Uma homenagem ao soldado brasileiro, aquartelado na Fortaleza de Itaipu
Imagem: reprodução de uma tela do artista plástico Gilberto Winter, publicada com a
matéria
PESQUISA
História da Fortaleza de Itaipu
O Exército vem sendo, desde os tempos mais longínquos da História Pátria, um
instrumento de expansão e integração. Nas narrativas sobre a história da Fortaleza de Itaipu, que ora publicamos - pesquisadas em dados fornecidos
pelo Aviso Régio (21/10/1817); registro paroquial de São Vicente (1/1/1956); Fortaleza de Itaipu (Costa e Silva Sobrinho); Jornal A
Tribuna; História de Santos, de Francisco Martins dos Santos; Livro Histórico da Fortaleza de Itaipu, avisos, boletins alusivos,
depoimentos de dona Maria Francisca dos Santos (Maria do Forte) e arquivo da Biblioteca Jarbas Passarinho (Associação Centro de Estudos
Amazônicos de Praia Grande) - são registrados vários acontecimentos que serviram para enriquecer a história do Município.
Geralmente, as cidades brasileiras crescem à sombra de uma igreja ou de um
monumento. Praia Grande cresceu sob a proteção de uma fortaleza.
01 - OS ÍNDIOS DERAM O NOME ITAIPU
Vinha do mar um vento forte. As ondas perseguiam-se e cresciam até se chocarem nas
extensas rochas, onde violentamente se erguiam, transformadas em espumas.
Outras vezes, elas se quebravam entre os penhascos, produzindo inumeráveis
arrebentações. A isso nossos índios chamavam Itaipu.
Antenor Nascente, no Dicionário de Nomes Próprios, volume II, página 153, assim
registrou o termo: Itaipu - ponta e povoação do Estado do Rio. Também escrito Itapuya (Pizarro) e Itaipu.
T. Sampaio, 231, tirou do tupi ia, e uipo, fonte das pedras, manancial
saído das pedras ou do rochedo.
Macedo Soares, EL 171, deriva ita, pedra, u, água e pug, roncar,
dizendo que em Ponta Negra os pescadores prevêem temporal do mar quando Itaipu está roncando.
Itapuig seria "Rio da Água Roncadora da Pedra".
Taipu
(ou taiug) espremia água que se ejacula, onda rebentada entra pelas fendas do rochedo e sai em cima espanando; circunstância que não passaria
despercebida aos índios, tão fáceis de se impressionar com os fenômenos da natureza e trazidos em termos expressivos.
Seu nome contemporâneo do primeiro sino, que ali houve, pode ser itai, pilar,
esteio de sino, torre, campanário, que soa (Martins, 504, tirou de ita, pedra, tuapu, que soa, pedra metal sonante, sino).
O festejado memorialista Daniel Bicudo fez-nos, ao ler este verbete, uma observação
muito acertada, dizendo: "O autor não menciona a palavra na toponímia paulista, aplicado à "Fortaleza de Praia Grande".
Adiantaremos enfim que a palavra Itaipu já existia em São Vicente no século
XVII, no sentido indicado por Macedo Soares. Os topônimos de origem tupi, existentes em Santos, Guarujá, Bertioga, São Vicente e Itanhaém são todos
de boa formação e muito expressivos, nenhum dicionário poderá menosprezá-los.
O Sítio Itaipu, do então capitão Mor Aguiar.
Nesta foto, o início de algumas das obras da Fortaleza
Foto publicada com a matéria
02 - SÍTIO DE ITAIPU
A Fortaleza de Itaipu, cujo nome provém do antigo sítio onde foi edificada, tem por
isso uma história curiosa.
Um dos proprietários mais importantes desse imóvel rural foi sem dúvida o capitão-mor
José Gonçalves de Aguiar. Tem ele em São Vicente uma rua com a denominação Rua Capitão Mor Aguiar.
No começo do século XIX, ele já possuía o mencionado sítio. Vem este descrito no Aviso
Régio de 21 de outubro de 1817, que trata das propriedades rústicas de São Vicente. Ei-lo em seu precioso teor:
"Na mesma Vila de São Vicente, possui por herança, o
capitão-mor José Gonçalves de Aguiar, um sítio de nome Itaipu, com 100 braças de testadas e de fundo trezentas, que partem pela parte Sul com dona
Felícia Alves, e da parte do Leste confia com mar grosso, como consta do título, e cultivado pelo senhorio com doze escravos e uma agregada de nome
Gertrudes Barbosa."
Dia da inauguração da estrada variante de acesso ao forte (hoje Av. Marechal Mallet),
em 27 de abril de 1924. Da esquerda para a direita vemos sentados (5º) o comandante tenente-coronel Aurélio Amorim, e à sua esquerda o presidente do
Estado, dr. Washington Luiz e diversas autoridades que estiveram presentes à solenidade
Foto publicada com a matéria
03 - O PROGRESSO AGRÍCOLA DO SÍTIO
Havia, no sítio, uma ampla casa de morada, ao lado de grandes árvores. Pouco além,
estava a casa do engenho movido pela força de bois. Construídos de madeira de lei, os seus cilindros espremiam também a cana dos sitiantes vizinhos.
As senzalas ficavam pouco distantes das vivendas do senhor, mas ele exercitava aí todas as obras de caridade.
Fazia o capitão-mor por ano cerca de mil medidas de aguardente. Colhia em média
duzentos alqueires de farinha, sessenta de arroz, vinte de milho e doze de feijão. Um carro com as suas grades inteiriças, puxado por quatro bois,
conduzia rechinante a cana para o engenho.
04 - OS HERDEIROS DO SÍTIO
No inventário do capitão-mor Aguiar a maior parte do sítio Itaipu tocou aos herdeiros
João de Azevedo Cunha e João Pereira Machado.
Do mesmo sítio Itaipu recebeu também o herdeiro José Manoel Gonçalves Ribas uma sorte
de terras que ele próprio assim descreveu, ao registrá-las:
"Declaração que fez José Manoel Gonçalves Ribas das
terras pertencentes ao termo desta vila. O abaixo-assinado declara que possui no sítio de Itaipu um quinhão de terras que lhe coube por herança
que teve da falecida sua mãe dona Vitoriana Gonçalves Ribas, e tem as ditas terras o nome de Suá, a qual parte do lado Norte com as terras do mesmo
Itaipu da pedra que chamam dos Negos, que fica em meia praia entre o mar e o juju, e do direito até quebrada que fica à esquerda do morro mais alto,
e das águas vertentes para o Leste, direito à Ponta Rasa do lugar denominado Mosteiro, cuja ponta fica inundada com a maré cheia, e para o Sul
finaliza no mar. São Vicente, 29 de outubro de 1855, José Manoel Gonçalves Ribas."
Ponta de Jurubatuba, destinada à 1ª Bateria, inaugurada em 1903
Foto publicada com a matéria
05 - PRAINHA E ITAQUITANDUBA
Como que inteirando a ponta ou cabo de Itaipu, vamos encontrar ainda mais três sítios,
que lhe ficam à esquerda e nos fundos. São eles Prainha e os outros dois com o mesmo nome de Itaquitanduba.
O sítio Prainha foi registrado em 6 de janeiro de 1856 em nome de Antonio José da
Silva Bastos. Suas confrontações são bastante conhecidas.
Dividindo com este imóvel e com o Itaipu temos agora o sítio Itaquitanduba, que tem
por divisa o cume do monte, e fronteia o mar grosso, descendo pelo morro abaixo parte pelo lado direito com a Prainha, terras de Antônio José da
Silva Bastos, e pelo esquerdo com Itaquitanduba, terras pertencentes a dona Maria Benedita Viana.
O sítio Prainha fora desapropriado pela Fazenda Nacional por 15.000$000 (quinze contos
de réis), conforme transcrição feita em 27 de fevereiro de 1912, no registro de imóveis da Primeira Circunscrição da Comarca. Foi esta a primeira
aquisição feita pelo Governo Federal para a Fortaleza de Itaipu.
Ficaram bem caracterizados os sítios que formam a área ocupada hoje em dia pela
Fortaleza de Itaipu. A modelar unidade de guerra merece a nossa modesta contribuição para a sua história.
06 - SÍTIO SUÁ
Esse imóvel, como acabamos de ver, fazia parte do antigo sítio Itaipu, e recebeu o
nome de Suá. Tratava-se de uma palavra da língua tupi, e é provavelmente a abreviatura de Suaçua.
Laudelino Freire, no seu Grande Novíssimo Dicionário da Língua Portuguesa,
consigna este vocábulo no sentido de "Planta da família das palmáceas, também chamado coco de veado". A grafia correta do topônimo Suá
deve ser Çuá. Gonçalves Dias, que publicou um apreciável Dicionário da Língua Tupi, registra o termo Çuaçu significando
veado. Isso demonstra que a certificação mais rigorosa a verdadeira grafia de Çuá.
Vimos como se formou a área ocupada pela Fortaleza de Itaipu. Constituíram-se,
reunidos num só todo, nada menos de quatro sítios.
Há maiores dados, porém os citados já são suficientes para este histórico; se fossemos
mencionar todas as referências das antigas terras, este capítulo ficaria demasiado longo.
07 - AS PREOCUPAÇÕES DE BERNARDINO DE CAMPOS
A defesa da baía de Santos foi durante vários anos uma das preocupações de Bernardino
de Campos, quando governador do Estado e o doutor Campos Sales na presidência da República, cabendo a ambos, mas principalmente ao último, a
iniciativa dessa obra magnífica que é a Fortaleza de Itaipu.
Com efeito, na segunda metade do governo de Campos Sales, que durou de 1898 a 1902,
foi entregue ao marechal João Nepomuceno de Medeiros Mallet, ministro da Guerra, o estudo e aviamento do caso.
08 - E ASSIM TUDO COMEÇOU...
Dizia o almanaque do Diário de Santos, de dezembro de 1902, o seguinte a seu
respeito:
"De acordo com os planos do Governo Federal para
fortificar o nosso porto, mandando construir vários fortes em pontos estratégicos, existe aqui uma Comissão Militar que prossegue nos trabalhos,
para os quais também o Governo do Estado concorre neste exercício com 200 contos de réis. A comissão iniciou seus trabalhos pela construção do Forte
de Itaipu (na ponta de igual nome a Sudeste da barra)".
No fim do ano de 1902, já se achavam prontos um porto de desembarque no lugar
denominado Saco Escuro, e uma estrada de três quilômetros de extensão, até a Serra de Itaipu.
09 - DADOS HISTÓRICOS
Nossa história é narrada a partir do então terceiro Batalhão de Artilharia de Posição,
com sede na cidade do Rio Grande, sendo posteriormente transferido para o Mato Grosso, passando então por várias denominações e transformações, tais
como a formação do 2º Batalhão de Artilharia de Posição, que por sua vez desmembrou-se formando os 7º, 8º e 9º Batalhões de Artilharia de Posição,
com sedes respectivamente em Santos, Florianópolis e Rio Grande. Posteriormente, o 1º Batalhão de Artilharia de Posição passou a denominar-se 3º
Batalhão de Artilharia de Posição, com sede em Ipanema.
Em 16 de janeiro de 1902, com Aviso nº 5, foi determinado o início da construção da
Fortaleza de Itaipu, em Praia Grande.
A 1ª Bateria, inaugurada no ano de 1903, compunha-se de canhões Schneider Canet, e de
obuseiros 28". Realizou-se na segunda quinzena de junho, sem festa, mas estiveram presentes cerca de vinte convidados.
No fim deste mesmo ano ainda foram inauguradas mais duas baterias.
A Comissão ficou assim constituída: engenheiro chefe, major Augusto Ximeno de Villeroy.
Engenheiros auxiliares: 2º tenente Alexandre Galvão Bueno, Feliciano Paes Ribeiro, José Ribeiro Gomes e alferes-aluno Luiz Sá de Affonseca.
O contingente do 24º Batalhão de Infantaria, que se achava à disposição da Comissão,
tinha um efetivo de 140 homens, estando acampado em Praia Grande, sob o comando do capitão Tude Bastos Neiva de Lima, e um tenente, dois alferes,
cinco cabos de esquadra, dezessete peças, dois corneteiros e 107 soldados.
10 - O DESENVOLVIMENTO DAS OBRAS
Além das baterias, muitas outras obras ainda foram levadas a efeito, como a bateria
Gomes Carneiro, tendo um paiol abobadado, situado no ponto de reversão da estrada da Fortaleza.
Destinado à moradia do comandante, foi também construído no porto da Prainha um prédio
de 10 metros de frente por 20 de fundo, de pedra e cimento.
Os canhões Schneider Canet eram de tiro rápido de 150 mm; foram recebidos da França,
tendo sido instalados sob a responsabilidade do capitão Mário Silveira Neto.
No morro denominado Xixová-Guaçu estava otimamente colocado um posto de observação,
por vigilância da barra e defesa do acesso à Fortaleza, pois descortinava-se dali uma parte da Praia Grande, São Vicente e toda a baía de Santos.
Estas foram as construções existentes até 8 de maio de 1910, sendo que novas e
importantes obras vieram depois.
11 - OCUPAÇÃO NO FORTE DUQUE
O primeiro grupo do quinto Distrito de Artilharia de Costa era extinto em 12 de julho
de 1919. Criava-se em seguida o terceiro Grupo de Artilharia de Costa, entregue ao comando do capitão Alberto Eduardo Becker.
A 5 de outubro de 1919 foi entregue, pelo chefe da Comissão de Defesa de Santos, o
prédio da Ponta de Jurubatuba, destinado à 1ª Bateria, que ocupou-o a 18 de outubro de 1919. O comando do Grupo, que até então permanecera na Ponta
da Praia, em Santos, transferiu-se também, a 18 de outubro, para a Fortaleza de Itaipu.
Em 12 de junho de 1920, o comando do Grupo recebeu do chefe da Comissão de Defesa de
Santos o forte construído na ponta de Jurubatuba, armado com dois Schneider, e dois dias depois foram feitos os tiros de prova com três disparos
para comprovarem a sua perfeição.
Resultado do ataque à Fortaleza, por ocasião da Revolução Paulista de 1932
Foto publicada com a matéria
12 - ATAQUE À FORTALEZA
Este Forte muitos serviços prestou ao governo revolucionário de São Paulo, por ocasião
da Revolução Paulista de 32, guardando a barra santista vigilantemente, a ponto de atingir um dos vasos de guerra federais que se aproximava
demasiadamente da Ponta Grossa.
Em conseqüência desse fato, e como em retribuição, sofreu ele - segundo Francisco
Martins dos Santos em seu livro História de Santos -, exatamente às 14,30 horas do dia 15 de setembro, um forte bombardeio aéreo, levado a
efeito por cinco possantes hidroaviões da Marinha, do tipo Savoia-Marchetti, que evoluíram sobre a cidade, dirigindo-se para o Forte de Itaipu,
despejando sobre ele cerca de 20 bombas, quase todas nas rochas e dentro d'água, destruindo apesar disso a rede elétrica da Fortaleza, que desta
forma ficou sem ação, embora não fosse isso do conhecimento da população e muito menos talvez do adversário - que, consumado o ataque, desapareceu
para o Leste, rumo à Base de São Sebastião.
Conforme o depoimento de dona Maria Francisca dos Santos (Maria do Forte), o
bombardeio ocorrido na revolução legalista fora de seis hidroaviões da Marinha de Guerra, que lançaram 48 bombas, destruindo parcialmente as
dependências tomadas pela 1ª Bateria.
Relatando ainda o fato, lembra que o ataque à Fortaleza fora planejado pelo major
Correbe, que servia na época nesta Unidade. O major Correbe, no entanto, havia alegado ao seu comandante que teria de ir até o Rio de Janeiro para
tratar de assuntos particulares, porém traiu seus companheiros, que quatro dias depois foram bombardeados.
Dias antes do ataque, havia o major sobrevoado a área do quartel e despejado um pacote
à sua esposa, que continha um aviso com os seguintes dizeres: "Afaste-se da Fortaleza de Itaipu que virei bombardeá-la
às 11,30 horas do dia 5 de setembro". Com o destróier Rio Grande do Sul, veio até São Sebastião, e com uma
lancha foi buscar sua esposa, filho e a empregada Olga Narci de Souza, irmã de dona Maria do Forte.
Por ocasião da mesma revolução, os canhões de grosso calibre deste Forte foram
desmontados e levados para as linhas de combate do Exército Paulista em operações, prestando aí, em mais de uma frente, relevantes serviços, tendo
sido postos em seu lugar, na Fortaleza, falsos canhões de madeira do mesmo tamanho, visando iludir os federais. Comandava nessa ocasião o Forte de
Itaipu o capitão André de Souza Braga.
13 - DE 3º GAC A 6º GMAC
Em obediência ao artigo 24.287, de 24 de maio de 1934, o 3º GAC tomou a designação de
5º Grupo de Artilharia de Costa e Fortaleza de Itaipu. O 6º GMAC foi criado pelo decreto-lei nº 4.715 de 18 de setembro de 1942, publicado no
Diário Oficial de 21 de setembro do mesmo ano, com a denominação de 6º Grupo Móvel de Artilharia de Costa para a instalação, a partir de 1º de
outubro de 1942, com sede na 2ª Região Militar.
Por decreto de 25 de setembro de 1942, publicado no Diário Oficial de 21 de
setembro (SIC), foi nomeado seu primeiro comandante o ten. cel. Antônio Diniz, assumindo o
comando a 26 de novembro de 1942.
Na mesma época, era designado para subcomandante do 6º GMAC o capitão Arthur da Cunha
Menezes.
Em Aviso nº 2.602, de 25 de setembro de 1942, publicado no Boletim do Exército
nº 40, de 3 de outubro de 1942, o Ministro da Guerra concedeu ao 6º GMAC a importância de Cr$ 100.000,00 para custear despesas de sua instalação.
Esta unidade, quando de sua criação, ficou instalada inicialmente no antigo Derbei
Clube, na cantiga Capital da República, hoje Estado do Rio, onde acantonou.
Em 6 de setembro de 1942, deslocou-se do Derbei Clube por determinação do
excelentíssimo senhor diretor da Artilharia de Costa, para a cidade de São Paulo, acantonando no "Estabelecimento de Subsistência Militar", na Lapa.
A 14 de janeiro de 1943, às 19,30 horas, deslocava-se de São Paulo por via férrea, da
Estação Domingos de Morais com destino a Santos, onde chegou à 0,30 hora do dia seguinte, instalando-se à Rua Luiz de Camões nº 128/130,
deslocamento esse feito por ordens do excelentíssimo senhor comandante da 2ª Região Militar.
Em 12 de julho de 1944 era solenemente festejado o 25º aniversário dessa Fortaleza,
constituindo parte das festividades a inauguração da placa com o nome da Avenida General Ximeno de Villeroy. Foi uma justa homenagem que deliberaram
prestar nesse dia àquele renomado general engenheiro militar, construtor da Fortaleza de Itaipu. No ato foi proferida uma oração pelo
tenente-coronel Paulo Rosa Pinto Pessoa, que era o comandante da época.
Forte Duque de Caxias, no Pontal do Itaipu (2ª Bateria)
Foto publicada com a matéria
14 - VILLEROY E A FORTALEZA DE ITAIPU
Muitos militares, ilustres, têm passado pela Fortaleza de Itaipu. Entre os que
comandavam encontraremos vultos de renome da milícia nacional. Se fossemos mencioná-los, este capítulo ficaria descompassadamente longo.
Limitar-nos-emos, por isso, a traçar algumas linhas a respeito do construtor da
monumental fortificação. Chamava-se ele, como sabemos, Augusto Ximeno Villeroy. Nasceu no Rio Grande do Sul. Era hábil engenheiro e, ao mesmo tempo,
o artilheiro conhecedor das grandes e modernas obras de fortificações.
Villeroy foi o primeiro governador do Estado do Amazonas, quando da proclamação da
República: foi quem iniciou os estudos e a instalação das linhas telegráficas estratégicas, mais tarde transformada em Comissão Rondon.
Quando do combate da Armação, pela primeira vez na história da Artilharia, foi
empregado pelo general Villeroy o teodolito, para uso da pontaria nos tiros indiretos, até então desconhecidos. Este fato, de tal importância, nas
artes militares, provocou a vinda ao nosso país de uma missão especial da Alemanha, para estudar os processos de emprego desse instrumento, com esse
fim, pelo general, surgindo então a luneta de peça e de bateria, os atuais goniômetros, os quais foram usados, em primeiro lugar, pelo Brasil e
Alemanha.
A apaixonada questão dos limites entre São Paulo e Minas foi resolvida a contento pelo
laudo que proferiu o general Villeroy, que se tornou, mais uma vez, conhecido em nossos dias.
Há outros notáveis episódios, dignos de serem narrados, mas que neste trabalho não são
de suma importância.
15 - COMANDOS DO 5º GACos
Ligados à notável fortificação ficaram ainda os nomes do seu primeiro comandante, o
tenente-coronel José Pacheco de Assis, que comandou de 1919 a 1920, isto é, permaneceu durante 10 meses e 11 dias. Deixou-o por moléstia.
Seguiram-se ainda os comandantes: ten. cel. Aurélio Amorim (1921-1922); ten. cel. José
da Costa Barbosa (1922-1923); ten. cel. Daniel Neto Simões da Costa (1923-1924); ten. cel. Alberto Becker (7 de novembro de 1924 a 14 de fevereiro
de 1929); ten. cel. Mário Velasco (5 de abril de 1929 a 15 de setembro de 1931); ten. cel. Mário Velasco (15 de setembro de 1931 a 5 de abril de
1932); ten. cel. Otto Gutierrez Simas (23 de abril de 1932 a 21 de julho de 1932); ten. cel. Eugênio Pereira de Almeida (25 de novembro de
1932 a 25 de maio de 1933); ten. cel. Fernando Lopes da Costa (13 de fevereiro de 1936 a 21 de junho de 1936); ten. cel. Ibanez Cardoso (19 de abril
de 1938 a 15 de setembro de 1938); ten. cel. Felix Azambuja Brilhante (4 de novembro de 1938 a 15 de maio de 1939); ten. cel. Osvaldo Nunes dos
Santos (23 de outubro de 1939 a 21 de novembro de 1940); ten. cel. Leonidas Rocha (26 de junho de 1941 a 14 de fevereiro de 1942); ten. cel.
Alexandrino Pereira da Motta (31 de maio de 1942 a 12 de maio de 1943); ten. cel. Paulo Rosas Pinto Pessoa (23 de junho de 1943 a 12 de maio de
1949); ten. cel. Moacir Francisco de Melo (30 de abril de 1949 a 21 de novembro de 1952); ten. cel. Benedito Siqueira (17 de março de 1952 a 8 de
março de 1957); ten. cel. Adston Pompeu Piza (9 de março de 1957 a 31 de março de 1960).
Praça Duque de Caxias. Canhão Schneider (francês- 1902)
doado pela Fortaleza à Prefeitura de Praia Grande
Foto publicada com a matéria
16 - O 6º GACosM
Esta Unidade, a partir de 28 de junho de 1946, de acordo com ofício reservado nº 34,
de 22 de junho de 1946, do comando do 1º Grupamento de Artilharia de Costa, passou a denominar-se 6º Grupo de Artilharia de Costa Motorizado.
O 5º GACos, que até então ocupara as fortificações da Fortaleza de Itaipu, teve suas
atividades encerradas em 31 de março de 1960.
A 1º de abril de 1960, por determinação do excelentíssimo senhor general comandante do
Comando de Artilharia de Costa e Anti-Aérea/2, publicado em Boletim Reservado nº 01 de 4 de fevereiro de 1960, o 6º Grupo de Artilharia de Costa
Motorizado passou a ocupar as instalações da Fortaleza de Itaipu, onde fixou seu aquartelamento, tendo em vista o encerramento das atividades do 5º
GACos.
O 6º GACosM teve os seguintes comandantes: ten. cel. Antônio Diniz (26 de novembro de
1942); major Djalma Pio dos Santos (interinamente - 16 de junho de 1943); ten. cel. Mário Mendes de Moraes (18 de novembro de 1943); major
Moacyr de Faria (interinamente - 25 de janeiro de 1945); ten. cel. Milton de Souza Daemon (4 de abril de 1945); ten. cel. Carolos Syan Dantas (10 de
fevereiro de 1947); major César Rômulo da Silveira Júnior (interinamente - 18 de dezembro de 1947); ten. cel. Raimundo dos Santos Frota (11 de
fevereiro de 1948); ten. cel. Waldyr Manoel de Albuquerque (1º de agosto de 1949); ten. cel. Augusto Octávio Confúcio (28 de maio de 1951); ten.
cel. Osman Ribeiro de Moura (27 de abril de 1945); ten. cel. Paulo Carneiro Thomaz Alves (30 de junho de 1961); ten. cel. Wilson de Oliveira
Monnerat (14 de dezembro de 1961); ten. cel. Rubens Fleury Varela (2 de junho de 1964); ten. cel. José do Amaral Garboggini (22 de junho de 1966);
ten. cel. Antônio Erasmo Dias (23 de julho de 1968); ten. cel. Osvaldo Muniz Oliva (29 de julho de 1970); ten. cel. Egon de Oliveira Bastos (6 de
abril de 1973); cel. Estélio Telles Pinto Dantas (5 de agosto de 1974); cel. Dickens Ferraz (janeiro de 1979); coronel Amaury Pockrandt (atual).
(N.E. em 1980).
Instantâneo de tiro do canhão Vickers Armstrong 152,4 mm, na Fortaleza
Foto publicada com a matéria
17 - MISSÕES DA UNIDADE
a) Mediante operações combinadas com a Marinha e a Aeronáutica, realizar a todo custo
a defesa do porto de Santos, se possível assegurando o tráfego marítimo de acesso àquele porto.
b) Instruir e construir moralmente os militares que se encontram prestando serviços
nesta Unidade, adestrando-os para o cumprimento de missões de combate convencional e anti-guerrilha.
c) Manter a "mobilidade" da Unidade, a qualquer preço, tendo especial atenção para os
aspectos de potência de fogo e comunicações.
d) Está em condições de cumprir missões externas, antevendo as seguintes hipóteses:
como tropa de choque e como artilharia de campanha.
e) Planejar e estar em condições de executar a defesa do Forte de Itaipu.
f) Manter-se em condições de atuar como tropa de "segurança", sendo que atualmente o
grupo tem sob sua responsabilidade 16 municípios, a saber: Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém, Peruíbe, Itariri, Pedro de Toledo, Miracatu, Iguape,
Pariquera-açu, Registro, Juquiá, Sete Barras, Eldorado, Jacupiranga, Cananéia e Barra do Turvo, localizados em sua maioria no Vale do Ribeira, com
cerca de 250 mil habitantes.
Ainda sob a responsabilidade do grupo tem-se, no Vale do
Quilombo, a cidade de Cubatão, onde estão localizadas várias indústrias (Cosipa,
Refinaria Presidente Bernardes etc.).
Em 1977, a recepção referente ao Dia da Artilharia teve como sede a Fortaleza de
Itaipu, que realizou as comemorações dia 10 de junho e a mesma foi iniciada com a recepção ao general Dilermano Gomes Monteiro, comandante do II
Exército, feita pelo cel. Dickens Ferraz, comandante em exercício.
As solenidades foram assistidas ainda por outros cinco generais, pelo vice-governador
Manoel Gonçalves Ferreira Filho, pelo secretário de Segurança do Estado (atual deputado Erasmo Dias) e ex-comandante da Fortaleza. Em seguida foi
realizada a exaltação ao patrono da Artilharia, marechal Emílio Luiz Mallet.
A exaltação foi iniciada com a introdução do busto de Mallet (colocado sobre um trator
M-4 de 18 toneladas) no pátio da Fortaleza. Depois disso, foi feita a descrição do brasão de Mallet, que era barão de Itapevi, e ouvida a gravação
do tema "O Fosso do Boi de Botas", narrada pelo falecido locutor Heron Domingues, recordando detalhes da sangrenta batalha de Tuiuti.
Em seguida, houve uma salva de 17 tiros de canhão e o desfile dos militares de
Artilharia pelo pátio, completando a cerimônia, que foi encerrada com uma demonstração de caratê por soldados da Fortaleza e por alunos do professor
Shinzato, de Santos.
Durante as solenidades, foi inaugurada também a Expo-Art-77 e uma mostra de material
bélico. Além do general Dilermano, do vice-governador e do secretário da Segurança, estiveram presentes os generais Geraldo Alvarenga Navarro,
Carlos Xavier de Miranda, Fernando Guimarães de Cerqueira Lima, Gustavo Moraes Rego Reis e Alvir Souto, este último comandante da AD/2; prefeitos de
todos os municípios da Baixada e Litoral e diversas outras autoridades.
Em 1977 foi comemorado mais um aniversário da velha Fortaleza, ocasião em que lançamos
o primeiro número do nosso Informativo Cultural e na edição seguinte de Panorama Jornal descrevíamos o que foi o acontecimento:
"Com solenidade na parte da manhã e um coquetel à noite,
foi comemorada a passagem do 59º aniversário de instalação da Fortaleza de Itaipu, unidade militar sediada em Praia Grande e que abriga atualmente o
6º Grupo de Artilharia de Costa Motorizado. As cerimônias foram dirigidas pelo coronel Dickens Ferraz, comandante do 6º GACosM, e contaram com a
presença do comandante da AD/2, general Alvir Souto, e diversas outras autoridades.
"O programa foi iniciado às 8,10 horas, com a celebração de missa em ação de graças no
anfiteatro da unidade militar, seguindo-se o desfile da tropa, sob o comando do major Roberto Gentil. Logo depois, foram inauguradas as obras de
pavimentação e urbanização do pátio onde se localiza o serviço de intendência da Fortaleza, que recebeu o nome de Marechal Bittencourt. A via de
acesso ao pátio, também pavimentada, recebeu a denominação de Alameda Tia Maria, em homenagem a D. Maria do Forte, que durante anos foi a
cozinheira da unidade.
"A placa de inauguração do pátio foi descerrada pelo prefeito de Santos, Antônio
Manoel de Carvalho (a pavimentação foi executada pela Prodesan), e a da Alameda Tia Maria pelo prefeito de Praia Grande, Dorivaldo Loria Júnior.
Também foi introduzida na praça de esportes uma placa com o nome do general Paulo Rosa Pinto Pessoa, ex-comandante do 6º GACosM, que esteve presente
às solenidades.
"O programa foi encerrado com uma competição esportiva que reuniu equipes da AD/2 e da
Fortaleza."
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18 - 6º GACosM, EXEMPLO DE CIVISMO E DEDICAÇÃO MILITAR EM PRAIA GRANDE
Seus homens do início do século (N.E.: século XX)
levaram quase 20 anos para a construção do Forte; hoje, utilizando os mesmos métodos, por certo, igual período seria necessário para destruir a
reforçada edificação.
Os pontos onde se acham fixados os canhões, devido aos métodos eficientes de
engenharia empregados e robustez da obra, obrigaram o uso de cargas potentes de dinamite para que fosse possível a construção dos patamares de tiro
ou plataformas de abrigo às peças móveis.
A Fortaleza, vencendo através de seus comandantes e paulatinamente executada; as obras
de melhoramentos, de instalações do aquartelamento, no tocante à parte elétrica, ruas, pavimentações, saneamentos etc., enfim tornando a Unidade em
aprazível local de recreação, treinamento e adestramento militar.
No extremo da praia, emergindo da areia morena e avançando da agreste vegetação que em
verde pintalgava o cimo de uma colina esguia, uma ponta de rocha altaneira que corria para o mar, sobre a qual se quebrava o ímpeto raivoso e
constante das águas - era criada a Fortaleza de Itaipu, como sentinela avançada e vigilante da metrópole, que os indígenas denominaram
Enga-guassú.
Com o fim de quebrar os ímpetos de conquista que porventura invasores tentassem
conseguir, como em épocas passadas, foi fortificado o trecho da praia, como elemento capaz de proteção e defesa auxiliar do porto de Santos.
Foi, então, Itaipu guarnecida para que a voz dos seus canhões, se preciso, viesse a
falar mais alto na defesa da integridade da Pátria.
E, para finalizar este capítulo, não podemos deixar de citar a poesia do vate Aristheu
Bulhões, dedicada ao 57º aniversário da Fortaleza de Itaipu, que transcorreu em 30 de setembro de 1975:
Sobre este rochedo nu,
nossos valentes soldados
levantaram a Itaipu
contra invasores armados!
Erguendo esta Fortaleza
que, pelos morros, se expande
sempre alerta, na defesa
Do Brasil, em Praia Grande
Nosso Exército altaneiro
de Caxias e de Osório,
não permitiu que o estrangeiro
tomasse esse território!
Hoje, a Pátria comovida,
mostra sua gratidão
à Fortaleza indormida
que à sombra do seu canhão
dando provas de bravura,
de coragem sem igual,
com seu civismo assegura
a unidade nacional!
FUNDAÇÃO DO GRÊMIO DOS RESERVISTAS DA FORTALEZA DE ITAIPU
Histórico - De um encontro casual de dois antigos reservistas, velhos amigos,
que de há muito não se viam, João Augusto e Ovídio Teixeira Leite, resultou a idéia de se fundar em Santos um Grêmio que congregasse antigos
companheiros de caserna; isto aconteceu em 1961.
A chamada foi feita e a afinidade que ligava a todos, que era o Serviço da Pátria na
querida Fortaleza, e que havia deixado marcas benéficas nos antigos soldados, foi um toque de chamada prontamente atendido.
Já no dia 2 de junho, Ovídio Teixeira Leite continha, em sua pasta, uma lista de
antigos companheiros para um almoço de encontro e confraternização de antigos reservistas. Dias depois, foi marcada a primeira reunião no Abrigo do
Boqueirão, onde compareceram de Castro, João Grotone, Álvaro Atayde, Limeres, Calomino e outros, foi marcada a data de 29 de junho de 1961 (São
Pedro) para a realização do primeiro almoço, no Clube Sírio Libanês.
A festividade foi iniciada com grande emoção, com o toque de Nicola Gianjulio, Felix,
Armando Pereira, José Ratto Taneredo Pineiro, João Augusto e Ovídio Teixeira, Nestor Anta, Nelson Ramos, Albano Monte Júnior, Alfredo Correa da
Rocha, Eduardo Dias de Oliveira, Alvaro Clarim executado pelo cabo Bambu, dando o toque de reunir, o toque de silêncio, em homenagem aos reservistas
falecidos e finalmente o Toque de Rancho.
O rancho, precedido pela comovente leitura da carta do reservista Moreira Sá,
residente no Rio de Janeiro, feita pelo então tenente Mário Daige, presentes várias autoridades e reservistas residentes em outras cidades.
Ao pronunciar brilhante discurso, o primeiro presidente João Augusto dava por fundado
o Grêmio dos Reservistas da Fortaleza de Itaipu. Em 29/6/1962 foi realizada a primeira festa de aniversário do Grêmio, abrilhantada pela Banda do
Educandário Anália Franco, sob a regência do maestro, também reservista, Venâncio Cunha; na ocasião estavam presentes várias autoridades e foram
entregues medalhas de prata aos reservistas mais antigos e ao mais novo.
Em 29/6/1964, o almoço de aniversário teve uma conotação especial, pois contou com a
presença do general Paulo Pinto Leite, que veio especialmente do Rio de Janeiro e recebeu um cartão de prata dos seus antigos comandados.
A antiga diretoria, da qual faziam parte os reservistas João Augusto e João Grotone,
passou em 1964 para o reservista Albano Montes Júnior, que, ao assumir a presidência, de comum acordo com sua equipe, resolveu ampliar as atividades
do Grêmio, e assim, no Natal de 1964, 650 crianças pobres foram beneficiadas com a promoção "Faça Feliz o Natal de uma Criança", encetada pelo
Grêmio no Clube de Regatas Santista.
Em 1965, no Lar das Moças Cegas (Santos), o Grêmio promoveu o Natal, onde foram
oferecidos presentes, doces e um show dedicado às internas. Foram realizadas excursões a Itanhaém, Jardim Zoológico e ao Estoril.
Em 1966, além do tradicional almoço de aniversário, promoveu convescote e uma
churrascada denominada Noite Gaúcha e outras promoções de cunho social.
Em 1967, ofertou uma imagem de São Pedro à capela da Colônia de Férias do C.M.T.C. em
Itanhaém. Foi realizada nova eleição e reeleito Albano Montes Júnior.
Colônia de Férias - Dia 25 de agosto de 1979, foi inaugurada a Colônia de
Férias do Grêmio dos Reservistas da Fortaleza de Itaipu, localizada no Guaraú, na cidade de Peruíbe. A placa comemorativa foi descerrada pelo sr.
João Augusto (um dos fundadores do Grêmio). Usaram da palavra o atual presidente sr. Albano Montes, sr. Salim Mansur, da
Rádio Universal de Santos e representando o cel. Stelio Telles Pires Dantas, ex-comandante da Fortaleza de Itaipu
e idealizador da Colônia; sr. Alcides Donadelli (representando o prefeito de Peruíbe); sr. Mansueto Pierotti (presidente do Conselho Deliberativo do
Grêmio).
A Colônia, que está localizada em local privilegiado, conta com diversos alojamentos,
instalações sanitárias, quadras de esporte e local para pescaria.
Realizando reuniões, almoços, jantares, promovendo reuniões, colaborando em campanhas
- como a de 1976, quando o Grêmio arrecadou cerca de 8.000 frascos de remédios, que foram enviados à Funai, por intermédio da Associação Centro de
Estudos Amazônicos de Praia Grande, em comemoração do Dia do Índio (1977) -, passeio a Brasília, ou tomando parte em todas as festividades
realizadas no recinto da Fortaleza, o Grêmio dos Reservistas da Fortaleza de Itaipu é antes de tudo um forte traço de união entre um passado saudoso
e de gratas recordações e um presente vivo e cheio de esperanças.
Curiosidades - A velha Fortaleza de Itaipu é o único quartel do Exército que
possui um Grêmio de Reservistas.
Duas figuras que se incorporaram à História da velha Fortaleza e que merecem nosso
respeito e admiração: o capitão Galileu Ramos e a sra. Maria Francisca dos Santos (Tia Maria do Forte).
Fotos 1945-1978. Tiradas no mesmo local (viaduto que dá acesso às baterias da Fortaleza),
33 anos separam um instantâneo do outro.
Observe-se que a formação do Xixová também se modificou com o tempo
Fotos publicadas com a matéria
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