Rebatizada em 23/12/1930 como João Pessoa, por exigência dos
trabalhadores portuários (que fizeram passeata e chegaram a trocar várias placas denominativas), após o assassinato desse líder político paraibano,
a tradicional Rua do Rosário era antes conhecida como Rua nº 28 e até como Cubatãozinho, por acharem-na parecida com Cubatão na época.
Foi aberta em 1817, começando no Largo do Rosário (atual
Praça Rui Barbosa), perto da Igreja do Rosário dos Pretos (que estava ainda em obras naquele ano), e seguia até a Rua
Josefina (atual Constituição).
Por ela passava o Ribeiro do Carmo e, além de 33 casas no total, tinha extenso
matagal no início do século XIX. Uma vala extensa, sempre cheia de águas miasmáticas, levou o vereador Inácio Wallace da Gama Cócrane a solicitar,
na sessão da Câmara Municipal de 4/5/1865, que tal vala fosse aterrada, com algumas camadas de cascalho. O serviço custou 502$100 aos cofres
públicos e em 17/1/1868 a via já estava aterrada, conforme comunicação feita pelo Inspetor de Obras, Antonio Ferreira da Silva Júnior (Visconde de
Embaré).
Foto: coleção
Laire José Giraud
Estas imagens foram tomadas por volta de 1920, quando já circulavam por ali os
bondes elétricos, junto com os primeiros carros. Nessa época (em 18/6/1919), chegou a ser debatida na Câmara a mudança do nome da via para Duque de
Caxias.
A foto acima, com os morros ao fundo, foi tomada em perspectiva inversa à da imagem
abaixo:
Foto: coleção
Laire José Giraud
Ligando os dois pólos de urbanização da cidade no século XIX (Valongo e
Quartéis, hoje Paquetá), a Rua do Rosário se tornou uma das vias de trânsito mais intenso que compõem o Centro santista.
Tanto que, em agosto de 1971, precisou ser alargada, com a demolição de inúmeros imóveis no trecho entre as ruas Riachuelo e D. Pedro II (esse
alargamento já estava feito então nos trechos até a Praça Rui Barbosa e até a Rua Martim Afonso). De junho de 1977 a dezembro de 1978, foi
completado o alargamento, até a Rua João Otávio, junto ao porto. |