HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS
Histórias do comércio do café
Na
metade final do século XIX, a monocultura cafeeira começou a mudar o panorama econômico brasileiro, surgindo uma nova classe política, a dos barões do
café. Porém, parte importante desse crescimento dependeu de financiamentos, pois havia que esperar até seis anos para que o pé de café começasse a
produzir, e era necessário capital para todos os investimentos iniciais, bem como para ampliações e para resistir à flutuação dos preços internacionais.
Esse dinheiro estava geralmente nas mãos das casas comissárias, que de meras intermediárias entre produtores e
importadores, ganharam grande força econômica com as operações de comércio, tanto no financiamento aos fazendeiros como na compra antecipada de safras,
e principalmente na cuidadosamente balanceada mistura dos grãos de café de diferentes fazendas, formando os chamados cafés blended de qualidade
padronizada, que obtinham melhores cotações no mercado mundial.
Tais firmas se concentravam principalmente em Santos, para onde convergiam os cafés
transportados pelas ferrovias, onde se situavam os armazéns que estocavam o produto, bem como ficavam os especialistas em degustação/classificação dos
cafés, e de onde o produto partiria por mar com destino aos importadores europeus e norte-americanos.
Veja: |
[01]
Reminiscência de um velho comércio |
[02]
Cafés coloridos |
[03]
A primeira saca exportada (1844)/A saga de Theodor Wille |
[04]
Os folclóricos corretores de café |
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Degustador de café em seu trabalho,
junto à tradicional mesa redonda da classificação dessas bebidas
Foto: reprodução de folheto de divulgação turística
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