Rua do Rosário (João Pessoa), cerca de 1920
Foto: coleção Laire Giraud
"Prefiro não dizer como era esta cidade há apenas 30
anos, quando a visitei pela primeira vez. Hoje, ela ergue-se soberba sobre o litoral do Atlântico e belos edifícios, palácios modernos e monumentos
arquitetônicos surgem alinhados em ruas retificadas e ensolaradas como as das cidades marítimas mais reputadas da Europa. Os estrangeiros que
visitam Santos manifestam marcada preferência pela Rua XV de Novembro, ladeada de edifícios de construção recente,
grandes hotéis, luxuosos restaurantes e movimentados cafés.
"A população não soma menos de cem mil habitantes, sem contar a população de passagem,
aquela que de manhã invade Santos para seus negócios e retorna à tarde a São Paulo ou outras cidades vizinhas. Assim se explica a vida movimentada e
atarefada que mantém em contínua efervescência esta cidade marítima e comercial.
"A região situada entre a parte urbana e a suburbana não está inteiramente edificada.
Na verdade, muitas ruas têm sido abertas recentemente, em várias direções, dando origem aos bairros populosos do Paquetá,
Macuco e Vila Mathias, onde as construções visam principalmente às necessidades da classe
média e do proletariado. Por outra parte, as avenidas e praias atestam, pela ostentação graciosa de seus hotéis e suas vilas modernas, o ímpeto
progressista que vem transformando vertiginosamente esta velha cidade."
Rua do Comércio em 1922
Foto: cartão postal nº 315 da Union Postale Universelle -
Estados Unidos do Brasil
Imagem cedida a Novo Milênio pelo historiador Waldir Rueda
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