ABERT'2000
TV paga fatura R$ 2,9 bilhões
no País em 2000
Na cerimônia
de abertura do encontro ABTA'2000, no dia 11/9, o presidente da Associação
Brasileira de Telecomunicações por Assinatura (ABTA), Moysés
Pluciennik, traçou um quadro otimista para a indústria de
TV por assinatura no Brasil. Segundo ele, o faturamento do setor deve chegar
a R$ 2,9 bilhões este ano, com 100 mil novos assinantes de acesso
à Internet em banda larga. Pluciennik acredita que os assinantes
de banda larga saltem para 2 milhões em 2005 e os de TV paga cheguem
a 7 milhões.
"A industria de telecomunicações
por assinatura já investiu mais de US$ 3 bilhões desde que
começou a operar no Brasil no início da década de
90. Esperamos que, com as novas concessões e a convergência
tecnológica possamos aumentar substancialmente os investimentos
e o faturamento" afirmou Moysés.
Já o presidente do Conselho
Deliberativo da ABTA, Alexandre Annenberg, acredita que o grande desafio
do setor é disponibilizar os serviços de telecomunicações
para o maior número possível de usuários. Ele criticou
a carga tributária que incide sobre a TV paga, o que compromete
os planos de universalização. "Somos um dos países
que mais oneram suas telecomunicações com impostos, taxas,
contribuições, diretos e indiretos, que tornam os serviços
de telefonia de TV por assinatura, de Internet, dos mais caros do mundo".
Annenberg garantiu que é mais importante para o setor estimular
a melhor utilização das redes de telecomunicações,
maximizando seu uso, do que criar mais impostos.
O presidente da Anatel, Renato Guerreiro,
explicou a evolução das telecomunicações por
assinatura e lançou desafios para a indústria. Segundo ele,
é preciso promover a introdução dos serviços
de TV por assinatura em municípios de baixo potencial econômico,
estabelecer um nível de competição e universalização
maior, reordenar o setor de telecomunicações em face da convergência
tecnológica e estimular o desenvolvimento da produção
nacional.
Renato Guerreiro fez um desafio aos
técnicos e empresários presentes no painel de abertura da
ABTA: que no ano 2005 seja alcançada a marca de 16 milhões
de assinantes, o que representaria crescimento de 430% em cinco anos. Mas
o presidente da ABTA foi cauteloso, vinculando o crescimento do setor ao
crescimento da economia brasileira, "em torno de 4% ao ano no período".
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