Jd. São Marcos: Maracangalha
Por Ayres de Araújo Coutinho
Os primeiros prostíbulos de Cubatão apareceram entre
1918 e 1925, com a construção da Fabril e Light. Começaram a funcionar próximo ao
Cruzeiro Quinhentista, em seu local de construção inicial, na então calçada de Lorena
e, mais tarde, em 1925, Avenida Bandeirantes. Na Avenida das Indústrias, havia dois bares, um do senhor José Martins e outro do senhor Manuel Lopes
dos Santos, o Brahma.
O Brahma alugava casa e então foi se tornando um dos primeiros prostíbulos de Cubatão,
num local afastado do centro. Até 1950, quando a Refinaria começou a ser instalada no local, logo se transferiu para o Largo do
Sapo, que também se tornou prostíbulo.
Em 1957, o prefeito Luís Camargo da Fonseca e Silva
determinou a mudança deste tipo de comércio, para o Jardim São Marcos, em Piaçagüera. Com acesso precário, o local era
uma trilha que a Light construiu para transportar material para as torres de fiação, até o Litoral Norte.
Entre as casas especializadas neste tipo de comércio, havia uma de suas senhoras, com
o nome de Maracangalha. Este foi o motivo de um novo local ter recebido o nome de Maracangalha. Foi um lugar onde aconteceu de tudo que era
indesejável.
Depois de 40 anos ele voltou, novamente, a ser chamado Jardim São Marcos, situado
entre as indústrias e a Cosipa, numa parte de terreno desnivelado, que quando tem temporal violento, fica em parte alagado.
Os habitantes correm o risco de acidentes e doenças diversas.
Os habitantes de São Marcos seriam transferidos para novas habitações ao lado do
Bolsão 8, Jardim Nova República. Até 1925 o Largo do Sapo era o centro de Cubatão. Com a construção da
Avenida Bandeirantes, até Santos, o centro passou a ser em frente à
capela da Nossa Senhora da Lapa, e o Largo do Sapo foi perdendo suas edificações da época do Império.
Rua do Jardim São Marcos em 2003
Foto: Departamento de Imprensa/PMC - 14 de novembro de 2003
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