Oh, raios!
Carlos Pimentel Mendes
Editor
A cada
segundo, cerca de cem raios caem sobre a terra, produzidos por cerca
de duas mil tempestades, conforme dados do Lightning Imaging Sensor da NASA.
Com a dependência cada vez maior de computadores e redes de comunicação,
o mais antigo motivo de medo da Humanidade ganha uma nova razão.
Os raios já foram responsáveis até pelo lançamento
de um foguete norte-americano (aconteceu em 1987, na plataforma da ilha
Wallop, confessa a NASA). Mesmo os astronautas da Apollo 12 perderam por
algum tempo o controle da nave, devido a um raio que afetou os computadores
de bordo.
Mesmo em atividades mais comuns, até
uns oito anos atrás, um bom sistema de aterramento e um pára-raios
resolviam, quando as nuvens negras surgiam no céu. Na medida em
que os equipamentos microprocessados – computadores, equipamentos telefônicos
e de fax, televisores, fornos microondas, equipamentos para receber sinais
televisivos por cabo ou satélite - invadiram escritórios
e residências, a situação mudou radicalmente. O velho
pára-raios protege a estrutura física do prédio ou
da casa, mas não os aparelhos eletrônicos que estejam ligados
às tomadas, aos fios telefônicos, aos cabos de televisão
ou às antenas.
Veja
também, nesta série:
"Aterramento
das edificações no Brasil é simplesmente aterrador"
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