HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS
O jato, o navio e o cabo de alta tensão
Acidente fatal ocorreu em fevereiro de 1965, no estuário do porto santistaEntre
as duas margens do porto santista existem cabos para transmissão de eletricidade em alta tensão, proveniente da usina de Itatinga (pertencente ao complexo portuário) e destinada a
alimentar as instalações portuárias. Instalados em 1910, com a construção da usina, os cabos são presos a duas torres metálicas, uma de cada lado do Estuário, em Guarujá e em Santos. Em 19 de fevereiro de 1965, um
jato militar bateu nesses cabos e explodiu, matando seu tripulante. Já em setembro de 2006 dois dos cabos que haviam sido instalados nessa linha (para telefonia e transmissão de dados) foram retirados por algum tempo, para permitir a passagem de um
grande transatlântico de passageiros.
A torre, na margem direita do estuário, junto a um silo do porto
Foto: Carlos Pimentel Mendes, em 9 de abril de 2007 |
Um resumo da história foi feito por Geraldo Ferrone (membro do Instituto Histórico e Geográfico de Santos - IHGS), no artigo
Estes são os grandes sinistros de Santos, publicado no Almanaque de Santos - 1969, editado por Roteiros Turísticos de Santos, de
P. Bandeira Jr., tendo como redator responsável Olao Rodrigues (exemplar no acervo da filha de Olao,
Heliete Rodrigues Herrera), páginas 162 a 167:
EXPLODIU NO ESTUÁRIO - Foi no dia 19 de fevereiro de 1965. Um jato da Força Aérea Brasileira, do tipo "Glosten Meteor", explodiu às 15,30 horas no Estuário, entre os
armazéns 27 e 29 da Companhia Docas. Voando a baixa altura, a aeronave chocou com a rede de alta tensão, provocando a morte do seu piloto, aliás o único tripulante, oficial da FAB. |
|