28/1/1911 a 11/5/1911 – Inaugurado pela Empresa Fonseca & Comp., o Cinema Brasil, na Rua Quinze de Novembro, 96 (onde funcionava o Cinema Chantecler) teve a renda da sessão inaugural revertida para o Asilo de Órfãos. No dia seguinte, A Tribuna registrava: " É um excelente salão dotado de todas as exigências sanitárias e oferecendo um aspecto agradável a sua decoração". Mesmo assim, na edição de 11 de maio deste jornal, o inspetor da Polícia Municipal Epiphanio de Freitas comunicava que desde o dia 8 daquele mês a empresa havia fechado aquela casa de espetáculos.
Em São Vicente existiu em 1912 um cinema homônimo, pertencente a João Bensdorf e funcionando em instalações do Rink Vicentino. Em 8/9/2012, esse local foi usado para uma promoção com associados destinada às obras de instalação do São Vicente Athletic Club.
17/4/1911 – 25/6/1922 – O Palace Hotel, situado na Praia do José Menino, 124, anunciava em 1911, entre suas atrações "Casino com diversões, majestoso Parque e poética Vila, onde funciona todos os dias, com entrada franca ao público, um aparelho cinematográfico, exibindo-se às quartas, sábados, domingos, dias santos e feriados, vistosos fogos de artifício, fazendo-se ouvir ao mesmo tempo uma das mais excelentes bandas de música".
Onze anos depois, circulava no mesmo jornal A Tribuna o anúncio do Casino Palace Hotel, na Praia do José Menino, 143-147, que todas as noites, com entrada franca " às pessoas que estiverem decentemente trajadas", exibia "esplêndidos filmes das melhores fábricas nacionais, americanas, alemãs, italianas e francesas", como Lua de Mel Acidentada, com Robert Warwick e Elaine Hammerstein, além de dramas de W. Harp e comédias de Carlitos.
20/4/1911 a 20/9/1913 – Cine Pathé (da Empresa Candburgh, passou em 29/5/1912 para a Empresa A. T. Barbosa & Co.) - Rua 15 de Novembro, 23-A, Centro. Um dos primeiros filmes anunciados foi O Guarany, apresentado pela empresa em 21/4/1911, o segundo dia de funcionamento.
Em 12/5/1911, a propaganda destacava: "AVISO. Único salão em que a projecção é nítida e clara e não prejudica a vista. Vêr para crêr. Isto é só no Pathé". Em 1/10/1912, a revista santista A Fita registrava anúncio de que este cinema santista "passará por uma grande e radical transformação, tornando-se pela comodidade, beleza e higiene um dos mais preferidos do público santista". Em 10/11/1912, era destacado como integrante da Cia. Internacional Cinematographica, junto com o Polytheama Rio Branco.
Em 20/9/1913, publica em A Tribuna anúncio de que " às 6 ¼ da tarde" exibiria em "deslumbrante soirée" o filme Uma Filha de Eva, informando ainda, junto com o Polytheama Rio Branco (outra sala exibidora da Companhia Internacional Cinematográfica) que "de hoje em diante, não repete fitas". Sumiu em seguida das listas dos cinemas santistas. Em 1921/22 havia um cinema homônimo em S. Vicente.
24/2/1912 – Registrava o jornal A Tribuna que o bar e restaurante Chops Haak, na Praça da República, 58, promovia sessões de cinema todas as noites e naquele dia exibiria o filme As Três Princesas Árabes. Entrada grátis.
22/10/1912 a 1/1913 – Cinema Apollo, inaugurado em 1912, na casa de diversões Circo das Novidades (instalado desde o dia 17/10 no Redondéu da Rua Amador Bueno), com pré-estreia em 22/10 e abertura ao público em 4/12. Com programa misto ao vivo e na tela, tinha as sessões suspensas em caso de chuva. Em 16/12/1912, alterou a programação para ocorrer às terças, quintas, sábados e domingos, desaparecendo a partir de 5/1/1913.
c.1914 a 3/11/1924 – Já em funcionamento em 31/10/1914, o Theatro Parisiense, nos meses iniciais chamado de Parisien – na Rua S. Leopoldo, 1, esquina do Largo do Rosário (depois Praça Rui Barbosa, no Centro) –, da empresa Barbosa, Santos & Comp., foi adaptado como cinema, com plateia de apenas 410 poltronas, compensando com 28 camarotes e uma varanda ao redor do salão. Anunciava "grandiosas sessões cinematográficas" no jornal daquele dia.
Em 7/3/1919 constava como pertencente à Empresa Geral Cinematographica Claude Darlot e em 1/8/1919 estava integrado à Empresa Cine-Theatral. No final da década de 1920 passou ao controle de Octávio Januzzi. Encerrou as atividades com as sessões de cinema do dia 3/11/1924.
Em 10/2/1925 a equipe Th. Parisiense começou a anunciar a volta às atividades, com eventos no Hipódromo de Santos e outros locais. No ano de 1926 ocorreu uma série de grandes leilões de tecidos no prédio do ex-Teatro Parisiense, pelo leiloeiro Natalino Mauá.
1914 a 18/2/1933 – Parque do Belezinha do Gonzaga (ao ar livre), na Av. Ana Costa, 537, Gonzaga, era inicialmente um carrossel, porém foi expandindo as atividades, chegou a ter hipismo e até um zoológico. Depois de suspender as atividades devido a obras, foi reaberto em 3/4/1921, com diversas melhorias.
Em 22/11 e 4/12/1926 foi ali leiloada a cota da massa falida de Carlos Augusto de Araújo na sociedade Laudelino & Cia., permitindo que em 24/12 daquele ano fossem reiniciadas as atividades, com a exibição ao ar livre do filme Esperança Perdida e de uma comédia, seguindo-se grande baile.
Em 2/12/1928 começou a funcionar ali o Parque Brahma, do mesmo dono Zeferin Moran e seu irmão, com os mesmos filmes (em ordem invertida) do Belezinha: o drama (A) Última Edição, com Ralph Lewis, e o drama policial Lady Robin Hood, com Evelyn Brent. Em 18/2/1933 foi reinaugurado como Luna Park.
21/1/1914 a 4/8/1937 – Theatro Carlos Gomes (antigo Bijou Cinema), estabelecido na Rua Lucas Fortunato, 29, Vila Mathias, pela Empresa Bensdorp Cia. Em 2/2/1914 anunciava em A Tribuna que naquela noite apresentaria Linda de Chamouny, "importantíssimo drama em 6 longas partes" produzido pela Centauro Film.
O estabelecimento era em 1926 o único que restava a Marcolino de Andrade. Com a exibição do filme Miss Europa, com Louise Brocks, todo falado e cantado em francês, como relatou o historiador Olao Rodrigues, o cineteatro foi reaberto na noite de 28/3/1931, completamente reformado e equipado com aparelho de som Bunest. Sua lotação foi aumentada para 1.000 pessoas.
Em 4/8/1937, foi transferido para a Av. Ana Costa, 55. Porém, em 26/6/1966, teve sua última sessão neste local e o proprietário, atendendo aos moradores da Vila Mathias, concordou em transferir de volta o nome Carlos Gomes para as instalações do Cine Bandeirantes, de onde viera, o que ocorreu em 1/7/1967.
19/5/1915 a 23/1/1916 – Era divulgado o Casino de la Plage, homônimo de um hotel do Guarujá. Situado na Avenida Bartolomeu de Gusmão, 144, Ponta da Praia, apresentava-se como "Paraíso das crianças! Sonho de moças! Encanto da velhice! O melhor e mais belo Parque do Estado de São Paulo. Diversões e jogos esportivos. Todas as tardes e noites cinematógrafo e música. Restaurante e bar de 1ª ordem. O mais chic Restaurante de Santos. Permanentemente aberto. Aprazível lugar de pic-nic. Aceitam-se encomendas para banquetes". Em 23/1/1916, o jornal A Tribuna publicava anúncio de "Magnífico Leilão judicial" dos bens do Casino de La Plage, incluindo o aparelho cinematográfico.
25/9/1915 a 8/4/1916 – Cine Theatro Moderno – projetando principalmente filmes europeus na Rua XV de Novembro, 187, próximo à Praça Barão do Rio Branco, onde depois funcionou a Garage 15 de Novembro. Dirigido pela Empresa Rodrigues Castellar & C., foi inaugurado em 25/9/1915, com lotação de 700 cadeiras na primeira classe, incluindo 38 camarotes, mais 150 pessoas na galeria. No dia 28/9 apresentava espetáculo misto no palco e na tela, incluindo o "film natural em 1 acto, intitulado Visita do Presidente Francez" e Sua Última Vontade, em 5 longos atos". Em 15/10/1915, apresentava-se em seu palco o poeta Olavo Bilac, junto com os principais poetas santistas.
Um último espetáculo estava marcado para o dia 8/4/1916, com ilusionista e cantores mexicanos e a célebre cantora Little Star (Estrellita), além de demonstrações da psicóloga Madame Margeau. Porém, nesse mesmo dia, ante o diminuto apoio oficial às atividades artísticas, prédios e materiais do Theatro Moderno foram novamente a leilão, inclusive um piano em que no dia anterior tocara o grande artista Arthur Napoleão, em concerto com a cantora Nícia Silva. Um leilão final dos bens restantes ocorreria no dia 25/5/1916.
15/8/1918 – Cinematographo da Cadeia Pública – Inaugurado nessa data pelo delegado regional Ibrahim Nobre, com equipamento cedido pelo cine Polytheama Rio Branco e "filmes morais e instrutivos, que visam prestar um alívio àqueles que expiam as suas culpas no cárcere, contribuindo, assim, para sua reabilitação", como informava nos dias 13 e 15 o jornal A Tribuna. A citada cadeia ocupava então o edifício existente no meio da Praça dos Andradas.
19/6/1919 a 2/3/1921 – No endereço "Gonzaga N. 9", ocorria naquele sábado, 19/6/1919, a inauguração do Parque Paulista, de A. Monteiro & Cia., um misto de teatro, cinema com filmes seriados, casa de espetáculos e diversões, na Praia do Gonzaga.
Em 21/8/1921 foi sucedido no local pelo Sport Parque Paulista (destacando o boliche e o bar) e logo depois pelo Cassino Derby Santista, ambos com quinelas duplas todas as noites (quinela é um tipo de aposta em corridas de cavalos em que o apostador acredita que dois cavalos chegarão em primeiro ou segundo lugar, não importando qual deles vença a corrida, desde que o outro se classifique na segunda colocação).
29/3/1919 a 31/8/1920 – Funcionando com bar e agência de automóveis na Praça Mauá, 29, o Bar Elite, com a exibição do filme Diamante do Céu em 32 partes, começava em 29/3/1919 a divulgar ampla programação cinematográfica. Esta durou pouco, de modo regular até 31/8/1920, embora o bar continuasse funcionando até o fim desse ano com venda de sorvetes e uísques, ocasionalmente informando "cinema todas as noites". Em abril de 1921 eram vendidas as instalações e no final do ano ali se instalou o Bar Chic.
1919 a 7/12/2008 – O Theatro Guarany foi reformado e adaptado como cinema, na Praça dos Andradas, 100, Centro. No final do século XX, abandonado e tendo passado por um incêndio, estava prestes a ser demolido, mas foi decretado patrimônio municipal e reformado. [[Mais...]].
O Eden foi inaugurado em 23/6/1909
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