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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - Colônia lusa
A cidade dos portugueses (5)

Jornal de 1944 destaca a participação lusa no desenvolvimento santista
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Texto publicado na edição especial comemorativa do cinqüentenário do jornal santista A Tribuna (exemplar no acervo do historiador Waldir Rueda), em 26 de março de 1944 (grafia atualizada nesta transcrição):
 


Imagem: reprodução parcial da matéria original

Homenagem da A Tribuna à laboriosa colônia portuguesa

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Portugueses já falecidos, que nos últimos anos desenvolveram sua atividade em Santos - É longa a lista de cidadãos portugueses que aqui se radicaram e exerceram sua profícua atividade, aqui constituindo família e aqui deixando descendentes, que constituem hoje a maioria da população santista, desde as modestas camadas populares até os altos círculos sociais. A angústia de espaço e a falta de tempo não nos permitem alongar-nos em detalhes que seriam interessantíssimos sobre a vida e as obras realizadas por muitos deles. Teremos, portanto, de limitar-nos a citar-lhes os nomes. Desde cerca de 1870 para cá, que de elementos não dispomos para recuar mais no tempo, destacaram-se em Santos, entre outros, os seguintes cidadãos portugueses:

Dr. Abel de Castro, que, depois de ter sido contador, formou-se em Direito, alcançando na advocacia merecido renome.

Dr. Lino Cassiano Jardim, abalizado médico, exerceu também o cargo de vice-cônsul.

Dr. Custódio Guimarães, facultativo de reconhecido valor, desfrutou igualmente de merecido prestígio e consideração.

Francisco de Sousa Nazareth, Luiz A. Correia da Cunha, fundador da Casa "Ao Preço Fixo"; José Maria Teixeira de Barros, Valentim João Pereira, Firmino F. Leão de Moura, Custódio Tavares da Silva, despachante aduaneiro e vice-cônsul de Portugal; com. João e Antonio Lourenço da Silva, muito destacados no comércio; José Antônio da Fonseca, José Ribeiro dos Santos, Vitorino Abrunhosa, Antônio Alfredo Vaz Cerquinho, alto funcionário do café; Viriato Diniz Corrêa da Costa e Eduardo Corrêa da Costa, cujos filhos residem presentemente em Santos;

Manoel da Rocha, que prestou, como muitos outros, destacados serviços à Beneficência; Joaquim Pedro dos Santos, fundador da Casa Pedro dos Santos; Antônio Marques Bento de Sousa, grande comerciante; José Antônio da Fonseca, José Ribeiro dos Santos, Joaquim Pires Teixeira Bastos, Augusto Pereira de Morais, irmão do visconde de Morais, e que mais tarde, regressando a Portugal, herdou o título de barão de Gouvinhas; José Ferreira Leão de Moura, Antônio Maria Coimbra, comissário de café; Miguel Francisco Ferreira, Joaquim da Costa Andrade, Manoel de Jesus Belmarco, José Antônio Ferreira Peixoto, Daniel José Rodrigues, comissário de café; José Henrique Bastos, Manoel Joaquim Ferreira Leão, Joaquim de Abreu de Lima Pereira Coutinho, Manoel José Barreiro, Manoel Joaquim Ferreira Neto;

Francisco Portuense Machado dos Reis, homem dotado de apreciável cultura, possuindo uma notável biblioteca, ao qual deve muitos serviços a Sociedade Humanitária dos Empregados no Comércio; Francisco Máximo de Oliveira, José Gomes de Oliveira Carneiro, Manoel Lourenço da Rocha, Antônio de Pinho Brandão, Albino Guimarães, Manoel Alves da Silva, que foi vice-cônsul de Portugal; Antônio dos Santos Coelho Germano, Albano Côrte Real, Tomás Souto Correia, Manoel Gonçalves Peixoto,

José Teodoro dos Santos Pereira (este nome merece um registro especial, pelo papel preponderante que teve durante a campanha da abolição. Vulgarmente conhecido pelo apelido de Garrafão, ele auxiliou muitos negros foragidos, transportando-os de Piassaguera ao quilombo do Jabaquara);

Joaquim Teodoro dos Santos Pereira, Manoel Joaquim Ferreira de Sousa, comendador Joaquim Soares Gomes, Antônio de Freitas Guimarães, destacado negociante, e que foi sogro de Júlio Conceição; comendador Manoel Pereira da Rocha Soares, vice-cônsul; Matias Costa, que foi um dos mais fortes negociantes e proprietários urbanos. Proprietário de quase todos os terrenos da Vila Matias, concorreu para a abertura da Avenida Ana Costa, que tomou o nome de sua esposa, e para a extensão da primeira linha de bondes para o hoje popularíssimo bairro.

Vicente Teixeira Marques, comissário de café; Manoel Lopes Leal, Silvino Alves Corrêa, Manoel Aires Lemos Marinho, Antonio Pereira de Carvalho, grande capitalista, cuja esposa, ainda viva, d. Constança Pereira de Carvalho, tem se destacado por vultosos donativos às instituições de caridade; Manoel Ferramenta da Silva, abastado proprietário; João Martins e Augusto Domingos Maia, industriais;

José Serafim Cardoso, que foi intendente municipal; Eduardo Domingos da Luz, construtor; João Domingues de Sousa, construtor; Manoel Antunes Roque Bastos; irmãos Ferreira da Silva, comendador Manoel Dias Anastácio e seus irmãos Pedro e José; Antônio Pais da Costa, industrial e comerciante; Manoel Marques Ferreira, comerciante; Manoel José Martins Patuska, Bernardo José de Araújo, Manoel Gomes de Sá, Manoel José Ferreira, Raimundo Gonçalves Corvelo, Antonio Nicolau de Sá, avô do sr. Armando de Sales Oliveira, ex-presidente do Estado de S. Paulo;

Cândido e Adrião Luiz Esteves, irmãos João, Antônio e Joaquim Pinto da Silva Ferreira, Eduardo e José Avelino da Veiga Machado, Luiz Marques Gaspar, José Júlio da Silva, Antônio José da Silva Bastos, José Alberto Casimiro da Costa, conselheiro; Boaventura Rodrigues de Sousa, Manoel Curado Gonçalves, Justino Joaquim Ferreira, Manoel Alves Neto, João Martins Ferreira, Tomás Marques, que foi interinamente vice-cônsul; Manoel Carneiro Neto, Antônio João de Moura, José de Paiva Magalhães, Luiz Bernardo Lopes, Manoel Joaquim Pinto, popularmente conhecido por "Manduca";

João da Silva Monteiro, Joaquim da Silva Pinto, Cesário Neves, Alexandre de Melo Faro, do alto comércio; Antônio J. Monteiro Morgado, Amaro Antunes Ferreira, José M. de Pinho Araújo Tavares; José de Azevedo Lage, Artur da Silva Castro, José Antônio Figueiredo, personalidade de destaque nos círculos comerciais e intelectuais; Alfredo Raul Ferreira, Avelino Fernandes Rodrigues, Antonio Gonçalves Peixoto, Antônio Jacinto Proença, Tomás de Aquino Henriques, Alberto Grandal Soares Rodrigues, José Rodrigues Coelho, Manoel Joaquim Ferreira de Sousa, Antônio M. de Sousa Santos, José Antônio de Araújo, corretor de café;

José de Araújo Vasconcelos Alvim, que foi agente da S. Paulo Railway durante muitos anos; Lino Henriques Bento de Sousa, conde de São Tiago de Lobão; Zeferino Lourenço Martins, barão de Lourenço Martins, que além de destacado comerciante, foi vice-cônsul de Portugal; Augusto Mendes Guimarães, Eleutério de Morais Sarmento, que também exerceu as funções de vice-cônsul de seu país;

Jacinto Feliciano Pimentel, corretor de café; José Rodrigues Junot, comendador Manoel Fins Freixo, que foi um grande impulsionador do teatro e do cinema, de que foi um dos maiores empresários em Santos, chegando a reunir sob seu controle todas as casas de diversões da cidade. Desenvolveu grande atividade social, tendo sido um abnegado colaborador da Irmandade da Santa Casa.


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