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SANTOS DE ANTIGAMENTE
Ponta da Praia até 1940 (1)
A fotografia mostra a Ponta da Praia, onde hoje funcionam os clubes, fotografada do transatlântico francês L'Atlantique, em 1932. Antes do início dos chamados "anos dourados", a praia ainda não era amurada e tinha um pontão de atracação e um trampolim de madeira. Na imagem, pode-se notar a Escola de Marinheiros, logo transformada em Escola de Pesca e Instituto de Pesca Marítima, onde hoje é o Museu de Pesca:


Reprodução: jornal A Tribuna de Santos, 29/8/2003
Foto: acervo do despachante aduaneiro Laire José Giraud

Essa imagem foi usada em um cartão postal da época:

Imagem: acervo do professor e pesquisador santista Francisco Carballa

Nos pormenores da foto acima, observa-se melhor a curva da praia, com um pontão de atracação, um trampolim de madeira, carros de luxo dos visitantes e casas de pescadores:

Imagens: acervo do professor e pesquisador santista Francisco Carballa

Nesta imagem de cartão postal da época é possível observar as instalações do Hotel Carlino, também notado nas imagens do cartão postal acima:

Imagem encontrada na Internet pelo jornalista e cartofilista José Carlos Silvares

E é da sacada do atual Museu de Pesca que foi obtida esta fotografia, feita em 1938, mostrando a chegada ao porto do transatlântico Augustus, um dos mais luxuosos da época. No primeiro plano aparece o antigo bonde da linha 4:


Reprodução: jornal A Tribuna de Santos, 10/10/2003
Foto: acervo do professor Mair Pereira Leite

A Ponta da Praia sempre foi um observatório ideal do movimento de navios no porto de Santos. Em 1904, a passagem do transatlântico Magdalena era registrada numa brochura publicitária da armadora inglesa Royal Mail Steam Packet (RMSP) com breve descrição da cidade: "O porto oceânico de Santos está distante 34 milhas (63 quilômetros) de São Paulo e possui excelente cais que permite a atracação de diversos navios ao mesmo tempo. As docas de Santos foram construídas por ordem dos senhores Gaffrée, Guinle e Ribeiro, sendo engenheiro responsável o senhor Weinschenck. O maquinário usado é de fabricação belga; os engenheiros e funcionários são de nacionalidade brasileira. O vapor atraca no cais e descer é fácil. Várias excursões podem ser realizadas. Uma por exemplo permite ir de bonde (300 réis) até a Barra, onde existe um hotel. O cenário é belíssimo, e o passeio dura cerca de uma hora. Pode-se também ir de bonde até um lugar chamado José Menino (..)".


O Magdalena deixando o porto, no momento em que passava defronte à Fortaleza da Barra
Foto: publicação de 1904 da RMSP

A mesma imagem, com o acréscimo de cores comum na época, podia ser vista em cartão postal editado em Santos no início do século XX:


Imagem: acervo do professor e pesquisador santista Francisco Carballa

No mesmo local, outro cartão postal da década de 1920, colorizado, mostra dois navios de passageiros da armadora inglesa Royal Mail Steam Packet (RMSP - Mala Real Inglesa) - o Araguaya e à sua frente o Aragon - deixando o porto santista:


Imagem enviada a Novo Milênio pelo internauta Marcelo Freitas

Já na imagem abaixo, era o transatlântico inglês Araguaya que deixava o porto de Santos, entre 1920 e 1926, passando defronte à Ponta da Praia:


Foto: cartão postal da armadora Royal Mail Steam Packet, de Londres, Inglaterra

Esta é uma versão mais antiga do mesmo postal, colorida de forma diferente. Explica o jornalista José Carlos Silvares que o postal "mostra a saída do porto, um abrigo do ponto de bondes (note a linha do bonde passando bem próximo do mar) e pessoas aguardando o transporte. Ali ficavam também casas de pescadores. Saindo, o navio Araguaya, da companhia inglesa Royal Mail. O cartão foi postado no dia 31 de maio de 1927, mas a fotografia é de pelo menos 10 anos antes":


Foto: Acervo José Carlos Silvares/Santos Ontem

A visita de uma esquadra de navios japoneses a Santos, em 1921, foi motivo para mais esta vista, obtida desde a Ponta da Praia:


Imagem enviada a Novo Milênio por Ary O. Céllio, de Santos/SP

A visita das belonaves japonesas, em 1921, rendeu outro cartão postal:

Imagem: cartão postal produzido pela empresa santista M. Pontes & Cia. para a Union Postale Universelle, e negociado no site de leilões EBay, em 2 de abril de 2010

Tempos depois, esta imagem - rara cena em que aparece (à direita) um hidroavião recebendo manutenção durante sua escala santista (o ponto de pouso mais comum era ali mesmo, na Ponta da Praia) - teve entretanto como destaque, para os autores do postal daquela época, o veleiro que passava defronte à Fortaleza da Barra Grande:


Imagem enviada a Novo Milênio por Ary O. Céllio, de Santos/SP

Sobre a imagem a seguir, conta o jornalista e cartofilista José Carlos Silvares: "Este raríssimo cartão-postal circulado em outubro de 1903 mostra uma baleeira, que leva no mastro provavelmente a bandeira de um dos clubes náuticos de Santos. Os velejadores posam para a foto, tendo ao fundo a Fortaleza da Barra. Santos foi sempre uma cidade aberta aos esportes náuticos, como se vê. A mensagem escrita ao lado diz: 'Com agradáveis recordações de nosso encontro nesta boa terra. Santos, 27-X-903'. O cartão foi postado para um senhor em Montevidéu, Uruguai. O título do cartão é 'Balieira, Ponta da Praia'. A editora é a M. Pontes & Cia., de Santos":


Foto: Acervo José Carlos Silvares/Santos Ontem, também divulgada por ele na rede social Facebook (acesso: 8/7/2013)

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