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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - Clubes
A.A. Portuguesa (1)

Em 20 de novembro de 1917, um grupo de portugueses entusiasmados com o então relativamente novo esporte que crescia rapidamente em Santos, o futebol, criou a Associação Atlética Portuguesa. Sua ata de fundação:

Lançamento da pedra fundamental da arquibancada em cimento armado, em 1928
Foto: revista especial do 57º aniversário do clube, 1974

Associação Atlética Portuguesa

Aos vinte dias do mês de novembro de 1917, nesta cidade, às 20 horas realizou-se uma assembléia para a fundação do clube acima. Presentes os seguintes senhores: Avelino de Carvalho, Bento Ribeiro, Antonio Peixoto, José de Mello, Albino Marques, Serafim de Almeida, Maximino Campos, Manoel Ribeiro, Casemiro Leitão, Abel Rabello, Luiz Fernandes e Antonio de Almeida. Por proposta do sr. José de Mello, foi nomeado o nome do sr. Lino do Carmo para presidente, sendo aprovado. Por proposta do sr. Avelino de Carvalho, foi nomeado o sr. Bento Ribeiro para tesoureiro, sendo aprovado. Por proposta do sr. Avelino de Carvalho, foi nomeado o sr. Manoel Ribeiro para secretário, sendo aprovado. Por proposta do sr. Bento Ribeiro, foi nomeado o sr. Albino Marques para 2º tesoureiro, sendo aprovado. Por proposta do sr. Maximino Campos foi nomeado o sr. José Mello para vice-presidente, sendo aprovado. Por proposta do sr. Bento Ribeiro, o sr. Antonio Peixoto para 2º secretário, aprovado. Nada mais havendo a tratar foi encerrada a sessão às 21 horas. O presidente interino, Avelino de Carvalho; o secretário interino, Álvaro Marques.

Em 1917, o time da portuguesa estreou as camisas, jogando contra o segundo quadro

Foto cedida por um desses jogadores, Affonso Rogério, à revista do 57º aniversário, em 1974

Como sócios fundadores, figuravam: Avelino de Carvalho, Luís Fernandes, Joaquim Queiroz, Bento Ribeiro, Manoel Tavares, Antonio Ferreira Peixoto, Abel Rabelo, Antonio Queiroz, Francisco Martinho, Manoel Ribeiro, Domingos Moreira da Gama, Antonio da Costa Lima, Lino do Carmo, Álvaro Marques, Serafim de Almeida, José Augusto Caixote, José Fragoso, Francisco Amadeu Pinto, Luís de Souza, Constantino dos Santos, Manoel Jayme, Manoel Alves, Albino Marques, José de Almeida Mello, José Norberto, Alexandre A. Coelho, Luís Manoel, Maximinio Campos, Antonio de Almeida, Casimiro Leitão, Joaquim Ferreira, Manoel A. Garrido, Joaquim Simões, José Maria, Cezar Augusto Silva, Joaquim de Oliveira, Abílio Mathias Pereira, Manoel Gilo, José Cardoso, José Pais, Benjamim Dias, Augusto Gomes Pereira, Francisco Rosa, Alfredo Alves, Manoel Tavares, José Pereira Júnior, Manoel de Oliveira, Antonio Moreira da Gama, Luiz Antonio Machado e Joaquim Lopes Carrilho.


Entrada principal do Estádio Ulrico Mursa, em 1974
Foto: revista especial do 57º aniversário do clube, 1974

Já em 1920 o clube luso-santista se sagrava campeão ao disputar seu primeiro torneio oficial de futebol, o campeonato da segunda divisão da Associação Santista de Esportes Athléticos (Asea). No ano seguinte a essa vitória, o clube foi promovido à primeira divisão da Asea e ganhou oito campeonatos (1923, 1924, 1926, 1927, 1931, 1932, 1933 e 1934).

Em 1935, esse e outros clubes fundaram a Liga Paulista de Futebol, depois transformada em Federação Paulista de Futebol, e já no primeiro selecionado dessa liga a Portuguesa Santista forneceu cinco jogadores: Ratto, Tuffy, Argemiro, Armandinho e Tim (e só o primeiro deles não continuou, os demais foram titulares absolutos da seleção).


No tempo em que a moda ditava o uso do chapéu, a arquibancada da AAP, recém-inaugurada
Foto: revista especial do 57º aniversário do clube, 1974

A arquibancada de cimento armado, que muitas décadas depois ainda constitui a parte nobre do Estádio Ulrico Mursa, teve seu início de construção em 1928. Na época, a obra foi muito criticada, por acharem alguns que era obra visionária. Mas, com o término dos trabalhos em 1932, a Portuguesa passou a ser o primeiro clube paulista a possuir uma praça de esportes com arquibancada de cimento armado, com cobertura.


Recepção apoteótica em Santos aos jogadores "fita azul" que chegavam da África em 1959
Foto: revista especial do 57º aniversário do clube, 1974

De 16 de abril a 28 de maio de 1959, a Portuguesa fez vitoriosa excursão à África portuguesa, visitando Moçambique e Angola, de onde trouxe 11 taças de prata, 16 galhardetes e uma salva de prata, e principalmente a Fita Azul, por ter vencido as quinze partidas que disputou. O feito foi amplamente comemorado: Santos parou para recepcionar os jogadores que desfilaram em carros abertos pelas ruas centrais. Eram eles: Carlito, Perinho, Raul, Pixú, Jorge, Nicola, Gonçalo, Guilherme, Grillo, Valdo, Andu. O técnico: Filipo Nuñes.


Jogadores em 1959 desfilaram pelo centro de Santos, em carro de bombeiros, tendo atrás o carro das Organizações Vítor Costa (OVC)/Rádio Nacional para transmitir a festa
Foto: revista especial do 57º aniversário do clube, 1974

Já em 1950 o clube tinha feito excursão a Portugal, onde venceu cinco dos sete jogos que disputou, marcando 17 gols e sofrendo apenas sete. Jogou em junho contra os times Sporting de Braga, FC Tirsense, F.C. Porto, Vitória de Guimarães, Acadêmica de Coimbra e Sporting de Lisboa, e em julho jogou contra o E.C. Marítimo, na Ilha da Madeira.

Outra importante excursão do clube foi em maio de 1965, após o retorno à Divisão Especial. Enfrentando o clima demasiadamente frio e problemas com vários atletas contundidos, a equipe da Portuguesa santista perdeu em Zilina e Ostrava, na Tchecoslováquia, perdeu do Bayern de Munique mas ganhou do T.S.V. Munchen-1860, perdeu do time de Stuttgart, ganhou do Fortuna de Dusseldorf (estes na Alemanha), e ganhou também do time de Enschede, na Holanda.


Obras na área contígua ao estádio Ulrico Mursa, para demarcação do terreno, em 1974
Foto: revista especial do 57º aniversário do clube, 1974

O clube, além do estádio dedicado à prática do futebol, que começou a ser construído em 1920, conta com instalações sociais, como um salão de festas. Em 1974, porém, dava a largada para um ambicioso programa de ampliação das instalações, destinado a transformar a sede em amplo complexo atlético. Segundo citavam os dirigentes do rubro-verde então, "Nenhuma outra agremiação esportiva da cidade disporá de tantos recursos esportivo-sociais como aqueles idealizados para o novo conjunto".


Em 1974, o então presidente José Augusto Alves e o vice-presidente de esportes, Nelson Martins, inspecionam as obras, que começaram com o muro divisório para demarcação do novo terreno
Foto: revista especial do 57º aniversário do clube, 1974

Estavam então em início de obras: um conjunto aquático, com três piscinas e balneário; dois ginásios acoplados para prática de diversos esportes; ginásio de bochas, campo e mini-campo de futebol, play-grounds; quadras de tamboréu e tênis; a nova sede social, com restaurante, salão de festas, salas de projeção e conferências, teatro e biblioteca.


Áreas desportivas incluídas na ampliação das instalações em 1974
Foto: revista especial do 57º aniversário do clube, 1974

Isso se tornou possível com o recebimento em comodato, pelo clube, de terreno contíguo ao Estádio Ulrico Mursa, com mais de 20 mil m², o que triplicou a área disponível. Junto com as obras novas, a diretoria se preocupou em realizar ampla reforma das instalações já existentes, destacando-se a nova cobertura do salão de festas, que tomou a forma de mini-ginásio, com maior área de ventilação.


Salão de festas, usado em atividades internas e também nas promoções abertas ao público
Foto: revista especial do 57º aniversário do clube, 1974

Esse salão, que abrigou inúmeras promoções para o público interno e externo - Carnaval, festa do chope, bailes diversos e a Noite Portuguesa, que em 1974 previa a apresentação da Caravela da Saudade, programa de televisão comandado por Alberto Maria de Andrade, além do show-man Roberto Barreiros.


Equipe profissional de futebol da A.A. Portuguesa, em 1974
Foto: revista especial do 57º aniversário do clube, 1974

Outras atividades sociais do clube, aproveitando os terrenos contíguos ao estádio, eram então espetáculos de rodeio e festas juninas; no campo de futebol também ocorreram várias missas campais e celebrações religiosas, chegada de Papai Noel de helicóptero, juramento à Bandeira dos novos recrutas do Exército etc.


Equipe juvenil de futebol, no ano do 57º aniversário do clube santista
Foto: revista especial do 57º aniversário do clube, 1974

Ouça:
Hino da A. A. Portuguesa Santista (arquivo de som MP3, 2'30", 128 kbps, estéreo 44 kHz, 2,31 MB)

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