ABTA'2000 vai até 13/9 em
São Paulo
O presidente
da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Renato
Guerreiro, abriu no dia 11/9, às 9 horas, no hotel paulistano Transamérica,
o ABTA'2000 - Congresso e Feira Internacionais
de Telecomunicações. Organizado pela Associação
Brasileira de Telecomunicações por Assinatura (ABTA), o evento
prossegue até 13/9.
Maior congresso já realizado
no Brasil, reúne pela primeira vez grupos de mídia, os principais
articuladores da área de telecomunicações, agentes
reguladores de todo o mundo e as principais empresas mundiais de serviços
broadband.
Participaram da abertura do congresso
João Roberto Marinho, vice-presidente das Organizações
Globo; Roberto Civita, presidente do grupo Abril; Luiz Frias, presidente
do grupo Folha de S. Paulo; Reginaldo de Castro, presidente da OAB; Eduardo
Perestrelo Correia de Matos, presidente
da Portugal Telecom do Brasil e Jean Poirier,
vice-presidente de operações
da Bell Canada International. Eles debateram com Renato Guerreiro, da Anatel,
os novos rumos das telecomunicações numa perspectiva convergente.
O evento - A feira conta com
expositores nacionais e estrangeiros, além de usar business suítes
no Hotel Transamérica para facilitar a realização
de negócios. Todos os estandes da feira já haviam sido negociados
dois meses antes do início do evento. O encontro está promovendo
debates sobre os setores de telecomunicações e televisão
paga. As discussões giram em torno de cinco grandes temas: negócios
e finanças; tecnologia e novos serviços; conteúdo;
gerenciamento e operações e tendências internacionais
e políticas regulatórias.
Várias presenças inéditas
no Brasil estão sendo registradas no congresso, destacando-se, no
primeiro dia, a participação de Joice Chang, uma das mais
respeitadas diretoras mundiais do Chase, que falou sobre a visão
externa da economia brasileira.
No dia 12/9, Eddy W. Hartenstein,
vice-presidente executivo da Hughes Electronics (empresa que controla a
DirecTV norte-americana), fala sobre as últimas experiências
de TV interativa nos EUA. Por sua vez, Kent Daniel, diretor geral da Microsoft
para a América Latina na área de Internet TV, será
um dos debatedores do segundo painel e falará sobre os projetos
da Microsoft para integração entre TV e telecomunicações.
Também está prevista
para o dia 12 a palestra de Kip Meek, presidente da Spectrum Consultants,
uma das principais empresas de consultoria e planejamento estratégico
da Europa. Meek participou da formatação de fusões
e reestruturações entre as principais operadoras de telecomunicações
européias. Ele falará sobre as tendências internacionais
de convergência entre empresas e como os agentes reguladores estão
enfrentando estes desafios.
Janet Yale, presidente da CCTA, o
órgão regulador das telecomunicações do Canadá,
será uma das debatedoras do painel, apresentando os desafios de
regulamentar a convergência em seu país, que faz questão
de seguir um modelo diferente do norte-americano. Nesse mesmo painel fala
ainda Anthony Hewitt, diretor responsável pelo setor de TV a cabo
do órgão regulador das telecomunicações na
Inglaterra, a ITC. Ele relatará a experiência britânica,
uma das mais avançadas do mundo quando o assunto é convergência
entre TV a cabo e telecomunicações.
No dia 13, fala Rouzbeh Yassini,
conselheiro executivo do CableLabs (um dos principais consórcios
de pesquisa de novas tecnologias dos EUA). Yassini é respeitado
mundialmente por ser o inventor do cable modem. Um dos maiores especialistas
em tecnologias de transmissão de dados em alta velocidade, falará
das perspectivas comerciais para empresas de cabo e telecomunicações
com a digitalização das redes e uso do protocolo IP.
Também na quarta-feira haverá
a palestra de Richard B. Redding, vice-presidente da Excite Chello, a maior
empresa fora dos EUA de acesso e conteúdo broadband. A Excite Chello
tem mais de 13 milhões de assinantes com serviços banda larga
na Europa, América do Sul, América Central, Ásia e
Oceania. Recentemente fundiu-se à Excite num negócio de mais
de US$ 5 bilhões. Redding falará sobre os desafios de adaptar
a produção de conteúdo às diferentes mídias
e infra-estruturas de telecomunicações.
Além desses nomes, o Congresso
ABTA 2000 traz outros 60 profissionais dos setores de mídia, telecomunicações,
TV paga e TV aberta, que debaterão e apresentarão suas idéias
nos seis painéis, 12 seminários temáticos além
de dois seminários especiais promovidos em conjunto com a Anatel
e a SCTE (a principal associação de engenheiros de televisão
e telecomunicações dos EUA).
Somando todos os eventos, são
24 horas de palestras abordando temas como a desregulamentação
das telecomunicações; os desafios de democratização
das conquistas tecnológicas; a conjuntura macro-econômica
brasileira e mundial; os desafios para produção local no
Brasil; fontes de financiamento para empresas de TV paga e telecomunicações;
custo Brasil; os números estatísticos da TV por assinatura
no país; as novas estratégias de marketing e relacionamento
das empresas do setor; a integração entre o mercado de TV
paga e o mercado publicitário; as novas regras para o setor propostas
pela Anatel; interatividade; tendências internacionais; pirataria,
inadimplência e novas estratégias de vender TV paga; o valor
das redes e do assinante; gerenciamento de redes multisserviços;
acesso broadband à Internet; novos negócios para o mercado
corporativo; TV digital e novos serviços e os desafios para a produção
de conteúdo convergente.
ABTA - Criada em 1993, a Associação
Brasileira de Telecomunicações por Assinatura é uma
sociedade civil, de âmbito nacional, sem fins lucrativos, constituída
por empresas privadas e associações com atividades relacionadas
direta ou indiretamente com a prestação de serviços
de telecomunicações no regime de assinatura.
Tem como associados representantes
das operadoras (empresas proprietárias e/ou operadoras de centrais
de recepção, processamento, geração e retransmissão
do sinal para os assinantes); fornecedores de equipamentos e prestadores
de serviços (suprem equipamentos, material de instalação,
acessórios peças e materiais de manutenção);
programadores (atuam na compra de programação externa, adaptação,
produção e edição de programas) e sócios
aspirantes (empresas que ainda não atuam no setor representado pela
ABTA). A associação tem como compromisso, desde a sua fundação,
contribuir para o desenvolvimento e a profissionalização
da indústria das telecomunicações por assinatura no
país.
Veja mais sobre o evento em:
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