9/2/1921 a 31/10/1930 – Cinema Central – Rua Amador Bueno, próximo à Rua Braz Cubas, nas instalações depois ocupadas pela Companhia de Armazéns Gerais do Estado de São Paulo e pelo atual Poupatempo. Era "O popularíssimo". Na noite da inauguração, pela Empresa Cine-Theatral, de M. Freixo e Cia., foram exibidos os filmes Joguete do Destino, com Alla Nazimova, e O Barato Sai Caro, comédia em quatro atos da Paramount. Suas salas, vermelha (popular) e verde (para os pobres, sem poltronas), acolhiam até 2.500 espectadores. Na década de 1920 passou a contar com estabelecimento homônimo em São Vicente. Em 24/12/1928, anunciava a apresentação do filme Amores de um estudante, com Buster Keaton, em oito partes. Em 7/7/1930 o cinema começou pelo Salão Vermelho a ser transferido para o prédio antes utilizado pelo Cine Selecto, na mesma rua. Em 31/10/1930, seria exibido o drama A Canção do Destino, com Alice Day e Arthur Lupin, e A Ilha dos Homens Perdidos, da Columbia Pictures, com Aron Lynn. Em janeiro seguinte, o Cine Guarany assumia que o Central tinha se mudado para lá. [[Mais...]].
10/2/1922 a 1931 – Início do Cine Jockey Club, cinema ao ar livre do Jockey Club de Santos, na sede social da Av. Presidente Wilson, 13, esquina com Rua Marcílio Dias, que chegou a funcionar como Casino Jockey Club. No dia 9/2/1922, o jornal A Tribuna divulgava: " É amanhã, finalmente, que será satisfeita a ansiedade com que os frequentadores do Cine do Jockey Club de Santos têm aguardado a exibição do monumental filme Com direito à felicidade, produção super-extra, da série de ouro da Universal. [...]". Um detalhe é que a tela da projeção era molhada frequentemente. O Jockey encerrou as atividades em 1931 e o último anúncio com a programação do cinema data de 15/1/1931, quando foram anunciados A Rua da Ilusão com Virgínia Vally, e Pulsos de Ferro, com Jack Perrin. O Clube XV, que comprou o imóvel em 16/7/1934, manteve um cinema no local, como fazia em sedes anteriores.
16/6/1922 a c.1930 – Inaugurado o Cine Selecto, na Rua Amador Bueno, 96, com o filme O Grande Momento, da Paramount Pictures, com Gloria Swanson, em prédio adaptado por Marcolino de Andrade, que em 1926 já estava no controle da empresa M. Freixo & Cia. Dois dias antes da inauguração, o jornal A Tribuna revelava detalhes das instalações: "(...) ao penetrar-se na sala de espera – o ponto, sem dúvida, em que predominou o máximo capricho e bom gosto - , tem-se uma impressão agradabilíssima, porque tudo que nela se encontra agrada. No forro estão magnificamente dispostos cinco artísticos globos, o solo é ladrilhado, formando um harmonioso desenho; as bilheterias, a grade, tudo está magnificamente combinado com o mobiliário, que é todo de imbuia e estufado com couro grenat, combinando desta maneira com as cortinas que são da mesma cor. À volta de toda a sala, numa altura de metro e meio, de madeira envernizada, apresenta-nos a maravilhosa decoração que o gênio de Angelo Guido criou. É uma obra linda, verdadeiramente artística, em estilo renascença, disposta em 6 belíssimos e colossais quadros, cada qual mais imponente (...)". Em 3/2/1930, o filme Sorte Grande encerrou as atividades do Selecto. Em 7/7/1930, foi transferido para aquelas instalações o Salão Vermelho do Cine Central, ficando para depois o Salão Verde, pois o prédio antigo do Central tinha sido requisitado pelo Governo.
10/6/1922 a 30/6/1966 – Cine-Theatro Dom Pedro II – Rua Campos Melo, 215, próximo ao Cine São José, na então chamada Vila Macuco. O nome foi escolhido por votação pública, com 10.124 votos para D. Pedro II e 8.150 votos para Lusitânia, e centenas de outros votos para nomes bem menos cotados, como se divulgava na imprensa em 13/5/1922. Quase recebeu o nome de Cinema do Macuco, conforme publicado na Imprensa santista em 22/4/1922 ao ser anunciada a inauguração para 16 de maio.
Dias depois, em 10/6, o estabelecimento da Empreza Cine-Theatral foi inaugurado, com espetáculo em benefício da Sociedade Beneficente D. Pedro II, composto pelos filmes As Caravelas do Céu e Nos Rochedos de S. Paulo (homenagens aos aviadores lusos Gago Coutinho e Sacadura Cabral), Mão Armada e Pista Inapagável (ambos da produtora Universal Pictures).
Tinha capacidade para 500 cadeiras na plateia, 36 frisas e 800 gerais, com linhas arquitetônicas sóbrias e dotado de palco para peças teatrais. Antigos frequentadores contavam que nas matinês dominicais os rapazes trocavam revistas em quadrinhos e, no interior do cinema, a melhor diversão era estourar saquinhos de pipoca no ouvido do colega da frente...
Em 23/2/1963, era anunciada a realização nos dias 23 a 26 de bailes de carnaval do Jabaquara Atlético Clube "nas amplas dependências do Cine Dom Pedro II à Rua Campos Melo, 215, ritmados por grandiosa orquestra". Desde 1952, os dirigentes do Floresta Atlético Clube promoviam bailes de carnaval no local do cinema, para reunir recursos destinados à compra da sede do clube: retiravam à noite todas as cadeiras e precisavam recolocá-las na manhã seguinte. Em 29/6/1966, com os filmes Vidas em Melodia (Arashi O Yobu Yûôjo) e Ao Despertar do Amor (Wakai Tokio no Shita), a empresa reafirmava o fechamento do cinema (previsto para o dia 1º de julho) e a continuação do festival do cinema japonês no cine Coliseu. Em seguida, ali se instalaram a Igreja Batista Nova Jerusalém e por alguns anos o sambão da Império do Samba.
31/10/1926 a 8/4/1958 – O Cine Theatro Campo Grande, na Rua Carvalho de Mendonça, 395, com mil lugares, foi inaugurado no último dia de outubro de 1926, com sessão noturna para os filmes A Desforra Completa, da Perfection Pictures (com William Fairbanks e Philis Daves) e Chamas, da Universal-Jewel (com William Russell e Helene Chadwick). No cartaz da inauguração, os adjetivos em destaque: "Belo – Amplo – Elegante – Confortável".
Em 8/4/1958 exibiu os filmes O Pórtico da Glória, com José Mojica; O Filho de Monte Cristo, com Louis Hayward; Entrega-se a Domicílio, com o Gordo e o Magro; e Nascimento, Vida, Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo ("a Bíblia transportada para a tela"), fechando a partir do dia seguinte "para reformas". Em outubro de 1958 foi rebatizado como Cine Ouro Verde.
25/12/1927 a 1/12/1928 – Seis meses após a inauguração (em 1/1/1927) do funicular na encosta do morro, a S. A. Elevador Monte Serrat instalou no alto do monte, no dia de Natal de 1927, às 19h30, o seu cinema, logo autoapelidado de "O preferido pela elite santista". Funcionando como cinema ao ar livre, beneficiava-se do clima fresco do alto do morro. Estreou com o filme Evitando o pecado, do Programa Serrador. No dia 27, passando ao Programa Mattarazzo, exibiu às 20 horas, ao ar livre, o filme em oito partes Sorte ou Azar, protagonizado por Ben Alexander, Lloyd Hamilton, Mary Carr, Matt Moore e Patsy Ruth Miller, seguindo-se o Odeon Jornal, de reportagens naturais.
No fatídico dia 10/5/1928, em que parte da encosta do morro desabou com forte tempestade, estava prevista a exibição ao ar livre do filme À Venda, da First National Pictures, com Claire Windsor, Adolphe Menjou e Mary Carr, além do programa Atualidades Serrador N. 2. As atividades do cinema foram suspensas, para evitar "aglomeração de pessoas no cume do Monte Serrat". Não foram mais retomadas nesse mês de março. Enquanto isso, em 1/4/1928, o filme A Hecatombe do Monte Serrat estreava no cine... Selecto. O Cine Monte Serrat só voltou a funcionar em 9/10/1928, mas logo encerrou as atividades, em 1/12/1928, com a exibição final do drama Quando o amor quer, com Mary Carr.
28/12/1928 a 1/11/1964 – Cinema Paramount, "O mais central", foi instalado pela firma Scarpini & Vetró em 28/12/1928, no local do antigo Theatro Parisiense - Rua Visconde de São Leopoldo, 1, esquina da Rua Vasconcelos Tavares e da Praça Rui Barbosa, no Centro, por onde passavam linhas de transporte para quase toda a cidade. Seu maior diferencial era promover matinês diárias e sessões especiais para moças. O primeiro filme exibido foi a comédia Haroldo, o veloz (Speedy), após a bênção do prédio pelo padre Rizzo, representando o bispo diocesano.
Em 31/10/1930, publicou no Diário de Santos o anúncio da "sensacional inauguração dos novos espetáculos mistos de palco e tela, com os melhores filmes e os melhores artistas!...", com a comédia Lua de Mel e o filme Rendez-vous da Meia Noite (com Mary Brian) e no palco o imitador Genesio Arruda. Em 9/8/1931, anunciava a exibição de Luzes da Cidade, de Charles Chaplin, junto com o Fox Jornal n. 23 e o filme Em Nome da Amizade, da Fox, com George Levy.
Em 30/6/1948, o cinema exibiria Tarzan e a Caçadora. Em 1/11/1964 publicou sua última programação, e dias depois começaram os anuncios de venda de mobiliário e contratação da empresa de demolição do prédio.
28/9/1929 – Primeira apresentação do cinema falado em Santos, no Cine Coliseu. [[Mais...]].
O Eden foi inaugurado em 23/6/1909
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