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SANTOS DE ANTIGAMENTE
Capela do Carvalho (Jesus, Maria, José)
Situada no antigo Largo dos Gusmões, defronte ao armazém 2 do cais santista, a Capela do Carvalho ou Igreja de Jesus, Maria e José, ou ainda capela do Terço, chegou a ser alvo de equívocos de localização. Em ruínas, foi demolida em 1902 pela então Intendência Municipal, em função das obras de construção do porto, sendo seu terreno adquirido dois anos depois pela firma Zerrener, Bülow & Cia. Aqui, é vista em 1865, em foto de Militão Augusto de Azevedo:


Foto publicada no suplemento A Escolinha do Diário Oficial de Santos, 28/8/1971

A mesma cena, em foto da Coleção Arnaldo Aguiar Barbosa:


Foto da Coleção Arnaldo Aguiar Barbosa, publicada no jornal Cidade de Santos em 16/1/1983
(aqui, reprodução direta do copião fotográfico original do jornal)

Outra cópia dessa imagem:


Imagem (albúmen com 11,5 x 17,4 cm, Acervo Instituto Moreira Salles) reproduzida no livro Santos e seus Arrabaldes - Álbum de Militão Augusto de Azevedo, de Gino Caldatto Barbosa (org.), Magma Editora Cultural, São Paulo/SP, 2004

Sobre esse local, escreveu o arquiteto Gino Caldatto Barbosa, no livro Santos e seus Arrabaldes - Álbum de Militão Augusto de Azevedo, em 2004:

"Construída no final do século XVIII pelo coronel José Antônio Vieira de Carvalho, a capela, em invocação de Jesus, Maria e José (José da Costa e Silva Sobrinho, Santos Noutros Tempos, in: São Paulo: Revista dos Tribunais, 1953, pág. 68) ficava em frente ao mar, junto ao Ribeirão de São Jerônimo. Conhecida também como Capela do Carvalho ou do Terço, recebeu ainda a distinta denominação de Capela de Nossa Senhora da Conceição numa planta de Santos de 1798 (Nestor Goulart Reis, Imagens de Vilas e Cidades do Brasil Colonial. São Paulo: Edusp: Fapesp: Imprensa Oficial do Estado, 2000, p. 201).

"Demolida em 1902, a tipologia afirmava a feição predominante da arquitetura religiosa do litoral, cuja torre sineira nunca se completou. A posição à frente da linha portuária, numa área de aterro sobre as águas do estuário, conferia ao edifício certo destaque no contorno da cidade.

"O aspecto peculiar e bucólico do corpo saliente da capela atraiu as atenções de William Burchell, que, em 1826, realizou uma perspectiva do trecho feita do pontilhão ao lado do Ribeirão de São Jerônimo. Anos mais tarde, Militão de Azevedo se interessou pela mesma vista, registrando uma seqüência panorâmica, com junção de diversas tomadas do porto, que rompia as limitações do enquadramento inerente à fotografia avulsa, tratando assim a composição com a liberdade que o desenho oferecia".

O desenho de William John Burchell, feito em 1826, e que teria inspirado o fotógrafo Militão:


Imagem: reprodução do trabalho de Gilberto Ferrez: O Brasil do Primeiro Reinado Visto pelo Botânico William John Burchell, 1815/1829. Rio de Janeiro, Fundação João Moreira Salles/Fundação Nacional Pró-Memória, 1981

Na edição comemorativa dos 75 anos do jornal A Tribuna, em 26 de março de 1969, foi publicada esta foto da capela, a mesma que consta no livro Os Andradas, de Alberto Souza, publicado em 1922, com a descrição de ser a foto datada de 1892:

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