Um dos episódios mais flagrantes de descaso das autoridades foi o do sinistrado cargueiro grego Ais Georgius (como indicado na listagem de navios esperados da administradora portuária) ou Ais Giorgis: durante mais de um terço de século, autoridades e empresários foram empurrando a batata quente de uns para os outros, apesar do risco à navegação no estuário do porto e do que isso poderia significar: a paralisação, por tempo incalculável, das atividades em áreas do porto santista pelas quais eram movimentados pelo menos 10% de todas as mercadorias objeto do comércio exterior brasileiro. Além disso, como um quase-desastre demonstrou em 1989, os destroços do navio, junto ao canal de navegação, poderiam provocar tragédias ao serem atingidos por outros navios, inclusive os de transporte de produtos químicos inflamáveis e explosivos.

Consciente do perigo, o editor de Novo Milênio, então responsável pelo caderno semanal Marinha Mercante (publicado no jornal O Estado de São Paulo) iniciou uma campanha para pressionar as autoridades, com a publicação durante vários anos de um selinho com a contagem do tempo em que a embarcação permaneceu semi-submersa no estuário santista, e a pergunta: "Até quando?". Na mensagem, endereçada principalmente às autoridades marítimas, o símbolo de "navio soçobrado com casco visível", usado em cartas náuticas, mais os sinais em código Morse e as bandeiras de sinalização das letras U-T-B, que para os marinheiros significam:

Bandeira	Letra	Fonia	Morse	Significado
	U	Uniform	..-	você está indo em direção a um perigo
	T	Tango	-	afaste-se de mim
	B	Bravo	-...	operando cargas perigosas, afaste-se!