P. DA PRAIA ATRAI OS ESPORTES NÁUTICOS - A Ponta da Praia está atraindo cada vez mais
os praticantes de modalidades náuticas. Em um dia ensolarado - como o de ontem, por exemplo - não é difícil encontrar pessoas curtindo equipamentos
como caiaques, canoas havaianas, jet ski e outras embarcações do gênero, em plena entrada do canal do estuário, entre Santos e Guarujá. O
prefeito João Paulo Tavares Papa (PMDB) pretende, a médio prazo, transformar o bairro em um verdadeiro complexo náutico voltado para o turismo,
que incluiria também a construção de uma marina
Foto: Irandy Ribas, publicada com a matéria
LAZER
Ponta da Praia, o paraíso dos esportes náuticos
O prefeito João Paulo Tavares Papa defende que haja investimentos
Da Reportagem
A prática de algumas modalidades náuticas como uma forma
alternativa de lazer, além das praias da orla da Cidade, já se consolidou na Ponta da Praia e tem atraído muita gente. Em um dia ensolarado de
temporada de verão - como o de ontem, por exemplo - não é difícil de encontrar pessoas curtindo equipamentos como caiaques, canoas havaianas, jet
ski e outras embarcações do gênero, em plena entrada do canal do estuário, entre Santos e Guarujá.
"O mar de Santos é uma grande oportunidade conceitual de crescimento econômico e
turístico. Por isso, é importante investir nesse segmento de área náutica, referente não só ao lazer, como na indústria e nos serviços relacionados,
que possam garantir inclusive geração de empregos e renda", comentou o prefeito santista, João Paulo Tavares Papa (PMDB), que por sinal é velejador
e pretende transformar a Ponta da Praia em um verdadeiro complexo náutico voltado ao turismo.
A Prefeitura, visando dinamizar esse filão de turismo alternativo e de aventura, até
cadastrou duas agências do setor - a Harpyia e a Grão Brasil - que coordenam e organizam passeios monitorados com alguns desses equipamentos
náuticos.
Saídas em canoas havaianas, por exemplo, podem durar quase duas horas em roteiros que
passam por paisagens deslumbrantes, como a Ilha das Palmas, com direito a paradas para descanso ou mesmo mergulhos. Como a idéia é popularizar esse
turismo alternativo, os preços não são caros (cerca de R$ 15,00 por pessoa).
Visão |
"O mar de Santos é uma grande oportunidade conceitual
de crescimento econômico e turístico"
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João Paulo Tavares Papa
Prefeito de Santos
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Hábito - Também para os santistas, a prática dessas modalidades (canoagem, remo
e vela) como um tipo de lazer já se tornou um hábito na Ponta da Praia. Os estudantes Lucas Domênico de Santo e Flávio Aleixo de Carvalho, ambos de
16 anos, sempre aproveitam o tempo livre para pegar seus caiaques (tipo surfinho) e remar entre o Rio do Meio (no canal) e o Saco do Major.
"A gente sempre vai até a Praia do Sangava, em Guarujá, passando pela
Praia do Góes e pela Ilha das Palmas", comentou Domênico de Santo. Rotina semelhante é
praticada por Pedro Queiroz Lopes e Álvaro Maitan de Barros, de 17 e 16 anos, respectivamente.
Os dois costumam pegar cedo, na garagem náutica do Clube de
Regatas Santista, o caiaque duplo oceânico de Lopes para longas remadas pela região. "Treinava com uma equipe no Rio do Meio, mas agora curtimos
mais como passeio', emendou o adolescente.
Projeto - A maior parte das saídas acontece da garagem náutica do Regatas
Santista, que inclusive abriga o Projeto Navega São Paulo/Sabesp/Santos, do Governo do Estado. O projeto funciona como escolinha de esportes
náuticos e de vela, para crianças da rede pública.
"O Inter (Clube Internacional de Regatas) também está
incrementando sua escolinha de vela", disse ainda o prefeito João Paulo Tavares Papa. Entre os outros clubes do bairro, o Vasco da Gama também tem
tradição na escolinha de remo.
Alguns aproveitam para dar uma parada em praias de Guarujá
Foto: Irandy Ribas, publicada com a matéria
Planos para o bairro incluem a construção de marina
A idéia de transformar, pelo menos a médio prazo, a Ponta da Praia em um verdadeiro
complexo náutico voltado para o turismo inclui outro projeto: o de construção de uma marina no local.
"Na realidade, seriam duas marinas. Uma na Ponta da Praia e outra na região do
Valongo", explica o prefeito de Santos, João Paulo Tavares Papa. A fomentação do projeto de marina na Ponta da Praia vai
começar, ainda segundo Papa, primeiro pela constituição de um grupo de consultores com conhecimento técnico na área, para idealizar o
empreendimento.
"Vamos convidar alguns especialistas como o Lars Grael (iatista e atual secretário de
Estado do Esporte e de Lazer); Amir Klink (navegador); urbanistas e outros velejadores para saber como deve ser essa marina". O segundo passo será a
formulação de um plano diretor.
"Com ele, vamos saber com detalhes as conseqüências tanto para o lado do mar, quanto
para o lado do solo do projeto", acrescentou Papa. Quando existir uma definição da estrutura, o passo seguinte poderá ser a promoção de uma
licitação.
"Isso é sempre adequado quando há falta de recursos. E nada impede que haja parcerias
com a iniciativa privada, licitando as partes do projeto. Por exemplo, fazendo licitação de cada uma das pontes da marina". Com isso, ainda de
acordo com o prefeito, a contrapartida para o parceiro privado poderia ser a exploração comercial do ponto.
Projetos |
"Na realidade, seriam duas marinas.
Uma na Ponta da Praia e outra na região do Valongo"
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João Paulo Tavares Papa
Prefeito de Santos
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Valongo - Já a marina pretendida no Valongo depende
do avanço nas negociações entre Prefeitura e Codesp sobre os armazéns (1 ao 4) da área portuária do Centro. "A marina do
Valongo seria lá, onde existe a idéia de restaurar culturalmente toda aquela região".
Segundo Papa, é fundamental, para o turismo da Cidade, que aquela área saia do
abandono em que se encontra. "O grande problema daquele ponto é o seu atual desuso e não com quem ele vai ficar (Codesp ou Prefeitura) ou quem vai
administrá-lo".
Gerenciadas por três empresas, as escunas partem da Ponte Edgard Perdigão.
Os passeios duram cerca de uma hora e meia
Foto: Irandy Ribas, publicada com a matéria
Empresas já organizam passeios de escuna
A incrementação dos esportes náuticos na Ponta da Praia, como atividade alternativa de
lazer, também está se refletindo no crescimento do número de empresas que operam passeios de escuna no local. Nos anos 80, por exemplo, havia
passeios de meia hora com a Loirinha, que era um tipo de escuna menor que as usadas atualmente.
Hoje em dia, há três firmas - a Genesis, a Nova Bertioga e a Bravo Tour (a mais
recente) - que promovem as saídas da Ponte Edgard Perdigão (dos Práticos). Os passeios duram cerca de uma hora e meia e têm preços populares (de R$
8,00 a R$ 15,00 por pessoa). "Estamos aqui há nove anos e, desta vez, a temporada foi muito boa, apesar da predominância de mau tempo", disse o
empresário Vilmar Souza Araújo, proprietário da Genesis.
As três empresas farão até hoje (Quarta-feira de Cinzas) seis passeios por dia cada
uma, em horários intercalados a partir das 9h20. "A temporada praticamente acabou, mas continuaremos por aqui em todos os finais de semana e nos
feriados, no mesmo esquema", garantiu Araújo.
Guia - Vistoriadas diariamente pela Capitania dos Portos, as embarcações contam
com serviço de bordo (consumos devem ser pagos à parte), música ambiente, banheiros e até guia turístico. O roteiro básico inicia com passagem pela
Fortaleza da Barra Grande, Praia do Góes, Praia do Sangava e parada para banhos e mergulhos na Ilha das Palmas.
Depois, as embarcações cruzam a orla até a altura do Canal 2, entrando na volta no
canal do estuário. Com capacidade máxima entre 85 e 120 passageiros (conforme o modelo da escuna), os barcos também são usados pelas empresas para
outros sete roteiros alternativos, mas somente por intermédio de reservas para grupos fechados.
Mais informações sobre os passeios de escuna, podem ser obtidas pelos telefones
3567-2070 ou 9787-9380 (com Vilmar Araújo, da Genesis); 3227-6933 (com Maurício dos Anjos, da Bravo Tour) e 9721-1200 (com Mara Cristina Ojeda, da
Nova Bertioga).
Para santistas e turistas, a prática de canoagem, remo e vela,
como lazer, já se tornou um hábito na Ponta da Praia
Foto: Irandy Ribas, publicada com a matéria
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