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Publicado originalmente pelo editor de Novo Milênio no caderno Informática do jornal A Tribuna de Santos, em 2/2/1999.
Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 01/07/00 14:07:02
BUG DO MILÊNIO
Caos foi previsto com muita antecedência 

Há 21 anos que o especialista norte-americano William David Kiss IV estuda o problema e alerta as autoridades e os empresários, mas, naquela época, o ano 2000 parecia muito distante para que alguém mais se preocupasse com o assunto.

Muitos problemas poderiam ter sido evitados se os produtores de computadores pessoais alterassem os chips para suportarem datas com quatro dígitos. O custo seria de apenas US$ 0,20 por computador. Porém, que empresário estaria disposto, na época, a explicar aos acionistas que seu faturamento anual seria reduzido com essa mudança? Só em meados de 1998 os primeiros computadores começaram a ser produzidos incluindo processadores isentos do bug do ano 2000. 

Também seria bem mais simples se as grandes produtoras multinacionais de software, antes de lançarem seus produtos, fizessem uma varredura ampla nas linhas de código para eliminar essas falhas nos programas. Porém, um computador isolado de rede, apenas com Windows-98 e o MS-Office instalado há poucos instantes, já contém em seu disco rígido cerca de dez mil arquivos. Resultado: mesmo o recém-lançado Windows-98, ao ser passado por um teste de compatibilidade, revela pelo menos onze falhas - os arquivos de correção estão sendo disponibilizados na Internet, mas para o internauta copiar todos os arquivos necessários e fazer as alterações, serão pelo menos quatro horas de trabalho por computador. 

O primeiro processo na Justiça Brasileira em função do Bug do Milênio já está tramitando há alguns dias, em São Paulo. Todas essas empresas vão ter agora de se explicar junto aos consumidores, principalmente no caso dos produtos mais novos, desenvolvidos quando o problema do Bug já era manchete nas publicações especializadas.

Como diz o especialista, não adianta chorar: "Ninguém virá trocar suas fraldas". O conselho é que cada um fique alerta e procure as soluções, pois não serão os advogados e seus processos judiciais que vão salvar sua empresa dessa tempestade. Esse é um assunto para ser visto depois...

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