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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - URBANISMO (L)
Santos debate seu meio-ambiente por inteiro-7

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Metropolização, conurbação, verticalização. Os santistas passaram a segunda metade do século XX se acostumando com essas três palavras, que sintetizam um período de grandes transformações no modo de vida dos habitantes da Ilha de São Vicente e regiões próximas.

Um novo tipo de poluição começou a preocupar: a que é causada pelas partículas em suspensão no ar, arrastadas pelo vento, como foi noticiado no jornal santista A Tribuna, em 11 de abril de 2012, página A-6:


A nova estação foi instalada no Complexo Esportivo Rebouças
Foto: Irandy Ribas, publicada com a matéria

Afinal, como está o ar que respiramos?

Michella Ghijt
Da Redação

Nos próximos 12 meses, o Complexo Esportivo Rebouças, na Ponta da Praia, vai abrigar a primeira estação móvel de monitoramento da qualidade do ar em Santos. O equipamento, que já estava em funcionamento desde novembro, foi entregue oficialmente na segunda-feira pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado (Cetesb).

O objetivo é monitorar e analisar os impactos da atividade portuária na qualidade do ar na Cidade. Para realizar a análise, os resultados obtidos na estação móvel serão cruzados com os dados gerados pela estação fixa de monitoramento da Cetesb, instalada há dez meses nas dependências do Hospital Guilherme Álvaro (HGA), no Boqueirão.

Segundo o gerente da Agência Ambiental da Cetesb em Santos, César Valente, o bairro da Ponta da Praia foi escolhido estrategicamente. "Já sabíamos que a faixa portuária concentra maior índice de poluentes, pelo intenso tráfego de veículos pesados. Mas só a partir do comparativo entre os dados de ambas estações saberemos o real impacto da atividade portuária na qualidade do ar da Cidade", explica Valente.

As duas estações de monitoramento da qualidade do ar em Santos emitem relatórios de medição dos níveis de partículas inaláveis, ozônio, óxidos de nitrogênio e dióxido de enxofre, além dos parâmetros meteorológicos de umidade relativa do ar, temperatura, direção e velocidade dos ventos, radiação solar global e pressão atmosférica.

Os resultados, que são divulgados a cada hora e se apresentam também no formato de boletins diários, podem ser consultados no site www.cetesb.sp.gov.br.

No entanto, somente ao longo de 2012 a Cetesb terá condições de estimar o impacto da atividade portuária no ar que o santista respira. "Só a partir dos próximos relatórios teremos subsídios suficientes para comparar a qualidade do ar medida na Ponta da Praia ao índice obtido na área central (Boqueirão)", estima.

Resultados – De acordo com Valente, os dados medidos pela nova estação móvel ajudarão a traçar políticas e ações para diminuir o eventual impacto ambiental gerado pela atividade portuária e também pelas novas características do Município.

"As atividades ligadas ao pré-sal e ao boom imobiliário já refletem na Cidade, que passou a ter maior quantidade de veículos. E os resultados do monitoramento (da qualidade do ar) vão ajudar a verificar a necessidade de novas ações da Cetesb em Santos", afirma o gerente da Agência Ambiente da Companhia na Cidade.

Atualmente, a unidade gerenciada por Valente conta com 12 agentes credenciados para monitorar a qualidade do ar em Santos, além das outras oito cidades da Baixada Santista. "Nosso efetivo é pequeno. Daí a importância dos novos dados emitidos pelas estações para traçar as ações de forma estratégica", afirma Valente.

Operações – Durante os deslocamentos diários realizados na região, os 12 agentes da Cetesb verificam a existência de novos focos em uma das principais fontes da emissão de poluentes: a frota de veículos pesados.

"Durante o inverno, realizamos a Operação Fumaça Preta nas estradas da região, para fiscalizar a emissão de poluentes em vans, ônibus e caminhões", afirma Valente.

Ele também destaca que os agentes realizam visitas sistemáticas (periódicas) em outras áreas da Cidade, como o complexo portuário na Alemoa e a Ilha Barnabé. "A fiscalização é constante. Só no mês passado, registramos 11 autuações de emissão de poluentes em caminhões, ônibus e vans que trafegam pela região", finaliza.

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