ABTA'2000
TV paga fatura R$ 1,15 bilhão
no 1º semestre
De janeiro
a junho de 2000, o mercado brasileiro de TV por assinatgura faturou R$
1,15 bilhão, o que representa 60,5% do faturamento bruto do setor
durante todo o ano passado. Os dados são do Panorama da Indústria
de TV por Assinatura encomendado à Pay TV Survey pela Associação
Brasileira de Telecomunicações por Assinatura (ABTA). O relatório
foi lançado no dia 11/9/2000, na abertura do ABTA 2000. A Pay TV
Survey faz também projeção para o número de
assinantes este ano: deve ficar entre 3,2 milhões e 3,541 milhões.
Segundo o estudo, a TV paga começa
a despontar como indústria com grande relevância econômica
para o País. O setor faturou em 1999 R$ 1,9 bilhão, apenas
se levando em consideração as operadoras e programadoras.
Essta é a receita total das operadoras com assinaturas (adesões),
mensalidades e outros, como venda de revista de programação
ou publicidade. Desse total, 25% em média é destinado à
compra de programação. Pode-se estimar, portanto, uma receita
das programadoras, apenas com assinaturas, de cerca de R$ 475 milhões.
O investimento total das operadoras
em 1999 foi de cerca de R$ 300 milhões. Além disso, a TV
paga também tem uma contribuição crescente na receita
dos fabricantes de equipamentos de telecomunicações e prestadores
de serviços como instalação, projeto e construção
de redes.
O setor de distribuição
de sinais de TV (operadoras) emprega diretamente cerca de 10 mil funcionários,
30% nas áreas técnica e de operação, 60%, nas
áreas administrativa e de vendas e 10% em instalação.
Cenários - A empresa
de pesquisa PTS realizou projeção para ano 2005 com cenários
pessimista, base e otimista. No cenário conservador, ou base, prevê-se
estabilidade econômica com crescimento médio do PIB de 3%
ao ano. As operadoras continuarão a balizar osinvestimentos pela
atratividade das localidades. Naquelas mais atendidas ou com renda e consumo
abaixo da média, os investimentos serão adiados.
As políticas adotadas para
a atração da classe C não têm conseguido elevar
sua participação no número de assinantes. Por isso,
sua adesão agora é prevista em 7% da base total de assinantes,
contra a previsão anterior de 10%. Mas ela continuará a merecer
atenção especial. Neste cenário, considerado o mais
provável, a PTS projeta, para 2005, uma base de clientes de 6,5
milhões.
No cenário pessimista, considera-se
que a economia crescerá anualmente em média 2%, nos próximos
anos. A evolução da TV paga depende, além do desempenho
da economia, da evolução da TV aberta. Quanto melhor a programação,
menos estímulo haverá para a entrada de novos assinantes,
sobretudo os da classe C.
Esse cenário considera um
baixo crescimento da quantidade de domicílios de maior renda (classes
A e B) e leva em conta o risco de um certo fracasso na tentativa de ampliar
a penetração na classe C, cuja participação
pode até crescer, mas com reflexos no nível de inadimplência
e no resultado final das empresas. Nesse quadro, a base de clientes deverá
atingir cerca de 6 milhões em 2005.
Finalmente, em um cenário
otimista, a economia crescerá de maneira relativamente rápida.
Haverá investimentos maciços nas operações
para prover diferentes serviços, além de transmissão
de programação de TV, para atrair novos clientes. Mesmo assim,
a classe C continuará com um índice de penetração
baixo (8%), igual ao registrado atualmente. Nesse cenário, a base
de assinantes ultrapassará 7 milhões em 2005.
Com relação ao faturamento,
os cenários apontados pela Pay TV Survey levam em conta a expansão
da base de assinantes e também as políticas de preços
a serem adotadas. Os preços para o segmento de satélite devem
continuar estáveis ou com pequena redução, mesmo no
cenário pessimista.
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