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SANTOS DE ANTIGAMENTE
Avenida Taylor, em 1915
Durante vários anos, figurou nos mapas santistas uma então futura Avenida Taylor, que acabou sendo aberta com o nome de Avenida Rodrigues Alves. Esta foto é de 1915:


Foto enviada a Novo Milênio por Ary O. Céllio, de Santos/SP

Sobre esse local, citou o falecido jornalista Olao Rodrigues, na obra Veja Santos! (segunda edição, Santos/SP, 1975, edição do autor):

Rodrigues Alves (Conselheiro)
Avenida. Bairros: Encruzilhada/Macuco
Localicada entre a Av. Conselheiro Nébias e a Rua Almirante Tamandaré

Tinha o nome de Avenida Taylor, nome de cidadão português, da cidade de Porto - Antonio Iglezias da Silva Taylor - que doou faixa de terras para abertura da artéria, bem como grande terreno onde se instalou a atual sede do antigo Asilo de Órfãos. Sua substituição para Conselheiro Rodrigues Alves foi indicada pelo vereador João Manuel Alfaya Rodrigues Júnior e assinalada no Parecer nº. 142, da Comissão de Justiça e Poderes, aprovado pelo Plenário da Câmara Municipal, na sessão realizada a 18 de junho de 1919.

Incorporada à Planta sob nº 124, foi oficializada pela lei nº 647, de 16 de fevereiro de 1921, que entrou em vigor a 1º de janeiro de 1922, do prefeito municipal, coronel Joaquim Montenegro.

Na sessão da Câmara Municipal de 6 de maio de 1903, presidida pelo sr. Francisco Correia de Almeida Morais, foi aprovado o Parecer nº 27, da Comissão de Obras e Viação, que se manifestava favoravelmente à petição de 22 de abril daquele ano pela qual moradores de Vila Macuco solicitavam melhoramentos em diversas vias públicas do bairro, sobretudo a Avenida Taylor, "que se torna intransitável em ocasiões de mau tempo".

Quando ainda se denominava Avenida Taylor, a artéria foi objeto da lei nº 262, de 8 de maio de 1907, promulgada pelo sr. Francisco Correia de Almeida Morais, presidente da Câmara Municipal, que declarou de utilidade pública os terrenos necessários ao prolongamento da via pública, "entre a Avenida Conselheiro Nébias e o Marapé".

Francisco de Paula Rodrigues Alves nasceu em Guaratinguetá, São Paulo, a 6 de junho de 1848 e faleceu no Rio de Janeiro em 1919. Bacharelou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo e destacou-se também como jornalista de talento, fundando com Afonso Pena a Imprensa Acadêmica e União Conservadora, representando seus discursos grandes avanços literários. Entre os cargos que ocupou: vereador, juiz de paz, promotor público e juiz municipal e de órfãos em Guaratinguetá; deputado provincial, reeleito em sucessivas legislaturas; deputado geral; deputado à Constituinte de 1890 e à primeira legislatura ordinária do Congresso Nacional, de 1891-1893; presidente do Estado de São Paulo; ministro da Fazenda nos governos de Floriano Peixoto e de Prudente de Morais; senador por duas vezes e presidente, novamente, do Estado de São Paulo.

A 15 de novembro de 1902 substituiu Campos Sales na presidência da República, terminando o mandato em 1912. Governou o Estado de São Paulo pela terceira vez e, no período de 1916 a 1918, voltou ao Senado da República. Em 1918 foi eleito presidente da República, embora seu estado de saúde não permitisse assumir o elevado cargo, falecendo no ano seguinte, em 1919, sendo seus restos mortais removidos para Guaratinguetá, sua terra natal.

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