries, achavam-se totalmente imprestáveis. Mas não lhe fora possível, por falta de meios, construir o novo depósito de pólvora nem atalhar a ruína de que padeciam também as restantes fortificações [203].

No correr do ano de 1724, surgiu em socorro do governador um homem de alta posição e grande riqueza na Praça - Torquato Teixeira de Carvalho, a quem nos referimos desenvolvidamente em nota que vai no devido lugar. Propôs-se ele a restaurar inteiramente de seu bolso o abandonado Fortim de Vera Cruz do Itapema, com a condição de lhe ser dado o posto de sargento-mor comandante do mesmo fortim, com o soldo que percebia o que morrera - Domingos da Silva Monteiro; e mais o Hábito de Cristo [204].

Nomeado pelo governador, teve a sua patente confirmada por d. João V a 8 de junho de 1725, mas sem perceber soldo algum [205].

Parece, entretanto, que Torquato se não satisfez com a pouca liberalidade de El-Rei e continuou empenhando-se por conseguir honras mais realçantes, pois que, passados 15 anos, a 24 de setembro de 1738, foi-lhe conferido o governo do forte, que caberia por sua morte a um seu filho, com o posto e o soldo de capitão de infantaria, mercês essas que só teriam efeito depois de concluídas as obras de reedificação, de conformidade com a planta feita pelo brigadeiro José da Silva Paes [206].

Não tem, pois, razão AZEVEDO MARQUES [207], quando informa que, naquela data, as condições da proposta de Torquato já tinham sido satisfeitas e por isso fora ele confirmado no posto e honras que solicitara; e a Carta Régia de 27 do mesmo mês e ano, ao governador da Capitania, ainda repete que as aludidas mercês não se verificariam enquanto a fortaleza não estivesse acabada [208].

Em fins de 1733 entendeu d. João V que era chegado o momento de autorizar algumas das providências reclamadas e sugeridas pelo novo capitão-general, António Luís de Távora, 4º conde de Sarzedas, que viera substituir António da Silva Caldeira Pimentel, na sua apagada administração, e tomou posse a 15 de agosto de 1732.


Plano da Fortaleza de Santo Amaro, ou da Barra Grande (século dezoito).
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Impressionado com o minucioso Relatório que lhe foi presente sobre a matéria, em data de 19 de agosto de 1732, o soberano, por Carta Régia de 30 de outubro do ano seguinte, comunicava ao conde de Sarzedas que a Resolução de 29 do mesmo mês e ano, tomada em consulta do Conselho Ultramarino, o autorizava a continuar as obras da fortaleza começada por João de Castro; a desafogar a de Santo António da Bertioga, da mata que a cercava de um dos lados; e em cujo comando estava provido o capitão Gaspar de Caldas Lobo [209]; a reparar a de Santo Amaro, montando convenientemente a sua artilharia de modo a servir a uma defesa eficaz e, finalmente, a fazer na Casa da Pólvora todas as obras necessárias à segurança dos materiais bélicos nela recolhidos, porquanto a que existia era de telha vã e assentada em pleno chão não resguardado de revestimento algum.

E para isso determinava ao Juiz da Alfândega do Rio de Janeiro que, além dos quatro mil cruzados da dotação ordinária, mandasse para Santos mais quatro mil cruzados anualmente [210].

A providência era acertada e até mesmo generosa; como, porém, a Alfândega do Rio não pagava senão com grande atraso as dotações de velha data consignadas, é claro que a nova consignação nada mais exprimira que a boa vontade de um governo incapaz e destituído de qualquer parcela de senso econômico e administrativo.

Aliás, esses oito mil cruzados (aproximadamente 130.000$ em dinheiro atual de nosso país) não bastavam ao fim a que eram destinados. O orçamento feito pelo governador da Praça, João dos Santos Ala, e pelo provedor da Fazenda Real, António Francisco Lustosa, por ordem do conde de Sarzedas, calculava em doze mil cruzados por ano as despesas indispensáveis para que as obras pudessem caminhar com brevidade [211], segundo comunicação que dirigiu ao rei o capitão-general, em carta de 16 de fevereiro de 1734.

Havia dois anos que o seu Relatório seguira para a Metrópole e ainda se debatiam questões de dinheiro, enquanto as muralhas das fortificações ruíam, emperravam-se as peças, apodreciam as carretas e as munições estragavam-se às inclemências do tempo. Não obstante, querendo habilitar-se a bem cumprir as ordens de d. João V, desceu o conde de Sarzedas a Santos em dias do mês de agosto do mesmo ano de 1734 e aí restou até princípios de novembro, a fim de examinar detidamente as fortalezas que demandavam reconstrução ou reparos parciais mais ou menos importantes.

A da Estacada, na qual depositava ele tanta confiança, como já vimos, exigia, para ser continuada, uma despesa excedente de 80.000 cruzados - cerca de 1.300 contos da nossa atual moeda. Os seus alicerces, que começara João de Castro, eram de pedra de alvenaria mal argamassada e com pequena espessura para poderem resistir aos embates do mar, à ação do tempo e a qualquer combate sério com o inimigo.


Casa do Trem Real - Mandada construir em 1734 por d. João V,
sendo capitão-general de S. Paulo o conde de Sarzedas,
no mesmo terreno em que existiu o primeiro pelourinho ereto por Braz Cubas (estado em 1922)
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Pôs o governador incontinenti de lado a idéia de reconstruí-la, sem uma nova autorização formal do Governo, limitando-se a abrir concorrência, em Santos, S. Paulo e Rio, para as obras da Fortaleza de Santo Amaro e as da Casa do Trem. Como, porém, só tinha aparecido um concorrente, caso não aparecessem mais, achava preferível executá-las por administração [212].

A 2 de dezembro do mesmo ano, finalmente, mandou o rei, persuadido como estava de que as obras não deviam parar, que aos oito mil cruzados das duas dotações anteriores, a cargo da Alfândega do Rio, se acrescentassem mais quatro mil a ser arrecadados das rendas da Capitania de S. Paulo. Ficava assim consignada a verba total de doze mil cruzados anuais previstos pelo orçamento de que já falamos [213].

Quanto à Fortaleza do Castro, respondeu o rei à consulta do governador somente dois anos depois, a 9 de fevereiro de 1736, mandando que se não prosseguisse na obra encetada até que o brigadeiro José da Silva Paes fosse, de ordem sua, do Rio de Janeiro a Santos, para certificar-se de tudo quanto parecesse necessário e conveniente à segurança e defesa da importante Praça [214].

Em 1738, servia o cargo de governador de S. Paulo, interinamente, o capitão-general do Rio de Janeiro, Gomes Freire de Andrade, na vaga do conde de Sarzedas, que falecera a 29 de agosto do ano anterior, no Arraial de Traíras, em Goiás [215].

D. João V, continuando a mostrar-se interessado pela remodelação integral das fortificações da marinha, deu-lhe amplas instruções a esse respeito, por Carta de 27 de setembro de 1738, a propósito do relatório que lhe enviara o brigadeiro José da Silva Paes, depois de ter examinado as obras que se achavam feitas e observado o que era preciso fazer, tudo de acordo com as ordens que tinha recebido de El-Rei.

Após consultar o Conselho Ultramarino, resolveu o rei, entre outras menores providências, que se fizesse na Fortaleza de Santo Amaro um muro da parte de terra e que localizassem em sítio mais adequado o armazém de pólvora, que era uma casinha de telha vã. As vigas que cobriam a casa forte deviam ser bem reforçadas para que se não partissem com facilidade.

O Forte da Estacada, onde se achavam assentadas cinco peças de artilharia sobre seus alicerces mal seguros, devia ser abandonado, uma vez que o João de Castro, que o começou, não queria continuá-lo, e ser preciso gastar fortes somas com seu prosseguimento, despesa que a situação do Erário Real no momento não permitia.

A bateria antiga do Forte da Vila, situada junto ao Colégio da Companhia, devia ser conservada com suas oito peças, fazendo-se-lhe os consertos que se tornassem precisos ao seu funcionamento regular. O armazém destinado a recolher os armamentos da Praça estava quase acabado já e iam fazer-se as alpendradas do Trem contíguo a ele. Assim também a construção da Casa de Pólvora era uma coisa resolvida e só faltava escolher-se o local apropriado para levantá-la.

A bateria da Praia da Bertioga estava coberta de areia, sendo preciso manter naquela entrada alguma defesa, pois por ali passavam facilmente pequenas embarcações, convinha fazer-se na encosta do monte fronteiro um baluarte para oito peças, que se reputavam bastantes. E como os cinqüenta artilheiros existentes não chegavam para todas as fortalezas, quando estivessem em condições de funcionar, mandara d. João V que se aumentasse o número deles na proporção necessária; e que se fizessem todas as obras projetadas, e ora autorizadas, com o maior cuidado e prontidão [216].

No governo do capitão-general d. Luís de Mascarenhas, que durou de 12 de fevereiro de 1739, data de sua posse, até agosto de 1748, nada encontramos em relação a este assunto, além de uma cortina [217] que o mesmo mandou construir na Fortaleza de Santo Amaro pelo coronel Manuel Fernandes Vianna, que a contratara; obra essa que importou em 8.714$320 réis e que só foi paga vinte e tantos anos depois de acabada, aos herdeiros do contratante [218].

Anexada que foi a Capitania de S. Paulo, por Carta Régia de 9 de maio de 1748, à do Rio de Janeiro, nomeou-se para Santos um governador sujeito igualmente ao mesmo governo do Rio. Desse período também nada achamos nos arquivos relativamente às fortificações do litoral.

Mas, restaurada a Capitania por Carta Régia de 6 de janeiro de 1765 e restabelecido o seu governo autônomo, veio para ela como capitão-general, tomando posse em Santos, a 22 de julho de 1765, d. Luís António de Sousa Botelho Mourão, Morgado de Matheus [219], o qual começou desde logo a dar grande impulso à vitalidade econômica de S. Paulo, a empreender vastos projetos ao Sul e a fomentar a atividade das forças militares, aumentando-as, reorganizando-as e disciplinando-as, por serem elas, naqueles tempos, a base principal de todos os planos e esforços governamentais.

Um dos seus primeiros cuidados foi fortificar a praia do Góes, para impedir desembarques que se podiam operar facilmente nelas sem que da Fortaleza de Santo Amaro, que lhe ficava contígua, se pudesse ver o que na sua vizinhança ocorria. A gente, que desembarcasse nessa praia, galgaria sem esforço o morro e atacaria do alto com grande vantagem e superioridade a guarnição daquela fortaleza. Era a confirmação dos receios que quarenta anos antes o conde de Sarzedas tinha manifestado ao rei.

Em princípios de 1767, para a conclusão do novo forte, só faltava completar o parapeito e as guaritas; constando o conjunto da obra de uma cortina de pedra e cal, de dois ângulos abertos de 213 palmos de comprido e 20 de alto, a qual formava três faces, uma voltada para a praia e duas para o mar.

O forte seria armado com dezoito peças e o total das despesas estava calculado comodamente em três mil cruzados, ou 1.200$000 réis [220], mas em 16 de março do ano citado já montava em 1.339$740, segundo a conta apresentada ao general pelo escrivão da Provedoria, João de Oliveira Cardoso; e ainda não estava acabado [221].

Quanto à Fortaleza da Estacada, que, apesar da excelente posição em que a erigiram, achava-se em absoluto abandono por erro essencial na construção de suas muralhas, entendeu o novo capitão-general que convinha fazer-lhe uns consertos provisórios, até que se pudesse desfazê-la e totalmente reconstruí-la, por depender dela toda a defesa e segurança da Praça de Santos e Ilha de S. Vicente. E mandou reformar-lhe a estacaria e melhorar-lhe o parapeito.

Na mesma época, fez ele circular a bateria da Fortaleza da Bertioga com uma dupla ordem de estacadas em forma de uma tenalha simples [222] e terraplenar mais alto o parapeito para que a infantaria pudesse atirar a coberto da pontaria inimiga. Tudo isso era feito enquanto se não podia reconstruir a totalidade das fortificações, a começar pelos seus fundamentos [223].


Fortaleza da Barra Grande em 1770 
(original existente no Arquivo Militar do Rio de Janeiro)
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O escaler do porto

Para comunicação fácil e rápida entre as diversas fortalezas e o Governo da Praça, havia um escaler tripulado agilmente por seis remeiros carijós, com seus calções largos de pano encarnado, camisas de linho e barretes da mesma cor dos calções, em forma de turbantes e ornados de meias luas de veludo amarelo na frente. O toldo do escaler era de pano encarnado, com forro de estofo adamascado amarelo, e sanefas com franjas largas desta última cor. As cortinas, também encarnadas, com seus alamares e franjas amarelas, eram presas por cadarços de linho às argolas de bronze [224].

Em 1776, quando a armada espanhola de dom Pedro Ceballos já tinha partido para a América, Martim Lopes, que substituíra no governo a d. Luís António, mandou proceder aos reparos possíveis na Fortaleza de Santo Amaro, a qual, exatamente como as demais, estava na maior necessidade e decadência [225]; e o pior é que, mesmo pondo-se a artilharia delas em condições de funcionamento, nada adiantaria, por não haver um só soldado que a soubesse mover, carregar e apontar [226].

E dizer-se que se aguardava a cada momento o ataque de uma formidável esquadra castelhana! Mas é que os governantes, entibiados diante de tão angustiosa perspectiva, esperavam de Deus ou do acaso um remédio subitâneo que resolvesse milagrosamente a crise. Uma frase de Martim Lopes ao marquês de Lavradio, vice-rei do Brasil, em carta de 29 de janeiro de 1777, pinta bem ao vivo a tresloucada esperança em que se embalavam descuidosos os imprevidentes ministros da Metrópole e os incapazes governadores da Capitania.

"Eu ainda confio - escrevia ele - que as Cortes se ajustem e eles não venham e que V. Exª. da nossa tenha esta certeza, com as gostosas notícias que todos apetecemos e havemos mister" [227].

Aliás, o vice-rei do Brasil não concordava com o capitão-general de S. Paulo quanto às medidas tomadas por este relativamente às fortificações da barra de Santos. Parecia-lhe esforço, tempo e dinheiro pouco proveitosamente empregados. "A defesa do Porto de Santos - escrevia ele a 26 de novembro de 1775 - não deve, quanto a mim, ser uma defesa em que V. Exª. empenhe todas as forças da Capitania, nem ainda a maior parte delas. Deve, sim, defender-se para os entreter e lhes fazermos (aos castelhanos) algumas diminuições nas suas forças..."

E mais adiante: "... quando, depois de lhes resistir o mais exemplarmente que for possível, aquele Porto se não possa sustentar, que ganharão nisto aqueles homens? Nada, a não ser a perdição de seu tempo, porque se quiserem passar para S. Paulo, dez homens na Serra bastarão para embaraçar um exército muito poderoso" [228].

Para este fleumático marquês de Lavradio - venceríamos os espanhóis em terra com exércitos descalços, nus, famintos e desarmados; e lhes resistiríamos por mar com fortificações apodrecidas. Se fôssemos vencidos, aí estava para deter-lhes providencialmente os passos a formidável, a intransponível Cordilheira, a Serra do Mar... A Capital e o território aurífero do interior e do sertão não correriam perigo; quanto às povoações do litoral e seus habitantes, caídos em poder do inimigo, que se resignassem às vicissitudes da sorte...

Da administração de Francisco da Cunha Menezes (16 de março de 1782 a 4 de maio de 1786), até a de Bernardo José de Lorena (5 de junho de 1788 a 27 de junho de 1797), passando pela interinidade de Chichorro da Gama Lobo (5 de maio de 1786 a 4 de junho de 1788) nada encontramos de interessante em referência às fortificações do litoral santista.

Por um manifesto publicado em Madrid a 27 de fevereiro de 1801, a Espanha, obedecendo às sugestões da França, declarara guerra a Portugal; e o Brasil, principalmente as suas terras do Sul, precisavam de preparar-se novamente para novas lutas com os castelhanos do Rio da Prata, nossos contumazes antagonistas.

António Manuel de Mello Castro e Mendonça, que viera substituir Lorena, mandou levantar por profissional idôneo o mapa hidrográfico da baía e ancoradouro de Santos, para que aí pudessem fundear com segurança os navios da esquadra portuguesa da América, que cruzava os nossos mares, em permanente vigilância às nossas costas, sob o comando de Donald Campbell [229].

Para verificar de perto as possibilidades de nossa defesa, desceu ele a Santos, onde se demorou oito dias, visitando as fortalezas, barras e enseadas "daquele grande porto, capaz de toda a quantidade e lote de embarcações", mas que ainda se não achava em condições de resistir a qualquer ataque [230].


Local onde existiu o Forte de Nossa Senhora do Monte Serrate, ou Forte da Vila, e mais tarde Forte da Cidade, fundado por Braz Cubas. A gravura representa os fundos dos armazéns da Alfândega atual; e a casa com duas janelas para o Oriente e três para o Norte está ereta exatamente sobre os fundamentos de pedra em que funcionara a Delegacia de Polícia. A Alfândega, como se sabe, foi construída no lugar onde existiu outrora o Colégio dos Jesuítas; e o forte estava localizado à beira do canal, no pátio aberto, que havia entre o mesmo Colégio e os Quartéis Militares (onde hoje se erguem as casas que foram do dr. João Eboli). Aparecendo na gravura o dito forte por detrás da Alfândega, é de supor que este edifício não fosse erguido exatamente no mesmo local do referido Colégio, porém um pouco mais para a banda oriental
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Um forte imaginário

Em 1797, o tenente de milícias José António Vieira de Carvalho ofereceu-se ao governador para mandar construir por sua conta um forte com seis peças, sob a condição de lhe darem o respectivo comando com a patente de coronel de milícias agregado, sem soldo algum; e Mello e Castro mandou passar-lhe Portaria para servir interinamente - isto é, para comandar um forte que ainda não existia e que já se chamava - de S. João e seria localizado na ilha do Carvalho [231].

Não conseguimos saber ao certo onde era essa intitulada ilha do Carvalho, mas quer-nos parecer que era a própria ilha Barnabé. A família de Barnabé Vaz de Carvalhaes, cujo nome de batismo passou à dita ilha, era entrelaçada com José António Vieira de Carvalho, por laços de casamento. A ilha Barnabé, que lhe coube por herança, e na qual existiam ainda há uns trinta anos os muros esfacelados de um velho casarão colonial [232] - não seria, pois, a ilha do Carvalho, onde se pretendia erigir o novo Forte de S. João que, aliás, nunca sequer foi encetado?

Uma circunstância a mais favorece a nossa hipótese: é que, passados quatro anos, em 1801, o capitão-general transferiu Vieira de Carvalho, do comando do seu imaginário Forte de S. João, para o de S. Luís da Barra da Bertioga, para o qual também transferiu a soma destinada àquele forte [233].

E por quê assim procedeu? Por ter reconhecido que o Forte de S. Luís, levantado na ponta da Armação da Bertioga, era "mais necessário para defender o importante passo da entrada da dita Barra" [234], o que prova que a posição estratégica do projetado Forte de S. João seria em lugar pouco adequado aos fins que se tinha em vista; e, de fato, a ilha do Carvalho, supondo-se que fosse a que chamamos hoje Barnabé, estava muito distante, não somente da entrada de qualquer das barras, como da própria entrada do canal de Santos.

Como, porém, o forte, para o qual fora removido o seu comando, tinha comandante efetivo, ficou Vieira de Carvalho apenas no gozo de um posto meramente honorífico. Mais tarde, tendo ele oferecido pano para o fardamento de duzentos soldados da guarnição, seis peças novas de artilharia, grande quantidade de pedras e o serviço de oficiais carpinteiros e pedreiros para a reconstrução do Forte de Nossa Senhora do Monte Serrate (Forte da Vila), deu-lhe o Governo, em retribuição, o comando desse forte, encargo tão honorífico como o outro, pois o posto se achava efetivamente preenchido de acordo com os regulamentos militares em vigor.

Em 1810, porém, vagou o comando do Fortim do Itapema, por morte de João Teixeira de Carvalho, que o herdara de seu pai, o sargento-mor Torquato Teixeira de Carvalho, com direito de transmiti-lo ao primeiro filho que tivesse, o que não aconteceu por ter ele morrido celibatário. Requereu Vieira de Carvalho o comando em vagatura, e nele foi provido, exercendo-o até morrer [235].

Ainda no referido ano de 1797, proveu Mello e Castro ao sargento-mor Caetano José da Silva no comando do Forte do Castro ou da Estacada, com a patente de tenente-coronel das Ordenanças da Vila [236], e propôs ao rei, em data de 17 de dezembro de 1801, a confirmação de todas as nomeações provisórias que tinha feito por simples Portaria [237].

A paliçada desse forte achava-se então completamente podre e o quartel muito arruinado. Das onze peças que possuía, todas desmontadas, algumas já para nada serviam [238]

E assim se abandonava uma fortificação que era tida como da maior importância, já porque os fogos de suas baterias cruzavam-se com os da fronteira Fortaleza de Santo Amaro, já porque de lá se descortinava toda a barra e o mar grosso, podendo ela, portando, dar aviso prévio a todas as outras para que se prestassem em caso de perigo [239].

A de Santo Amaro ou Barra Grande, apesar das seculares reparações por que vinha cronicamente passando, tornava-se de ano para ano mais imprestável aos seus fins. Comandada em 1801 pelo sargento-mor das Ordenanças da Praça, Ricardo Carneiro dos Santos, com o posto de tenente-coronel, agregado ao 2º Regimento de Artilharia Miliciana de Paranaguá [240], tinha o seu arruinado quartel as portas apodrecidas e despedaçadas; a casa da pólvora, mandada construir no tempo de d. João V, ainda por acabar; as peças, montadas em carretas podres ou atiradas ao chão, muito mal tratadas e quase todas impossibilitadas de fazer fogo [241].

O Forte da Praia do Góes, mandado levantar por d. Luís António de Sousa, contava oito peças, das quais apenas quatro estavam montadas; algumas delas já não mais podiam ser utilizadas em combate sério. O Forte de Vera Cruz, que o sargento-mor Torquato Teixeira de Carvalho reedificara totalmente, provendo-o de tudo quanto foi julgado necessário, dispunha de seis excelentes peças, todavia desmontadas; e o seu quartel era um montão de destroços inaproveitáveis. 

Das sete peças que defendiam a velha Fortaleza da Bertioga, todas desmontadas também, só duas se achavam em condições de dar fogo; e o seu quartel em ruínas caía aos pedaços. O Forte de S. Luís, que lhe ficava defronte, não tinha uma só peça e o seu quartel estava apenas principiado [242] - isso quase quarenta anos depois que d. Luís António encetara a sua reedificação! Felizmente, a paz de Badajoz celebrada entre Portugal e a Espanha, a 6 de junho de 1801, e conhecida no Brasil a 17 de dezembro do mesmo ano, pusera termo às hostilidades, ficando em poder dos portugueses os territórios que nessa campanha tinham eles conquistado às forças espanholas.


Forte de S. Luís da Bertioga, na Ponta da Armação, 
ao Norte da Ilha de Santo Amaro (século dezoito)
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NOTAS:

[185] Obr. cit. V. 1º pág. 153, 1ª col.

[186] Doc. int. V. 24, pág. 131.

[187] Idem, ibidem.

[188] AZEVEDO MARQUES (obr. cit. 1º Vol. pág. 153, 2ª col.) diz que "nos anos de 1550 e seguintes houve uma Fortaleza de S. Felippe na Barra da Bertioga, do lado da Armação" e à página 154 registra a existência do "Forte de S. Luís, primitivamente chamado de S. Felippe", na 'ilha fronteira ao Forte da Bertioga", coevo da reconstrução deste e mandado construir a 3 de julho de 1765, por D. Luís António de Sousa. É confusão do estimável cronologista. D. Luís não foi quem construiu esse forte, em 1765, pois esse governador nada mais fez que reconstruí-lo, visto que a sua existência datava de 1550, segundo nota o próprio AZEVEDO MARQUES quando fala do de S. Felippe; e dele já nos dá notícia HANS STADEN, que o comandou em 1551 (Viagens, ed. comemorativa, cap. 16, página 40). O Forte de S. Felippe, construído em 1550, passou a chamar-se de S. Luís em 1765 (ALF. MOREIRA PINTO, Dicc. Geog. do Brasil, V. 1º, pág. 257, col. 2ª). O novo nome lhe foi dado provavelmente em homenagem ao capitão-general que o mandou reedificar.

[189]AZEVEDO MARQUES, Obr. cit. pág. 152, 2ª col. do vol. 2º.

[190] Doc. interessantes, V. 24, pág. 131.

[191] Idem, ibidem. Esta Fortaleza é conhecida na história militar da Capitania sob os seguintes nomes: Fortaleza da Estacada, Fortaleza da Trincheira, Forte do Castro e Forte Augusto.

[192] Idem V. 32, páginas 5 e 6. Na Carta em questão lê-se Manuel de Castro, mas em documentos posteriores o nome do construtor do forte é João de Castro, e AZEVEDO MARQUES (Obr. cit. V. 1º pág. 154, 1ª col.) acrescenta-lhe um terceiro nome - Oliveira.

[193] Obr. cit. 1º vol. pág. 154, 1ª col.

[194] Doc. int.. V. 24, página 131.

[195] "Elle (o Hospital Militar de Santos, que era em 1811 localizado no antigo Colégio dos Jesuítas, onde hoje é a Alfândega) tem duas entradas: uma, que é a principal, fica no pátio da Matriz, olhando para o Sul e outra para o pátio do Quartel, da parte de Leste. Naquele lado do pátio, todo aberto da parte do Rio, há um pequeno forte, onde está a guarda principal desta Praça". (Informação prestada a 16 de abril de 1811, ao conde de Linhares, pelo físico-mor das Tropas da Capitania, João Álvares Trigoso, sobre Hospitais Militares. Nos Doc. interessantes, Vol. 33, pág. 319.

[196] Doc. interessantes, Vol. 38, pág. 94.

[197] Idem, Vol. 26, página 62.

[198] Doc. interessantes, Vol. 32, pág. 5.

[199] Doc. ints., Vol. 16, páginas 81 e 82.

[200] Idem, ibidem.

[201] Idem, Vol. 32, página 39

[202] Idem, Vol 20, página 47.

[203] Doc. ints., V. 32, pág. 115.

[204] Doc. ints., pág. 107.

[205] Idem, Vol. 26, páginas 248 a 250.

[206] Idem, Vol. 24, páginas 258 a 259.

[207] Obr. cit. Vol. 2º página 184, 1ª col.

[208] Doc. interessantes, Vol. 24, página 260.

[209] Doc. interessantes, V. 40, páginas 5 a 10.

[210] Doc. int. Vol. 24, página 123.

[211] Doc. ints. Vol. 40, página 113 e V. 41, págs. 141 a 144.

[212] Carta de 15 de dezembro de 1734 (Doc. int. V. 40, pág. 159).

[213] Doc. interessantes, V. 24, pág. 170.

[214] Idem, ibidem, pág. 214.

[215] AZEVEDO MARQUES, Op. cit. V. 1º pág. 1659, 1ª col.

[216] Doc. ints. V. 24, págs. 259 a 262.

[217] Lanço da muralha entre os flancos de dois baluartes (Fr. DOMINGOS VIEIRA, Diccionário, V. 2C p. 570, col. 2ª).

[218] Documentos interessantes, V. 23, página 110.

[219] Serviu no seu posto até 13 de junho de 1775.

[220] Doc. int. V. 23, página 107.

[221] Idem, ibidem, página 108.

[222] "Termo de fortificação. Tenalha simples: obra que tem na frente dois ângulos salientes e um reentrante. Compõe-se de duas faces" (FR. DOMINGOS VIEIRA - Diccionário da língua portuguesa, Vol. 5º, página 697, 2ª col.).

[223] Doc. interessantes, Vol. 23, páginas 111 e 154.

[224] Idem, Vol. 33, páginas 6 e 7.

[225] Idem, Vol. 38, página 237.

[226] Idem, Vol. 42, página 47.

[227] Doc. ints. Vol. 42, página 198.

[228] Idem, Vol. 17, páginas 15 e 16.

[229] Doc. interessantes, Vol. 39, página 116.

[230] Idem, Vol. 29, página 15.

[231] Idem, Vol. 29, páginas 31 e 34.

[232] Em 1873 era ainda proprietária da ilha, dona Anna Zeferina Vaz de Carvalhaes. (Almanaque da Província de S. Paulo, do ano de 1873, página 269).

[233] Doc. ints. Vol. 29, págs. 31 e 34.

[234] Idem, Vol. 30, página 129.

[235] Manuscriptos originaes existentes no Archivo do Estado (Maço - Commandantes de Fortalezas).

[236] Documentos interessantes, Volume 29, página 31.

[237] Idem, Volume 30, página 130.

[238] Idem, Volume 44, página 305.

[239] Doc. ints. Vol. 44, pág. 305.

[240] Idem, Volume 30, página 130.

[241] Idem, Vol. 44, página 303.

[242] Idem, ibidem, páginas 305 e 306.


A Fortaleza da Barra Grande em 1880
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