João Negrinho foi o filme escolhido para a inauguração do Cine Alvorada
Jornal A Tribuna, 28/4/1961, página 2
29/4/1961 a 31/12/1961 – O Cine Alvorada surgiu na Rua 7 de Setembro, 64, no lugar do Cine Rádio Cultura (que se mudara dias antes) e de seu antecessor Cine Astor, em imóvel remodelado pela Rede Paulista de Cinemas, à qual era filiado, junto com o vicentino Cinemar, como qual o Alvorada dividia as peças publicitárias e trocava filmes.
Cine Alvorada sucedeu ao Cine Cultura, no prédio da Rua Sete de Setembro, 64, depois demolido
Jornal A Tribuna, 29/4/1961, página 17
A estreia foi com o lançamento do filme nacional João Negrinho e uma comédia com Chaplin. Destacado como cinema lançador de filmes, manteve o lema até a última peça publicitária, divulgada na imprensa no dia final de 1961.
Alvorada fechou sem se despedir, mas mantendo o mote de ser cinema lançador Jornal A Tribuna, 31/12/1961, página 14/2º caderno
Em fins da década de 1960, todo o conjunto arquitetônico foi demolido, para o surgimento de um posto de gasolina, depois transformado em agência bancária.
Teaser (anúncio prévio) da inauguração do Cine Itajubá Jornal A Tribuna, 29/6/1963, página 21
9/7/1963 a 31/1/1982 – Cine Itajubá – Av. Presidente Wilson, 1935 a 1967, José Menino, da Empresa Paulista de Cinemas Ltda., de Lucydio C. Ceravolo. Na inauguração, foi projetado o filme Malhas Negras (Black Tights na versão inglesa, 1-2-3-4 ou Les Collants Noirs), lançado em 1960). Sinal dos tempos: o Itajubá terminou 19 anos depois, com as sessões de Aluga-se Moças.
Itajubá começou com o filme francês Malhas Negras e terminou com o nacional Aluga-se Moças
Cartazes dos dois filmes: Acervo IMDB
Seu último dono, José Sante, contou (A Tribuna, 4/3/2003) que tinha também uma casa de projeção na capital paulista e seguiu a dica do representante de uma distribuidora de filmes, de que os estadunidenses iriam tomar conta do cinema brasileiro.
No dia da inauguração, um croquis da fachada do cinema, situado no bairro do José Menino Jornal A Tribuna, 9/7/1963, página 24
No último dia de janeiro de 1982, o Itajubá se despedia do público, com sessões contínuas das 14 às 22 horas do filme Aluga-se Moças, com Gretchen, Rita Cadilac e Índia Amazonense. O espaço foi depois ocupado por cursos de domínio mental, um bingo e uma igreja evangélica, entre outras atividades.
Este pequeno anúncio marcou o final das atividades do Itajubá. Ao lado dele, o Cine Caiçara anunciava que exibiria o mesmo filme a partir do dia seguinte Jornal A Tribuna, 31/1/1982, página 49
2/9/1964 a 1/7/1979 – Cine Brasília – Av. Pedro Lessa, 665 (curiosamente, suas divulgações citaram também os números 678 e 487). A década que amanhecera com o Cine Alvorada ganhava agora uma homenagem mais explícita à nova capital federal, no ano em que começava a ditadura militar de 31 de março.
Em 1/1963, preparava-se a instalação do Cine Brasília: Philips era contratada para fornecer aparelhos de som e imagem Jornal A Tribuna, 29/1/1963, página 5
O cinema contava com ar condicionado e poltronas estofadas, além de modernos projetores Philips de alta fidelidade, segundo o proprietário Antônio Rodrigues Bonito.
Os Reis do Sol, com Yul Brynner, foi exibido na avant-première do Brasília
Jornal A Tribuna, 2/9/1964, página 2/caderno 2. Cartaz do filme: Acervo IMDB
Vinculado à programação da Empresa Cine-Teatral Cinemas de Santos Ltda., lançou em Santos os filmes de 70 milímetros. A avant-première foi com o filme Os Reis do Sol, da United Artists, com Yul Brynner, em favor da Cidade da Criança situada em Praia Grande. Em 1/7/1979, o filme O Céu Pode Esperar... em duas sessões noturnas, encerrou as atividades deste cinema.
O Céu Pode Esperar..., dirigido e
interpretado por Warren Beatty, marcou o fim das atividades do Brasília
Jornal A Tribuna, 1/7/1979, página 44. Cartaz do filme: Acervo IMDB
Deu a Louca no Mundo foi o escolhido para a inauguração. O nome do filme parecia apropriado...
Jornal A Tribuna, 29/5/1965, página 17
28/5/1965 a 14/1/1973 – Cine Glória, na Av. Vicente de Carvalho, 19, que passou a Cinema I. Sofreu diversas críticas, até por anunciar filme (no jornal A Tribuna de 5/11/1966, página 5/2º caderno) e esquecer de citar o nome da obra no anúncio (era o filme Fugindo do Inferno, lançado em 1963). [[Mais...]].
O último filme exibido no Glória, de 12 a 14/1/1973, foi Independência ou Morte. E o Glória 'morreu'...
Jornal A Tribuna, 12/1/1973, página 8/2º caderno
Cine Carlos Gomes tem seu nome transferido para o Cine Bandeirantes, fechando as instalações da Av. Ana Costa 55 e voltando nominalmente ao endereço anterior Jornal A Tribuna, 26/6/1966, página 22
26/6/1966 a 6/7/1975 – Segunda fase do agora Cine Carlos Gomes, que deixou as instalações da Av. Ana Costa, 55 e retornou às que já havia ocupado na primeira fase (na Rua Lucas Fortunato, 89), tendo no período intermediário funcionado ali o Cine Bandeirantes.
Em 6/7/1975, o cinema fechou definitivamente suas portas, após a sessão das 22 horas do filme O Massacre (Sutjeska, lançado em 1973 por Paris Filmes e divulgado no Brasil como A Quinta Ofensiva), com Richard Burton personificando o marechal Josip Broz Tito (da antiga Iugoslávia), Irene Pappas e Michael Rearden.
Filme sobre episódio histórico, ocorrido em 1943 na antiga Iugoslávia, encerrou as atividades do Cine Carlos Gomes
Jornal A Tribuna, 6/7/1975, página 31 |
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26/6/1966 - Fato inédito na história dos cinemas santistas, um pequeno comunicado publicado na Imprensa em 26 de junho de 1966 mudou drasticamente o panorama da cinematografia santista, com o desaparecimento de quatro cinemas e a mudança de nome de mais um.
Além dos cines Avenida, "Novo" Carlos Gomes encerrarem suas atividades no dia seguinte, 27/6, o Cine D. Pedro II também fecharia suas portas em 1º de julho daquele ano e o Cine Bandeirantes cederia suas instalações e teria seu nome trocado para a tradicional denominação de Cine Carlos Gomes, a pedido do público da Vila Mathias.
De uma só vez, a empresa Cine Teatral-Cinemas de Santos comunicou o fim dos cinemas Avenida, 'Novo' Carlos Gomes, e D. Pedro II, além da mudança de nome do Cine Bandeirantes para Cine Carlos Gomes
Jornal A Tribuna, 26/6/1966, página 6/2º caderno
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