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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS
Capital futebolística do Brasil

Em 1956, o jornalista Adriano Neiva da Motta e Silva - o De Vaney - participou de um concurso nacional de crônicas sobre esportes e conseguiu provar, com números e outros dados, que Santos era a cidade mais esportiva do Brasil. Nesta matéria, publicada no Almanaque de Santos 1971, de seu parceiro em jornalismo Olao Rodrigues (impressão: W. Roth & Cia. Ltda., São Paulo/SP, 1971), ele mostra ainda que Santos merece também o título de capital futebolística do Brasil:

Futebol de Santos em prol do Brasil

De Vaney

Futebol brasileiro ainda estava amanhecendo, e já o santista nato Ari Patusca sagrava-se - foi o 1º da América do Sul a fazê-lo - bicampeão 1912-13 da Suíça e da Europa, pelo F. C. de Bruhl, cidade aonde fora estudar.

E ainda não era dia de todo no futebol do Brasil, e outros santistas natos - Adolfo Millon Jr. e Arnaldo Silveira - integravam a primeira seleção nacional, a que arrebatou aos argentinos, em B. Aires, 1914, a autêntica Copa Roca, visto que as que se lhe seguiram são, apenas, réplicas.

E foi, também, na lenta madrugada do nosso futebol, 1919, que Santos contribuiu com três elementos - Millon, Haroldo e Arnaldo - para a conquista do 1º título internacional obtido pelo Brasil - Campeão Sul-Americano -, ao passo que outros clubes tiveram convocados somente 2 jogadores: Paulistano (Sérgio e Friedenreich), Flamengo (Píndaro e Galo), Coríntians (Amílcar e Neco), Fluminense (Marcos e Fortes) e Palestra, o Palmeiras de agora (Bianco e Heitor).

Foi em Santos que nasceu um dos maiores arqueiros do Brasil: Nestor, um dos heróis da pioneira e gloriosa jornada do Paulistano à Europa, 1925.

Santista também o era Irineu Malta, um dos artífices da fama do futebol brasileiro tricampeão paulista, em 14 pelo São Bento, em 12 e 13 pelo Americano, grêmio fundado em Santos, cujo campo ficava onde está hoje a Estação Rodoviária e que foi o primeiro clube a obter vitórias para o Brasil, dentro e fora do País. Aqui, derrotando os uruguaios, 13 de agosto de 11, por 3x0, e longe, em B. Aires, 10 de agosto de 13, impondo-se aos argentinos por 2x0.

Em 1920 o Brasil tinha responsabilidade de zelar, no Chile, pela conservação do título de campeão continental, que lhe viera às mãos no Rio, um ano antes. Mas as constantes quizilas entre Rio e São Paulo culminaram, naquele ano, com a negativa da entidade bandeirante em ceder jogadores à representação brasileira. Santos, porém, pelo Santos F. Clube, divergiu dessa atitude, cedendo, sob risco de ser punido, dois elementos julgados úteis - Constantino e Castelhano - aos quais coube amenizar a queda total que ao Brasil, desfalcado, estava reservada, ganhando do Chile, dono da casa, por 1x0.

Em 1928, quando da vinda dos imbatíveis escoceses do Mothewell, um homem sobrelevou-se na seleção brasileira, assinalando 4 gols dos sensacionais 5x0: Luiz Matoso Macedo, o Feitiço, do Santos F. Clube.

No mundial de 30, Montevidéu, em face da nova ausência dos paulistas o valor técnico da equipe brasileira emagreceu, mas lá estava a revigorá-la o santista Araken Patusca, o mesmo que em 1925, cedido por empréstimo do Santos ao Paulistano, tanto colaborou - vitória sobre vitória - para semear o futebol brasileiro em campos europeus, tornando-o conhecido e admirado.

Em 1931, 6 de setembro, na Copa Rio Branco, que os uruguaios queriam adicionar ao diploma de Tricampeões do Mundo, dois homens tiveram realce no triunfo brasileiro (2x0): - o médio Alfredo e o dianteiro Feitiço, figurando na reserva o lateral Osvaldo, todos os três do futebol santista.

Em 1936, um jogador da Portuguesa Santista, Tim, era apontado pela crônica sul-americana como o melhor dianteiro do torneio continental daquele ano. E os jornais e as multidões apelidaram-no de "El Peón". No mundial de 38, França, Tim reafirmava a beleza de seu futebol, e Argemiro - outro jogador da Portuguesa Santista - ganhava elogios, graças à realidade de seus méritos.

Em 1939 atingia o estrelato o goleiro Tadeu, burilado no Jabaquara dos Dino, Dinão, Edmundo, Cipó, Cativeiro, Chiquinho, Bahia, Gamba, Túlio, Leonardo, Melão e tantos outros, esse mesmo Jabaquara que deu Gilmar e Baltazar de presente ao futebol nacional.

Zarzur, outro craque de seleção brasileira, iniciou seus passos no Clube Atlético Santista, onde militavam elementos capazes de chegar ao selecionado pátrio, como Silésio, Tedesco, Pintanella, Bisoca, Rogério, Nabor, Baianinho e outros mais, ou na Portuguesa Santista, onde cintilaram os Cruz, Abelha, Gonzalez, Álvaro, Arquimedes, Figueira, Armandinho, Rato (goleiro), Logu, Mário Miranda e tantos outros de igual valor, sem esquecer o Alfredo Silva, o Alfredinho, da A.A. Americana, que foi o centro-médio do Brasil no Sul-Americano de 21, em B. Aires.

Durante 24 anos - de 1911 a 1955 (N.E.: SIC - correto é 1931 a 1955) - não foi convocado um só, um único elemento de Santos, e isso em virtude da política clubística, despótica e intransigente, adotada pela CBD, que limitava ao Rio e a S. Paulo (Capital) o privilegiado campo para suas requisições, deixando à margem - a dano do futebol brasileiro - autênticos valores existentes no Atlético, Espanha (Jabaquara), Portuguesa e Santos, onde, neste último, se faziam notar Ciro Portieri, Raul Cabral Guedes, Antoninho, Remo, Figueira, Saci, Artigas e uma extensa fieira de verdadeiros mestres do balão.

E após esses 24 anos de irresponsabilidade, inconsciência e paternalismo, a CBD voltava a convocar futebolistas da cidade de Santos e demonstrando quão cegos andavam os que colocavam o pebol santista em plana secundária, foram surgindo, com a camisa cebedense, para fortalecer, engrandecer e imortalizar o futebol brasileiro, os Formiga, Hélvio, Álvaro, Zito, Del Vecchio, Vasconcelos, Tite, Pepe, Pagão, Urubatão, Pelé, Dorval, Calvet, Coutinho, Mauro, Gilmar, Mengálvio, Lima, Orlando, Carlos Alberto, Edu, Rildo, Toninho, Cláudio, Joel, Djalma Dias, Clodoaldo, Marco Antônio.

Além do contingente da 1ª fase - 1914-1931 - e deste que acaba de desfilar, outros santistas atingiram o selecionado brasileiro, tais como Cláudio (dianteiro), Baltazar, Pagão e Olavo.

Fato histórico e impressionante: o capitão do selecionado brasileiro que conquistou o 1º título internacional (sul-americano de 19) era elemento de Santos - Arnaldo Silveira.

Pois bem, o capitão do selecionado brasileiro que levantou o maior título até hoje disputado em futebol sobre a face da terra - o Tricampeonato Mundial - é elemento de Santos: Carlos Alberto.

E quem ergueu a taça do bicampeonato mundial, era elemento de Santos - Mauro Ramos de Oliveira.

Os dois únicos títulos de bicampeão sul-americano, interclubes, e bicampeão mundial, interclubes, quem os possui é o futebol santista.

Nenhuma cidade no mundo - vejam bem: no mundo inteiro - contribuiu mais vezes para a seleção de sua Pátria do que a cidade de Santos. E nenhuma das cidades existentes do globo terráqueo possui tantos campeões mundiais de futebol - 11, um time exato: Gilmar, Carlos Alberto, Mauro e Joel; Mengálvio, Zito e Clodoaldo; Edu, Coutinho, Pelé e Pepe - como esta privilegiada terra, que é, além de "O Município mais Esportivo", a lídima e incontestável Capital Futebolística do Brasil.

Foto de 1923, do acervo de José Louis Krahenball, mostra um time de futebol chamado Paraná,
que foi campeão do torneio interno do Clube Atlético Santista.
Da esquerda para a direita, estão: Louis Krahenball (pai de José, mais conhecido como Relojoeiro Suíço), Máximo Pompeu, Saturnino, Silésio, Cipó, Hugo Maggi, Mário Guimarães, James Conway, Barsotti Moraes e Arnaldo Pires
Foto publicada no jornal santista A Tribuna em 1º de outubro de 2004, seção Imagem do Passado

O mesmo autor publicou, no Almanaque de Santos - 1969, editado pela empresa Roteiros Turísticos de Santos (dirigida por P. Bandeira Jr. e redigida pelo jornalista Olao Rodrigues):

História do maior futebol do Mundo

De Vaney

Henrique Porchat de Assis, o "Dick Martins", não se conformava, de jeito nenhum, que em São Paulo, Capital, já existisse o futebol; que em Sorocaba também; que em Campinas, idem, e que aqui, aqui em Santos, não! Não havia futebol, nem jamais disso se falara. Daí a sua lembrança de ser adquirida uma bola. Fez um rateio entre os seus amigos, freqüentadores, na maioria, do Teatro Variedades, na Praça dos Andradas.

Bola comprada, "Dick Martins" foi avisando: "Depois de amanhã, todos na Ponta da Barra, às 8 horas". A "Praia da Barra" hoje, é a do Boqueirão, e o "depois de amanhã" a que se referia o "Dick", era o dia 1º de novembro de 1902.

E foi ali, quase em frente à Igreja do Embaré, que se disputou - arcos feitos com bambu e linha de coser com papel colado, fazendo de travessão - o 1º jogo de futebol em Santos, todos os rapazes vestidos com roupas de passeio, os mais arrojados tirando o paletó, e outros, sem afrouxarem, ao menos, o laço da gravata.

E foi um sucesso, tanto que 2 meses mais tarde, 6 de janeiro de 1903, fundava-se o primeiro clube santista de futebol, o C.A. Internacional, que alugou e aplainou o terreno onde se encontra, agora, a Igreja Coração de Maria, na Av. Ana Costa, onde se disputou o primeiro jogo oficial, em Santos, já que o da praia não o pudera ser, com o S. C. Americano, outro clube fundado em Santos (21-5-1903).

Houve, depois disso, um período de quase total estagnação no futebol santista. O Internacional e o Americano foram disputar o campeonato paulistano, e o último desses dois clubes para lá se transferiu, definitivamente.

Mas, no triênio de 1912-14, Santos do futebol evoluiu aceleradamente. Em 12, fundava-se o Santos; em 13, o Brasil e o Atlético, o Escolástica Rosa e o América; em 14, o Espanha (Jabaquara), a Americana, o S.P.R., o Atlas-Flamengo. Nove clubes de futebol, todos de projeção, em apenas três anos. E isso se constitui no primeiro recorde nacional superado por Santos.

Renome - Teve renome internacional, desde o berço, o futebol santista. Em 1914, Ari Patusca, nascido em Santos, era o primeiro brasileiro e o primeiro sul-americano a sagrar-se campeão por um clube estrangeiro, o F.C. Bruhl, da Suíça, onde Ari fora estudar, repetindo a façanha em 1915.

Também em 1914, dois santistas - Adolfo Millon Jr. e Arnaldo Silveira - formavam no primeiro selecionado brasileiro, oficial, que obteve para o Brasil a primeira vitória, também oficial, de uma representação da CBD no Exterior, ganhando da Argentina, em Buenos Aires, e conquistando a primeira "Taça Roca".

Esses dois mesmos santistas, e mais Haroldo Pires Domingues, todos do Santos F.C., levantavam, pelo Brasil, o campeonato sul-americano de 1919, o primeiro de que o Brasil se apossava. E com um detalhe muito importante: o capitão foi Arnaldo Silveira, do Santos, clube que maior número de elementos forneceu àquela equipe, a pioneira e propulsora das glórias que o Brasil iria colecionar, dali por avante.

Aliás, Santos jamais deixou de contribuir, farta e decisivamente, para o realce do futebol brasileiro e paulista, quer cedendo seus elementos para a constituição de magníficos conjuntos, quer por si mesma, através da pujança de seus clubes, indo buscar longe da Pátria - como o fizeram Santos F.C. e A.A. Portuguesa - esplêndidos triunfos em sonoras campanhas.

Município que só não é interiorano por ser litorâneo, jamais se inferiorizou, no futebol, ante São Paulo, a capital, e que lhe é 18 vezes maior populacionalmente.

É a mais gloriosa história do futebol, dentre quantas possam ser contadas pelos 2.473 municípios brasileiros, a de Santos. Basta um fragmento: Santos, pelo Santos F.C., é bicampeã mundial e bicampeã sul-americana. E é por cinco vezes consecutivas (Santos F.C.) campeã do Brasil. E as suas conquistas no "Rio-São Paulo", nos torneios internacionais, desde os triangulares até os octogonais, já atingem às dezenas. Hoje, como há 10 anos, Santos, pelo Santos F.C., passou a ser sinônimo de Brasil incomparável em futebol, no mundo inteiro. E a "Fita Azul" do futebol nacional pertence a Santos, também, já que quem a colocou por sobre o tronco foi a santista A.A. Portuguesa.

Proporcionalmente ao seu nível demográfico, Santos possui o maior estádio do Brasil, eis que o "Urbano Caldeira", o "porta-jóias" do Santos F.C., dispõe de acomodações para 37.000 pessoas.

Ali, em Vila Belmiro, existem, ademais, as dependências para os serviços administrativos e a sede-de-campo do Santos F.C., bem como a concentração-comum (já que a concentração às margens da represa Billings o é extraordinária em todos os sentidos), dotada de absoluto conforto, com sala-de-estar, salões de televisão, bilhar, entretenimentos etc., bem como os vestiários, com piscinas térmicas, salas de revisão médica, enfermagem, pronto-socorro etc.

No térreo da sede-campo, encontram-se o cinema, com moderna equipagem sonora, restaurante, boate e ginásio para cestobol e voleibol. No 1º andar, no amplo salão de honra, existe o mais rico e vistoso museu de troféus do mundo inteiro. Obras de arte e de enorme valor ali se encontram, a contar, em sua vistosidade, as glórias do Santos F.C. e da cidade de Santos.

No Gonzaga, no seu trecho de maior realce, está a sede-praia do Santos F.C., instalada no mais majestoso edifício existente no Brasil, o "Parque Balneário", relíquia e modelo-atual, a um só tempo, de imenso valor social, cultural e turístico.

Na Av. Pinheiro Machado está instalado o campo da A.A. Portuguesa, clube que completou gloriosos 50 anos em 1967, e cuja arquibancada foi a primeira a ser construída em cimento armado, em toda a América do Sul.

Imagem: reprodução do jornal santista A Tribuna, de 30 de março de 1913, página 5

Do mesmo autor e no mesmo Almanaque de Santos - 1969:

Dois símbolos do futebol santista

De Vaney

Ambos brilham intensamente no futebol santista, que os tem como símbolos: Camarão e Pelé. O primeiro, cintila na evocação. O segundo, esplende no dia-a-dia.

Camarão, Aníbal Torres, santista do Mercado, era a encarnação, justaposta, do futebol praiano, manso mas positivo, sutil mas corpóreo, requebrado mas prático, malemolente mas rentável, fintoso mas gol.

A impressão que se tinha, ao ver Camarão atuar - braço direito ligeiramente levantado, como quem equilibra uma bandeja - era a de que ele estava a vender balas. Mas eram bolas que a bandeja continha, bolas que não vendia, mas sim oferecia aos pacotes, para os seus companheiros transformarem em gols.

Pasmosa, a facilidade com que Camarão se infiltrava por uma defensiva adentro, evitando, em passos de balé, o cipoal de pés que o tentavam atravancar na caminhada. Domínio da pelota, absoluto. Sabia, como ninguém, tomá-la para si, limpá-la dos efeitos, amestrá-la como Lulu da Pomerânia, e fazer dela o que entendesse.

E só entendia fazer maravilhas, o passe aberto em leque, lá para as extremas, a entrega curta, para recepção logo adiante, compondo isso que, hoje, se chama de "tabela", como se fora coisa nova mas que Camarão já praticava com seu mano, Siriri, ou com Omar, ou com Pedro ou com Abel, em 1922, quando seu clube de então, o Brasil, foi campeão do Centenário. Valia uma entrada de camarote, o pequenino Camarão, um senhor futebolista na terra que é a primeira dama no futebol do mundo.

***

O outro, é Pelé, e nem se precisa dizer seu nome por extenso, porque todo o mundo já sabe que é Edson Arantes do Nascimento, esse Pelé que depois de espantar o mundo, em 1958, ainda continua a empolgá-lo, 10 anos depois, esse Pelé que já deixou de ser figura humana, palpável, para ser algo de lendário, personagem de estorietas de ficção, espécie de Mandrake (N.E.: personagem de histórias em quadrinhos muito popular na época, mestre da magia e do ilusionismo) em sua melhor essência.

Dele se conta, correndo mundo tal contar, que num jogo, não se sabe quando, contra um clube que não se sabe qual fosse, ele, Pelé, atuando no gol, em substituição ao arqueiro, e já havendo defendido três penalidades máximas, ficou fulo de raiva porque estava zero a zero, e, tendo feito uma pegada a um chute violento que enviaram à sua meta, pôs a pelota no chão, saiu jogando com ela, driblou um, driblou dois, três, quatro, progrediu, driblou o quinto, entrou na área adversa, driblou o sexto, fintou o sétimo, que era o guardião contrário, e fez o tento da vitória, porque ainda se deu ao luxo de anular mais dois pênaltis.

Essa estória corre a Europa inteira. Corre o mundo. Sabe-se, por aqui, que isso não é verdade. Mas, em se tratando de Pelé, qualquer dia acontece, porque Pelé - esse moço que veio retocar, burilar, aprimorar em 75% o futebol rude, nativo, embotado, que se tinha nos pés, aqui em Santos, a única cidade que, pelo seu futebol extra-leve, poderia servir de cenário ao levíssimo extra-futebol que é Pelé - porque Pelé, concluamos, é capaz de fazer tudo isso que a lenda teceu, e muito mais ainda...

 

Veja mais:
Cidade mais esportiva do mundo?

60 anos de futebol em S. Paulo (folhetim escrito por De Vaney em 1956)

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