1999
Ano chega já com livro eletrônico
e computador de vestir
Produtos de ficção
científica estão disponíveis no mercado
Há
muito pouco tempo, nem a ficção científica sonhava
tão alto. Ainda há menos de dois anos, a expectativa é
de que surgissem no início do próximo século/milênio.
Mas a evolução tecnológica supera as previsões
e já coloca no mercado produtos como o wearable computer
(computador de vestir) e o electronic book ou e-book (livro
eletrônico).
O primeiro wearable
computer disponível no Brasil é o Logger Astronauta,
um Pentium de 133 MHz com Windows 95, com teclado preso ao pulso, CPU no
cinto e monitor/microfone na cabeça do usuário, distribuído
pela Logger Informática.
O único empecilho à popularização é
o preço, salgados R$ 16 mil. Mas, a tradição do setor
indica que em pouco tempo a redução de custo será
significativa, dando a oportunidade do equipamento de fato começar
a circular nas nossas cidades.
Já o livro eletrônico
chega em uma versão diferente da proposta pelos pesquisadores do
Massachussets Institute of Technology, o MIT norte-americano. Enquanto
eles planejam um livro como os atuais, com
folhas de papel comum (o que muda é a tinta, polarizável,
mudando de cor para formar as letras sob o comando de um chip embutido
na lombada, e que pode ser carregado com milhares de obras via Internet),
a versão colocada no mercado pela NuvoMedia norte-americana se assemelha
a um notebook, mas sem teclado e com o display colocado no
corpo da peça, em vez de utilizar uma tampa móvel.
O Rocket-ebook,
lançado no mercado norte-americano por menos de US$ 500, já
motivou uma das maiores livrarias virtuais dos Estados Unidos, a Barnes
And Noble, a criar uma "prateleira" na Web apenas para títulos de
obras eletrônicas que podem ser compradas pela Internet para esse
aparelho. Confira.
Bug e prédios
– O ano da caça ao Bug do Milênio (N.E.:
1999) também vai se destacar por uma novidade que começa
a interessar muito para arquitetos, engenheiros e construtoras. Eles já
estão se convencendo de que para se construir uma casa ou um prédio,
mesmo que com fins residenciais, já não basta ter em mãos
as plantas arquitetônica, hidráulica e elétrica. As
novas necessidades trazidas pela telemática (casamento da informática
com as telecomunicações) obrigam à criação
de uma planta telemática, com previsão para a passagem de
cabos telefônicos ou de fibra ótica, pontos para instalação
de câmeras e sensores, sistemas de computação que permitam
tornar os edifícios inteligentes.
Está acabando o tempo em que
se podia pensar nisso depois, já que bastava uma tomada de energia
e um ponto de conexão à rede telefônica. 1999 deverá
ser marcado pela expansão dos edifícios inteligentemente
gerenciados, em que se pode até controlar por voz os equipamentos
elétricos, ou deixar tudo programado para que as luzes se acendam
e as portas se abram quando o dono da casa chega, por exemplo. Ou ele poderá,
via Internet, ver de qualquer lugar do mundo se os filhos estão
comportados, se há alguma mensagem na secretária eletrônica
de sua casa etc.
Informática voltará
ao tema em janeiro, com mais detalhes.
E, para quem imagina que isso só aconteça por enquanto nos
Estados Unidos ou em outro país altamente desenvolvido, é
bom saber que já existem empreendimentos assim sendo planejados
na Baixada Santista mesmo...
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