Uma das obrigações da Fortaleza de Itaipu era defender a entrada do Porto de Santos no período da
Segunda Guerra Mundial. Hoje, do Forte é possível acompanhar a chegada e saída dos navios
Imagem: reprodução
parcial da matéria, com foto de Rogério Soares
Itaipu, a beleza nua do forte
Este é o último final de semana para você conhecer a história da Fortaleza de Praia Grande. Com a retomada do ano letivo, as muralhas militares
voltam a se fechar
Da Redação
Um mergulho no passado, com direito a fotos da baía de Santos e da imensa Praia Grande, emoldurado pela vegetação da Mata Atlântica, canhões e
instalações militares: tudo isso custa apenas R$ 10,00 por cabeça. E pode ser visto a bordo de uma jardineira dirigida por Carlos Roberto Rocha, com
direito a explicações da professora de história Leila de Castro, no circuito do Forte Itaipu.
Este é o último final de semana para conhecer as belezas da fortaleza de Praia Grande. Com o fim das férias escolares, o forte volta a ficar
fechado à visitação pública e reserva os segredos de seu passado apenas aos militares.
O 2ڊ Grupo de Artilharia Antiaérea (2º GAAAe), comandado pelo
tenente-coronel Gilson Passos de Oliveira, recebe os visitantes na Avenida Marechal Mallet, 1, no Canto do Forte, sempre aos sábados e domingos, em
três horários: às 10, 13 e 15 horas.
A Fortaleza de Itaipu é constituída por três
fortes (Jurubatuba, Rego Barros e Duque de Caxias), erguidos a partir de janeiro de 1902. O passeio integra os roteiros turísticos do Circuito dos
Fortes, na Baixada Santista. Durante o retorno ao início do século 20, na Jardineira da empresa Dindin Turismo, Leila descreve a importância das
instalações usadas a seu tempo, em defesa da Cidade, parte da Baixada e do Porto de Santos.
Equipamentos desativados estão expostos ao longo da fortaleza
Foto: Rogério Soares,
publicada com a matéria
O soldado jogador
– Leila também fala de alguns episódios da participação dos soldados do forte na Revolução Constitucionalista de 1932, quando a guarnição ficou ao
lado dos revolucionários paulistas que lutaram contra o governo do então ditador (depois presidente eleito) Getúlio Vargas.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o forte
manteve-se em estado de alerta, assegurando o acesso ao estratégico Porto de Santos com uma guarnição do 5º Grupo de Artilharia de Costa, armada com
canhões Schneider-Canet de 150 milímetros. A partir de 1º de abril de 1960, passou a ser guarnecido pelo 6º Grupamento de Artilharia de Costa
Motorizado (6º GACosM), com canhões móveis Vickers-Armstrong de 152,4 milímetros.
Equipamentos desativados estão expostos ao longo da fortaleza
Foto: Rogério Soares,
publicada com a matéria
Mas, Itaipu também guarda histórias menos
bélicas, contadas pelo sargento Marcio de Souza Araújo Lemos. Morador de Praia Grande e há 13 anos no Exército, Lemos fez o caminho inverso de Edson
Arantes do Nascimento, para chegar ao forte.
Marcio foi se formar na Escola de Sargentos de
Três Corações, cidade mineira onde nasceu Edson, mais conhecido como Pelé. Um painel instalado próximo ao Forte Duque de Caxias, que domina a
paisagem de Praia Grande, descreve as aventuras do soldado Edson, que jogou nos gramados da fortaleza, integrando o time do 6ºGmac, em 1959, um ano
depois de sagrar-se campeão mundial de futebol. Pela seleção do 6º GACosM, o artilheiro soldado marcou 11 gols.
Parte das atrações o turista vê sem sair do conforto do ônibus
Foto: Rogério Soares,
publicada com a matéria
SERVIÇO
As visitas são monitoradas e ocorrem às 10, 13 e 15 horas
Visitas podem ser agendadas pelo telefone (13) 3473-3223 ou ainda
através do e-mail
rp_fortalezaitaipu@ig.com.br
O passeio custa R$ 10,00 por pessoa
Um ônibus transporta os turistas pelos três fortes
Com chuva não há passeio
A visita vale não somente para ver os antigos armamentos militares, todos devidamente aposentados,
como para descobrir e apreciar novos ângulos das orlas de Santos, São Vicente e de Praia Grande
Foto: Rogério Soares,
publicada com a matéria
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