BUG DO
MILÊNIO
Caos foi previsto com muita antecedência
Há
21 anos que o especialista norte-americano William David Kiss IV estuda
o problema e alerta as autoridades e os empresários, mas, naquela
época, o ano 2000 parecia muito distante para que alguém
mais se preocupasse com o assunto.
Muitos problemas poderiam ter sido
evitados se os produtores de computadores pessoais alterassem os chips
para suportarem datas com quatro dígitos. O custo seria de apenas
US$ 0,20 por computador. Porém, que empresário estaria disposto,
na época, a explicar aos acionistas que seu faturamento anual seria
reduzido com essa mudança? Só em meados de 1998 os primeiros
computadores começaram a ser produzidos incluindo processadores
isentos do bug do ano 2000.
Também seria bem mais simples
se as grandes produtoras multinacionais de software, antes de lançarem
seus produtos, fizessem uma varredura ampla nas linhas de código
para eliminar essas falhas nos programas. Porém, um computador isolado
de rede, apenas com Windows-98 e o MS-Office instalado há poucos
instantes, já contém em seu disco rígido cerca de
dez mil arquivos. Resultado: mesmo o recém-lançado Windows-98,
ao ser passado por um teste de compatibilidade, revela pelo menos onze
falhas - os arquivos de correção estão sendo disponibilizados
na Internet, mas para o internauta copiar todos os arquivos necessários
e fazer as alterações, serão pelo menos quatro horas
de trabalho por computador.
O primeiro processo na Justiça
Brasileira em função do Bug do Milênio já está
tramitando há alguns dias, em São Paulo. Todas essas empresas
vão ter agora de se explicar junto aos consumidores, principalmente
no caso dos produtos mais novos, desenvolvidos quando o problema do Bug
já era manchete nas publicações especializadas.
Como diz o especialista, não
adianta chorar: "Ninguém virá trocar suas fraldas". O conselho
é que cada um fique alerta e procure as soluções,
pois não serão os advogados e seus processos judiciais que
vão salvar sua empresa dessa tempestade. Esse é um assunto
para ser visto depois...
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Dez
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Verificação
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Governos
crêem que não alertar sobre o caos ajuda a evitá-lo |