Não foi pacífica a relação entre a
população santista e o sistema de iluminação existente antes da eletrificação, chegando a ocorrer uma grande revolta conhecida como
"quebra-lampiões", se bem que o motivo do protesto fosse mais ligado à má prestação de vários serviços públicos, especialmente o de água.
E foram vários os tipos de combustível utilizado na vila e depois cidade de
Santos, desde o óleo de baleia (no território santista de então havia uma Armação das Baleias, destinada a receber os espécimes capturados em alto
mar e deles retirar esse óleo, enviado à Europa e parcialmente consumido na região), até os sistemas baseados em querosene, óleo de peixe e gás.
Com a chegada do sistema elétrico, primeiro com a hidrelétrica do porto e
depois com a energia fornecida pela Usina Henry Borden, os problemas não acabaram: o excesso de postes em muitas vias, para suportar a fiação
elétrica, acabaram fazendo com que Santos fosse conhecida como a cidade-paliteiro. E no século XXI, com a interligação dos sistemas nacionais de
geração e transmissão de eletricidade, a cidade passou a sofrer com os periódicos apagões ou black-outs. |