60 anos de futebol em S. Paulo
De Vaney
[7] - Tempestades e bonanças
No primeiro campeonato paulista de
futebol, cujo início se deu a 3 de maio de 1902, com o prélio Mackenzie x Germânia, vencido, auspiciosamente, pelo clube brasileiro, por 2 1,
desse campeonato dependeria, é certo, o futuro do pebol em São Paulo. O menor tropeço, o mais leve senão, nessa experiência, determinaria o
desmoronamento.
Mas não houve senões, nem existiram tropeços. O que se fez sentir, sim, foi uma admirável
seqüência de sucessos. Ao campo do Parque Antártica, onde o Germânia construíra a sua praça de esporte; ao "field" da Rua da Consolação,
pertencente ao São Paulo Athletic e ao Velódromo, arrendado pelo Paulistano, a todos os jogos que nesses campos se efetuaram compareceram, e sempre
em crescente número, vibrantes e entusiásticas platéias, formadas, em grande parte, por senhoras e senhorinhas, assegurando-se, assim, desde logo, o
êxito social do futebol.
Quanto ao aspecto técnico, há que se pôr em relevo, por merecê-lo de todo, o fato de maior
repercussão no futebol daquela época: a vitória do C. A. Paulistano, na tarde particularmente histórica de 29 de junho de 1902, sobre o São Paulo
Athletic, no próprio campo do São Paulo Athletic Club, por 1 a 0, constituindo-se esse triunfo o primeiro que uma equipe brasileira obteve sobre um
conjunto formado por jogadores estrangeiros.
E aquele quadro, herói de tão brilhante façanha, formou com Tutu Miranda; Guilherme Rubião e
Thiers; Renato Miranda, Olavo Pais de Barros e Geraldo Pacheco; João da Costa Marques, Oscar Matos, Álvaro Rocha, Ibanez Salles e Edgard Barros.
E essa equipe, quando à noite foi assistir a uma sessão no
Teatro Politeama, após o jantar de comemoração, foi alvo, pela primeira vez no Brasil, de uma manifestação eminentemente popular que se prestava a
um grupo de moços que não eram políticos e que não sabiam dizer versos franceses em cadência melosa.
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O final do primeiro campeonato paulista foi emocionante.
Paulistano e Athletic chegaram juntos (3 pontos perdidos cada um) à meta final. Houve o desempate. Um sucesso de bilheteria. O Velódromo com os
portões fechados, batendo o máximo de público, até mesmo os recordes das sensacionais corridas ciclísticas. E o São Paulo Athletic, graças ao seu
melhor controle de nervos, superou ao Paulistano por 2 a 1, tentos de Charles Miller (2) e Álvaro Rocha.
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É curioso observar que os três primeiros campeonatos paulistas (1902, 1903 e
1904) terminaram com empates de pontos ganhos e perdidos entre o Paulistano e o São Paulo Athletic. Posto em ação, que fosse, o sistema de paridade,
ex-aequo, os dois clubes seriam proclamados campeões. Mas o regulamento da L. P. F. determinava o desempate, e nesses encontros decisivos o
Paulistano jamais conseguiu suplantar o São Paulo (1 a 2, 1 a 2 e 0 a 1), perdendo sempre, como se viu, por diferença mínima. Isso demonstra, é
lúcido, que ainda faltava aos brasileiros o que nunca deixou de sobrar aos ingleses: fleuma.
E o São Paulo Athletic, com o seu tricampeonato, ficou de posse da "Taça Casimiro da Costa",
troféu que, segundo certos "historiadores", o Costinha havia ofertado por saber que ele iria parar às mãos do Internacional...
Instituiu-se, depois disso, por doação do sr. Antônio
Álvares Penteado, a "Taça Penteado", sendo válida a sua disputa a partir de 1905.
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Firma-se, a começar de 1905, o futebol de São Paulo, o
futebol dos paulistas. O C. A. Paulistano é uma prova desse início de estabilidade, sagrando-se vencedor, invicto, do campeonato de 1950, em cujo
transcurso derrota por duas vezes, e ambas por 2 a 0, ao São Paulo Athletic, dos ingleses.
Já em 1906 a vitória final coube ao Germânia, sendo preciso considerar, todavia, que o Palmeiras,
que ingressara no campeonato em 1904, retirou-se do certame, por incompatibilidades, quando estava emparelhado ao Germânia e reunindo grandes
possibilidades de via a ser o campeão.
Ainda nesse ano de 1906 registra-se um fato sensacional: a derrota dos ingleses do São Paulo
Athletic pelos brasileiros do Internacional. A derrota, em si, não representaria nada. A contagem é que foi tudo: 9 a 1. E o abalo que esse 9 a 1
produziu nos calmíssimos ingleses foi de tal ordem que o São Paulo Athletic abandonou, atarantadamente, o campeonato - o que, convenhamos, não era
lá muito britânico -, e chegou mesmo a causar espécie aos mais temperamentais dos brasileiros...
No certame de 1907, é um outro clube brasileiro, o Internacional, quem se distingue com a
conquista do campeonato. E no de 1908 a honraria cabe ao Paulistano, seguindo-se-lhe, em 1909 e 1910, a A. A. das Palmeiras.
Já então, através da indiscutível eloqüência dos fatos, não sobram farrapos de dúvida sobre a
emancipação do futebol paulista. Desaparece, temporariamente, em luta interna, o Mackenzie, mas surgem para substituí-lo, em promoção, o
Internacional e o Americano, ambos de Santos.
É em vão que o São Paulo Athletic se reorganiza e vence o campeonato de 1911, tentando com isso o
retorno da supremacia do futebol estrangeiro. Mas 1911 é um trecho, apenas, no vulto impressionante do futebol paulista, que ninguém mais conseguirá
deter.
Seria em vão, também, que, em 1914, um grupo de ingleses, com o mesmo intuito, organizaria o
Scotch Wanderers, contingente britânico que, formado em bases de cooperativismo - o dinheiro das rendas sendo dividido entre os jogadores - se
diluiria um ano mais tarde, marcando o seu desaparecimento o final, definitivo, da época estrangeira com interferência na parte técnica do nosso
futebol.
O Mackenzie retorna em 1912. O Ipiranga, fundado em 1906, começa a se tornar notável. O campeão de
1912 é o Americano, ano em que é fundado o Santos F. C. O futebol de São Paulo colhe os seus primeiros triunfos internacionais que se vêm juntar aos
muitos que já possui no setor interestadual. Estala a cisão no futebol de São Paulo, formando-se a Associação Paulista de Esportes Atléticos, em
contraposição à Liga Paulista de Futebol. Mas a cisão não enfraquece o futebol paulista. Antes, ativa-o, espicaça-o, instiga-o, estimula-o, torna-o
mais e mais brioso, mais crente em si próprio, em suas forças latentes, em suas possibilidades, em seu destino.
Não foi um mal, como se poderá pensar, como se pensou, como se disse, a crise de 1913-1916. Vista
isoladamente, olhada por um só ângulo, a crise criou rancores, propiciou desavenças, determinou ambientes de inconsistência, de incerteza, de
insofreguidão, mas nunca de desânimo, nunca de afrouxamento. E, por mais paradoxal que isso pareça, foram justamente esse explodir de ódios, esse
entrechocar de malquerenças, essa aparente instabilidade, essas angústias promanantes da sofreguidão ante o incognoscível, foram esses atributos
maléficos que geraram o ímpeto, que permitiram impulsos, que armaram o braço daqueles que, zelando pelo seu clube, trabalhando pela sua entidade,
estavam impelindo para adiante, talvez sem o saber, talvez por sabê-lo em demasia, o futebol de São Paulo!
Bendita crise, aquela maldita crise de 1913-1916!
***
1917 é um ano de magníficas conquistas para o futebol de
São Paulo. Surgem-lhe, vistosos e marcantes, pomposos triunfos nos âmbitos nacional e internacional. O ingresso do Palestra, em 1916, é auxílio
grande à disseminação do futebol, já que faz convergir para os jogos o interesse, em massa, da eficiente colônia italiana.
Os triunfos sobre estrangeiros dão a São Paulo do futebol os aplausos que se dirigem aos heróis
nacionais. E o São Paulo do futebol lá se põe a caminhar, mais rápido, mais ligeiro, mais decidido do que nunca, em busca de novos feitos.
Em 1919, o C. A. Paulistano atinge o pináculo de sua carreira, obtendo a inigualada façanha de
sagrar-se pentacampeão paulista, e no Rio, no confronto com o Fluminense e o Grêmio, este do Rio Grande do Sul, eis o Paulistano a obter para São
Paulo o título de campeão do Brasil. E São Paulo chama-o, por gratidão, de "Glorioso".
Crescem as multidões em derredor dos campos de futebol. O Palestra atinge seu sonho: campeão de
1920. O Paulistano retoma o cetro em 1921. São Paulo inteira, em todas as suas camadas sociais, em todos os seus centros representativos, presta
atenção ao futebol. As praças de esportes da Paulicéia começam a ficar minúsculas e menores ainda nos dias dos prélios de maior relevo. Fecham-se
portões muito tempo antes de as equipes pisarem o gramado. O assunto dominante, ofuscando a política, fazendo esquecer o lado mau da vida, é o
futebol. Nas ruas, nos bares, nos restaurantes, nas salas de espera dos cinemas, nas barbearias, nos bairros, no centro: futebol!
Agora, 1922, é o Coríntians que toma o título para si. E esse galardão tem, nesse ano, uma nova
resplendência: campeão do Centenário. E vai avançando, mais e mais, o esporte das multidões. Toma conta dos lares, invade os colégios, as academias,
as faculdades; toma de assalto os salões onde minguam, mais esquálidos do que nunca, os literomaníacos que davam a São Paulo, em tísica, o que hoje,
em sangue, lhe passa a dar o futebol.
O Coríntians (1923) volta a bisar o feito. Torna a fazê-lo em 1924. É o tricampeonato. A glória do
Paulistano (o tetracampeonato) está ameaçada em sua exclusividade. A luta, por isso, em 1925, atinge o máximo. São Paulo se empolga, se enerva, se
arrebata. É uma luta tremenda! Ebuliente! Crepitante! E sobrevém o inevitável: a crise. Surge, ao apagar das luzes de 1925, a L. A. F., a Liga dos
Amadores de Futebol.
Essa crise é um ponto de transição. É uma conseqüência da evolução social. É uma determinância,
uma decorrência do progresso a que atingira o futebol de São Paulo. É o efeito, o resultado lógico, racional, do equilíbrio de forças. É uma brecha
para a sucessão das idéias.
E novamente se acirram os ânimos.
Mas não se enfraquece o futebol paulista. É verdade que, desta vez, a crise é mais forte, mais
intensa, mais recheada de argumentos controvertidos do que a de 1913-1916, mas ainda assim ei-la a açular, em sentido envolvente, o futebol
paulista, a conduzi-lo aos trancos, aos empurrões, aos choques, aos conflitos, mas sempre em ritmo acelerado, em cadência de progresso em almejo
para a consecução de um ideal que, embora bipartido, é, num todo, o ideal do futebol de São Paulo: crescer!
Vivem as suas existências as duas ligas. A APEA, filiada à C.B.D., tira partido dessa situação. A
LAF, embora bastarda, não se arreceia nem se desequilibra. E a luta prossegue.
O lado benéfico, no entanto, não deixa de existir. O aparecimento dos clubes do Interior é fruto
polpudo da cisão. Grêmios esquecidos, postos à margem com injustiça e menosprezo, são lembrados por uns, antes que outros deles se recordem. É
preciso engrossar fileiras, e todos os métodos servem, todos os recursos valem. Às vezes se pretende descambar para a deslealdade. Há, mesmo, os que
resvalam para o acinte, para a ofensa, para a afronta. Mas é ato passageiro, porque, no fundo, os adversários se respeitam tanto quanto se temem.
Há momentos em que a luta é surda. Silente. Sem bulhas nem rumores. Noutros momentos, porém, ela
estala em atroadas, estoura em algaravia, rebenta em polêmica pela imprensa. Mas o cavalheirismo, a dignidade, embora tangidos, continuam de pé.
Súbito, em meio do choque, surge um instante de derivativo: a fundação da Liga Paulista de
Profissionais.
É Lourenço Campos Machado quem, em 1928, lança, sem êxito imediato, a semente em solo paulista do
que mais tarde se transformaria em árvore: o profissionalismo.
As tentativas para a pacificação se sucedem. Há, até, a interferência estrangeiras. Esbarram,
porém, na intransigência dos que defendem os seus modos de ver.
A batalha chega ao fim em 1929. Casper Líbero é o mediador. A LAF é obrigada a capitular. Mas não
tomba por inteiro. Uma de suas partículas, a maior, prefere desaparecer a ser vencida: extingue-se a seção de futebol do C. A. Paulistano. Está em
paz, outra vez, o futebol paulista. Novas energias. Novos planos de ação. Novos rumos. Novas conquistas. A alma do Paulistano e o coração do
Palmeiras passam a habitar o corpo de um clube que surge: o S. Paulo F. C., que se funda em 1930. O Coríntians volta a obter um tricampeonato (1928,
1929 e 1930). É o momento, outra vez, de tentar o tetra, para igualar o recorde do Paulistano. Mas é justamente o substituto do Paulistano - o S.
Paulo - quem o não permite, ficando com o título de 1931, interrompendo a série.
Há os êxodos dos craques paulistas para a Itália. Isso abala, tecnicamente, o futebol de São
Paulo. Mas a ordem de marcha não se interrompe. A epopéia da Revolução Constitucionalista pouco permite, de grandioso, ao futebol, em 1932, mas em
1933, com a implantação do profissionalismo, renova-se o futebol paulista. Verdadeira metamorfose, o que se vê. Poucos são os nomes, de 31, que se
incluem nas equipes de 33.
O novo regime não é aceito pela C. B. D. e surge, por isso, o desligamento voluntário da APEA.
Maiores efeitos, mais danosos e prejudiciais, causa a crise no Rio de janeiro. São Paulo está a cavaleiro da situação, com suas forças unidas. Ainda
assim, a C. B. D. consegue alfinetá-lo, de longe, conquistando, ao S. Paulo F. C., quatro elementos de projeção, para poder figurar, com algum
relevo, no Campeonato Mundial de 1934. E faz figura apagada.
Agora, fins de 1934, a crise atinge São Paulo. Agora, sim, as investidas cebedenses são mais
diretas, mais fortes. O Palestra e o Coríntians desligam-se da APEA e fundam a Liga Bandeirante de Futebol, que logo depois se denomina Liga
Paulista de Futebol, filiando-se à C. B. D. O momento é delicado. O S. Paulo F. C. desaparece.
Mas dura pouco a expectativa, por isso que desde logo se congregam na nova liga os clubes de maior
projeção, e a balança em São Paulo faz pender o prato para o lado da C. B. D. O S. Paulo ressurge. Sua ressurreição tem lampejos de epopéia, já que
desponta da batalha em que se empenha um pugilo de idealistas.
No Rio, a luta é mais acirrada, combatendo-se, com exasperação, as hostes em litígio. Ocorre lá o
mesmo que sucedera em São Paulo na crise 1925-1929: guerra de extermínio. Fla-Flu sustenta, quase sozinho, a Liga Carioca, enquanto a Liga
Metropolitana, sua antagonista, vive do oficialismo e da quantidade de clubes filiados.
O Fluminense, valendo-se da facilidade em obter elementos de outros clubes, dada a sua condição de
grêmio não reconhecido pelos regulamentos internacionais, abastece-se, decidido, no celeiro paulista, a tal ponto que chega a formar um quadro com
10 jogadores de São Paulo: Batatais, Guimarães, Machado, Milton, Orozimbo, Sandro, Lara, Romeu, Tim, Hércules. Só o centro-médio Brandt é do futebol
mineiro.
Mas surge, afinal (1937) a pacificação no Rio, e o futebol brasileiro retoma a sua marcha. Em São
Paulo, a paz é quase um ato simbólico, um ritual, apenas, já que a APEA, com as suas forças exauridas, lutava tão somente com a flama que lhe dava o
brio, o renome, e para manter a resplandência de seu passado venerando e glorioso. E a vitória do adversário pertence-lhe, também, porque, afinal, a
APEA era um pedaço vivo, palpitante, da facção contrária, pois que congregara, durante muito tempo, os grêmios que, mais tarde, se haviam bandeado.
E entra São Paulo nos extensos caminhos que o conduzem à conquista de novos feitos. Dali por
diante (1937), a história do futebol paulista se resume na descrição de seus sucessos. Sucessos de toda ordem. Sucessos em todos os sentidos.
As rendas, por exemplo, a partir de 1940, com o advento da era do Pacaembu, são impressionantes
pelo que demonstram de grandioso, em ascensões, através das escalas dos diagramas. O índice disciplinar, também em traçado ascendente, jamais foi
melhor do que agora, nesse 1953 que passou. O perfeito entrosamento das atribuições inerentes aos órgãos diretivos, administrativos, consultivos e
decisivos da Federação Paulista de Futebol, ora instalada em seu confortável e majestoso prédio próprio, concedem, por justiça, à F. P. F., o
direito de ser apontada como entidade modelar, e a amplitude e perfeita execução de seus serviços estão em consonância direta com o progresso a que
atingiu o futebol de São Paulo.
Possui a Federação Paulista de Futebol, sob filiação, 14 clubes na 1ª Divisão; 21 na 2ª Divisão;
445 clubes no Interior; 79 clubes do futebol menor, devidamente registrados; 44 clubes na Divisão Comércio e Indústria; 35 clubes na Divisão de
Amadores (Capital); 12 clubes na Divisão Comercial de Esportes Atléticos; 387 clubes varzeanos sem filiação, mas sob controle; 447 clubes
interioranos, pertencentes a 36 ligas sob sua supervisão.
Têm suas situações legalizadas na F. P. F. 1.117 atletas
profissionais e 15.731 amadores. O número de inscrições gerais é de 137.115 atletas.
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A simples descrição dos fatos e a enumeração dos dados
estatísticos que se contêm neste opúsculo servem, crê o autor, para demonstrar, através da eloqüência do resumo dos acontecimentos e pela força
convincente dos números, que a história do futebol de São Paulo é uma constante, uma perene evolução que teve início quando Charles Miller saltou do
vapor que o trouxera de volta da Inglaterra, em 1894, e que não terá fim, porque o destino do futebol de São Paulo, tal como o do próprio São Paulo,
é caminhar para a frente, para o alto, para a glória, sem tibieza e sem vacilações.
Ilustração de J.C. Lobo publicada em A Tribuna com
o texto
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