HISTÓRIA DO COMPUTADOR - 10 - O futuro que vem aí
Estes computadores são para vestir!
Pesquisadores mostram nos EUA a próxima geração dos micros
Devido ao interesse dos leitores pela matéria sobre o futuro do
computador, vamos apresentar nas próximas edições, com mais detalhes, os avanços da tecnologia da computação que estão sendo concebidos nos laboratórios
de pesquisas. Começando pelos computadores que podem ser vestidos como uma roupa, estudados no Media Lab do Instituto de Tecnologia de Massachusetts
(MIT), nos Estados Unidos, que tem os detalhes, e que em outubro de
1997 foram objeto de um curioso desfile de moda em Cambridge (EUA). No
mesmo endereço, há o convite para a próxima mostra, o Second International Symposium on Wearable Computers, a se realizar em outubro de 1998 em
Pittsburgh, na Pennsylvania (EUA).
Novos equipamentos estão sendo testados pelos pesquisadores
do MIT nos EUA
Os pesquisadores partem da idéia de que, da mesma forma que os relógios de pulso, também
poderemos usar coletes, sapatos e outras peças de roupa “inteligente”, como um belo anel de cristal que brilha no dedo conforme se alterem as batidas
cardíacas ou a pressão de seu portador, ou um contador de passos embutido num tênis, que transmitiria os dados por rádio para um computador (para se
monitorar o desempenho de um atleta).
Entre os equipamentos apresentados – que poderão estar disponíveis e até virar moda em
pouco mais de uma década – está H.E.R.M.E.S., uma roupa hermética que grava imagens e sons, edita e transmite para o mundo todo. Poderia ser usada por
um jornalista, para fazer uma reportagem no Continente Antártico, por exemplo. Uma criança, dentro de 20 anos, pode estar usando sapatos que se
transformam (metamórficos) e uma touca de bolinhas sensoras que giram, enquanto um museu japonês, dentro de oito anos, pode ter várias interfaces (de
idioma, por exemplo) para apresentar sua exposição aos turistas. Essas informações estão na
página Web do Media Lab, com fotos e trechos de vídeo MPEG detalhando alguns desses
equipamentos.
Dê uma olhada no MicroOptical Display...
Pílulas – A nanotecnologia, que estuda formas de se produzir equipamentos de
tamanho microscópico, já está permitindo, por exemplo, a criação de uma cápsula-termômetro que poderia ser engolida por um atleta de maratona,
permitindo monitorar à distância a temperatura do corpo. Nos tênis, um contador de passos transmite dados para um computador, e o atleta também teria
conexão com satélites do Sistema de Posicionamento Global (GPS – Global Position System), informando sua exata posição e velocidade no percurso, além de
transmitir esses dados para uma home-page da Internet. No peito, o atleta teria ainda um minúsculo eletrocardiógrafo. Pílulas, implantes ou equipamentos
vestidos poderiam ajudar o usuário a controlar o colesterol ou a quantidade de açúcar no sangue, por exemplo.
Um anel – que na apresentação em Cambridge era um broche de brilhantes e rubis, avaliado
em US$ 500 mil e aparentemente uma jóia comum de enfeite – pode ser conectado a um sensor de batimentos cardíacos, fazendo os rubis cintilarem
(piscarem) no mesmo ritmo do coração. Um beijo cinematográfico, por exemplo, poderia fazer os rubis piscarem de forma bastante intensa, revelando a
intensidade da paixão da usuária do anel...
Um brinco bastante indiscreto...
É fácil imaginar como todos esses avanços da computação poderiam facilitar a vida de uma
pessoa com problemas de saúde ou idosa: vestindo essas roupas adaptadas, ela poderia passear em segurança (qualquer alteração perigosa dispararia um
alarma em um centro de controle médico, que também poderia localizá-la instantaneamente graças ao GPS), em vez de ter de permanecer imobilizada numa
cama para controle de pressão, temperatura ou batimento cardíaco. |