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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - BOMBEIROS
Apagadores de incêndios na Rua Fresca (1)

Era o antigo nome da Rua Bittencourt, onde está o quartel dos bombeiros...

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Texto divulgado em página Web, em 1998, pela Prefeitura Municipal de Santos:

Sede dos Bombeiros
O quartel da Rua Bittencourt, em 1998
Foto publicada com a matéria

O atual quartel do Corpo de Bombeiros, entre a Rua Bittencourt e a Avenida Senador Feijó, foi inaugurado em 7 de setembro de 1909. O prédio, em estilo eclético, foi projetado por Maximiliano Emílio Hehl, o mesmo engenheiro responsável pela construção da Catedral de Santos. Um projeto de restauração está sendo elaborado por estudantes de Engenharia da Universidade Santa Cecília, para que ele volte a apresentar as características originais.

Quando foi criado por lei municipal, em 24 de fevereiro de 1890, o Corpo de Bombeiros de Santos tinha um efetivo de dez soldados, que combatiam os incêndios com algumas mangueiras, bombas manuais, baldes e machadinhas. Muitos anos e equipamentos depois, em 1947, a corporação passou a fazer parte da Força Pública do Estado, tornando-se uma organização militar. Em 75, passou à atual denominação, 6º Grupamento de Incêndio, que presta atendimento a todas as cidades do Litoral Paulista, não apenas enfrentando o fogo, mas também efetuando resgates e salvamentos, terrestres e aquáticos.

A pedra fundamental do edifício-sede foi lançada em 9 de junho de 1907. Coube ao engenheiro Francisco Saturnino de Brito colocar sobre ela a primeira pá de cimento. Quase 60 anos depois, em homenagem ao Corpo de Bombeiros, foi feita na Cidade uma campanha de arrecadação de fundos para a instalação de um monumento - a pirâmide de granito executada pela Marmoraria União - com uma placa descerrada em 26 de janeiro de 63. O marco está na praça em frente ao quartel, que leva o nome do Tenente Mauro Batista Miranda, oficial bombeiro morto no cumprimento do dever, em novembro de 1957.

Sobre essa corporação, que é parte do efetivo da Polícia Militar, assim se refere o pesquisador Fernando Martins Lichti, em sua Poliantéia Santista (ed. Prodesan, Santos/SP, 1996, conjunta com a História de Santos, de Francisco Martins dos Santos, volume 3):


Ato de lançamento da pedra fundamental do quartel junto ao Monte Serrat, em 9/6/1907
Foto publicada com a matéria

Corpo de Bombeiros de Santos
(6º Grupamento de Incêndio)

Durante o Império, a Câmara Municipal de Santos, a 9 de outubro de 1885, tomava a iniciativa de criar o Corpo de Bombeiros Voluntários, para servir à Cidade, funcionando a partir dessa data.

Quanto à fundação efetiva do Corpo de Bombeiros ou Serviço de Extinção de Incêndios - como corporação regular - são indicadas as datas de 20 de fevereiro e 24 de fevereiro de 1890 e, ainda, a de 26 de julho de 1894. Parece, entretanto, que elas se referem à organização ou reorganização regular e normativa do antigo Serviço de Extinção de Incêndios, criado anteriormente, já que, em algumas ocasiões, o serviço ficou temporariamente inativo - talvez pelo seu caráter de serviço formado por voluntários.

A 20 de setembro de 1899 era criada a Banda do Corpo de Bombeiros, sob regência do alferes Aurélio da Silva Prado, fazendo a sua primeira apresentação no dia 5 de outubro desse ano. A partir de então, passou a tomar parte em todas as festividades da cidade, atuando inclusive em outros municípios do Estado.

Com a incorporação do Corpo Municipal de Bombeiros à Força Pública do Estado de São Paulo, em 4 de fevereiro de 1947, parte dos seus músicos ingressou na Banda do 6º Batalhão de Caçadores (hoje 6º BPM/I).

No ano de 1969, o Corpo de Bombeiros foi novamente incorporado, desta vez à Polícia Militar do Estado de São Paulo. Depois de diversas transformações e mudanças de denominação, foi em 1975 que, finalmente, passou a denominar-se 6º Grupamento de Incêndio, sendo o seu efetivo elevado para 720 homens.

Com o aumento das atividades e responsabilidades da corporação - ainda na época em que era Corpo Municipal de Bombeiros - ganhou quartel próprio, no local conhecido na época por Duas Pedras, hoje Bairro de Monte Serrate. Deu-se a 9 de junho de 1907 a cerimônia de lançamento da pedra fundamental, quando era intendente municipal o tenente-coronel Carlos Augusto de Vasconcelos Tavares. Na cerimônia foi utilizada uma colher de prata com esta inscrição: "Assentamento da primeira pedra do quartel do Corpo de Bombeiros. Câmara Municipal 1905-1907".


Primitivo quartel do 6º BPM/I
Foto publicada com a matéria

A mudança para o novo quartel aconteceu a 26 de agosto de 1909 e a inauguração oficial verificou-se a 7 de setembro do mesmo ano. Esse quartel, até hoje, serve ao Corpo de Bombeiros e está localizado na Praça Mauro Batista de Miranda (na confluência da Av. Senador Feijó com a Rua Bittencourt).

Novas instalações foram inauguradas, ampliando o raio de ação do grupamento, como o Núcleo de Formação de Soldados, em 1975, e o Destacamento de Bombeiros de Guarujá (do mesmo ano); os Postos de Salvamento de Praia Grande - 1976; os de São Vicente e Cubatão, inaugurados a 15 de dezembro de 1976; Posto de Bombeiros da Zona Noroeste de Santos - 1976; do Paquetá, no cais do Porto de Santos - 1977; e o da Cidade de Registro, inaugurado no mesmo ano.

O atual território sob a responsabilidade do 6º Grupamento de Incêndio cobre as seguintes cidades paulistas: Santos, São Vicente, Guarujá, Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém, Peruíbe, Pedro de Toledo, Miracatu, Iguape, Juquiá, Registro, Sete Barras, Jacupiranga, Eldorado Paulista, Pariquera-Açu e Cananéia.

São as seguintes as atribuições do grupamento: combate a incêndios e prevenção, salvamentos terrestre e aquático, prevenção e salvamento de praias, salvamentos marítimos e serviços extraordinários, entre os mais destacados dentre as inúmeras tarefas que cumpre servindo à comunidade.

Dentre as suas destacadas atividades, ressaltadas: a sua atuação durante o furacão de 1º de maio de 1915; durante a epidemia de "gripe espanhola", de 1918; no grande incêndio dos armazéns da Companhia Docas de Santos, em 1919; no desastre do funicular do Morro da Nova Cintra, em 29 de maio de 1922; na catástrofe do Monte Serrate, onde houve deslocamento de barreira, no dia 10 de março de 1928; no incêndio dos depósitos de combustível no bairro Chico de Paula, em 1930; no incêndio ocorrido no porto a 15 de novembro de 1941; no incêndio do petroleiro Cerro Gordo, no dia 24 de janeiro de 1951; no desabamento parcial do Morro do Marapé, 1º de março de 1956; no incêndio do cais do Saboó, em 22 de janeiro de 1957; na explosão do gasômetro, a 9 de janeiro de 1967; e nos desabamentos de morros ocorridos a 20 de fevereiro de 1967, entre outros acontecimentos trágicos que poderiam ser mencionados, onde a atuação dos bombeiros evitou males maiores, com risco da própria vida.


Quartel do 6º BPM/I, inaugurado a 17 de julho de 1950, na Av. Coronel Joaquim Montenegro, 282
Foto publicada com a matéria

Chefes e comandantes, do Corpo Municipal de Bombeiros ao atual 6º Grupamento de Incêndio - De fevereiro de 1890 até hoje (N.E.: 1996), foram os seguintes os seus comandantes: chefe José de Souza Ramos, tenente Levino Locio Pires, alferes Fábio Paulista de Carvalho, tenente Gustavo Sulzer, tenente Benedicto Ottoni, capitão Emílio Sayão de Carvalho, capitão Manoel Alexandre da Silva Júnior, capitão Antônio José Rodrigues Monteiro, tenente Francisco Hildebrando de Moura, capitão José Martiniano de Carvalho, capitão Gustavo Sulzer, major João Pedroso de Oliveira, major Alípio Ferraz, capitão Inocêncio da Costa Cruz, capitão Armínio de Melo Gaia, capitão José Limongi França, capitão Paulo Marques Pereira, major Antônio Braga, major Thiago Villaverde Prior, major Newton Pereira da Silva, tenente-coronel Jonas Flores Ribeiro Júnior, major PM Luiz Sebastião Malvásio, major PM Sebastião Catai, tenente-coronel PM Hélio Barbosa Caldas, tenente-coronel PM Waldemar Indalécio Júnior, coronel da reserva da PM Sebastião Catai, coronel da reserva da PM Nilauril Pereira da Silva, coronel da reserva da PM Vlademir de Oliveira Reis, coronel da reserva da PM Norival Gonçalves, coronel da reserva da PM José Carlos da Fonseca, coronel da reserva da PM Arnaldo Ferreira Barreto e, atualmente, o comandante do 6º Grupamento de Incêndio é o tenente-coronel PM Lisias Campos Vieira.

Santos dispõe, em 1996, de quatro postos de bombeiros, distribuídos estrategicamente no município, sendo um, o quartel de comando, no centro da Cidade; outro posto de bombeiros na Zona Noroeste, o posto de bombeiros do Cais, no Paquetá, e o quartel da manutenção na Vila Nova.

Para melhor atender ao serviço de busca e salvamento aquático, em toda a faixa litorânea paulista, em 27 de dezembro de 1985 foi criado o Terceiro Grupamento de Busca e Salvamento, sendo que, para a formação dessa nova unidade, foi utilizada parte do efetivo do 6º Grupamento de Incêndio. Também parte de suas atribuições foi desmembrada e transferida ao 3º Grupamento de Busca e Salvamento.

A atual sede do 6º GI, quartel de origem centenária, teve grande importância na descentralização do serviço de bombeiros em toda a Baixada Santista.

Para viabilizar a realização dos serviços nos diversos municípios litorâneos, foram firmados convênios entre eles e o Estado, através da Secretaria de Segurança Pública.



Bombeiro Carlos Galante, fardado, em uma cerimônia
Foto enviada a Novo Milênio por Carlos Galante em 23 de maio de 2008

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