Largo do Sapo: a estátua homenageia os grandes transportadores de mercadorias
do período colonial, os tropeiros
Foto: Arquivo Histórico Municipal/Cubatão
O Largo do Sapo
O Largo do Sapo está localizado na denominada Praça
Coronel Joaquim Montenegro e recebeu esta alcunha por existirem inúmeros desses anuros no início do século XX.
Porém, essa região está inserida na história cubatense por outros motivos.
O primeiro está ligado à instalação do Porto Geral, no século XVII. Este
porto era de suma importância devido ao fluxo de pessoas e mercadorias existente entre Santos e São Paulo. Vários viajantes
- entre eles Hércules Florence, Willian John Burchell e August Saint-Hilaire - registraram as atividades comerciais dos
tropeiros no embarque de seus produtos.
O antigo Largo estava incluso na porção de terras quando
Franca e Horta, em 1803, determinou a fundação de uma povoação - mesmo que, posteriormente, indicasse a
margem oposta. Em outro momento, no início do século XX, as primeiras professoras, Ana Dias e Almerinda Monteiro de
Carvalho, ensinaram as primeiras letras aos jovens.
Aliás, um fato notório era de que o Largo do Sapo era onde residia a elite cubatense.
Tanto que o Presidente do Estado de São Paulo (N.E.: e depois presidente do Brasil),
Washington Luís, sempre que vinha a Santos, parava na residência do casal Bernardo Pinto e Izolina Couto para
descansar da viagem e provar os quitutes da senhorita Virgínia Jorge Ferreira.
Estes são apenas alguns breves relatos da rica história dessa
região que deve ser mais divulgada. Além dos inúmeros fatos há a arquitetura, mesmo que modificada, do entorno, ou seja,
da praça, ponte em arco e avenida.
O Porto Geral foi a terceira localização do povoado cubatense, junto da desembocadura
do Ribeirão das Pedras, na primeira metade do século XVII, e tem como referência a atual Praça Coronel Joaquim Montenegro, o conhecido Largo do
Sapo, no piemonte, próximo à cabeceira da ponte da Avenida Nove de Abril. A inscrição em bronze no centro da praça refere-se a esse Porto Geral,
originado com a criação de um novo caminho de acesso para o sertão, destacando
a Fazenda Geral e a função de Alfândega exercida bastante tempo por aquele porto
Foto reproduzida do livro O Caminho do Mar - subsídios para a história de Cubatão,
de Inez Garbuio Peralta, ed. Prefeitura Municipal de Cubatão, 1973 (1ª edição)
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Largo do Sapo em 2010 - casario da década de 1950
Foto: Welington Ribeiro Borges/Arquivo Histórico Municipal/Cubatão
Largo do Sapo em 2010 - prédio de 1916, restaurado pelos artistas do Teatro do Kaos
Foto: Welington Ribeiro Borges/Arquivo Histórico Municipal/Cubatão
Largo do Sapo em 2010 - prédio de 1916, restaurado pelos artistas do Teatro do Kaos
Foto: Welington Ribeiro Borges/Arquivo Histórico Municipal/Cubatão
Largo do Sapo em 2010 - prédio do ginásio, fundado em 20/1/1958
Foto: Welington Ribeiro Borges/Arquivo Histórico Municipal/Cubatão
Largo do Sapo em 2010 - prédio do ginásio, fundado em 20/1/1958
Foto: Welington Ribeiro Borges/Arquivo Histórico Municipal/Cubatão
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